Segundo relatório recente da Juniper Research, até 2023 haverá 8 bilhões de assistentes de voz ativos no mundo. Mas, para o criador da startup de design de voz Sayspring e diretor de produto da Adobe, Mark Webster, “as interações por voz permaneceram relativamente confinadas a alguns casos de uso principais, como pesquisa, reprodução de músicas e a casa inteligente”. Em artigo para a Fast Company, o empresário afirmou que designers vêm ignorando esse importante boom tecnológico e deu dicas valiosas para os que pretendem se preparar para o crescimento de demanda no mercado.
Em primeiro lugar, Webster sugere que designers de User Interface (UI) “façam o dever de casa”, se familiarizando e buscando entender como funcionam os dispositivos que abrigam os assistentes de voz, como o Amazon Echo Dot e o Google Home Mini. “Se um usuário está falando diretamente com uma marca ou se o serviço de voz está agindo como um intermediário, isso tem implicações enormes para a criação de experiências de usuário eficazes. Os designers devem estar cientes e projetar essas diferenças”, explicou.
Para ele, ao iniciar um projeto que não tem uma interface visual (ou seja, sem tela), o designer deve partir de uma conversa simples. “Com uma folha de papel em branco ou um documento do Word, basta escrever uma interação entre o aplicativo de voz e o usuário. O que o usuário dirá para começar? Eles saberão o que querem fazer ou você precisará apresentar algumas opções? Qual é o tom e a personalidade da experiência?”.
Protótipos e linguagem
Ao longo do artigo, Webster discorre sobre a importância da prototipagem para que o desenvolvimento do aplicativo seja o mais efetivo possível. “Esse processo ajudará o designer a entender melhor o que o usuário dirá e como ele responderá à interface de voz, ajudando a repetir o roteiro para oferecer uma experiência aprimorada”, argumentou. Quanto mais refinada for a experiência, mais fiel será a interação com o protótipo.
Quanto à linguagem, o profissional reitera que é imprescindível ao designer conhecer os jargões, conceitos e nuances dos universos da voz e do áudio. “Com a voz pronta para se tornar tão grande quanto as telas de toque, as habilidades de design de voz serão tão importantes para os trabalhos de design quanto a marca digital é hoje. Os designers precisam começar a fazer o que foi mencionado acima, seja no trabalho ou no tempo livre, para que estejam prontos”, finalizou.
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