Número de curtidas também deve ser ocultado no Facebook

Há alguns meses, o Facebook começou a testar a ocultação do número de curtidas e visualizações no Instagram. Segundo a empresa, o objetivo da medida é que “os seguidores se concentrem mais nas fotos e vídeos que são compartilhados, do que na quantidade de curtidas que recebem”. Esta semana, o site de tecnologia TechCrunch confirmou que testes devem ser feitos, também, na rede Facebook.

Veja também:
Basecamp incentiva empresas a se distanciarem do Facebook;
Algoritmo do Facebook que monitora suicídios evidencia divergências entre empresas de tecnologia e especialistas em saúde;

No Instagram, que foi adquirido pelo Facebook em 2012, a quantidade de “likes” já não é mostrada para usuários na Austrália, Canadá, Irlanda, Itália, Nova Zelândia, Japão e Brasil. Quanto ao Facebook, no entanto, não foi informado quando ou onde o programa será inicialmente executado.

O protótipo foi descoberto pela desenvolvedora Jane Manchun Wong, conhecida por desvendar recursos que ainda não foram lançados: “Observei que o Facebook começou recentemente a prototipar esse recurso de ocultação da contagem de curtidas/reações em seu aplicativo Android, fazendo engenharia reversa do aplicativo e jogando com o código abaixo”, escreveu em seu blog.

“Atualmente, com esse recurso não lançado, a contagem de curtidas/reações fica oculta para qualquer pessoa que não seja o criador da postagem, assim como funciona no Instagram. A lista de pessoas que gostaram/reagiram ainda estará acessível, mas o número ficará oculto. Curiosamente, o número de curtidas/reações nos comentários ainda não está oculto. Mas isso pode ser devido à natureza desse recurso estar em um estágio inicial de desenvolvimento. Como sempre, as coisas serão polidas eventualmente”, continuou a engenheira.

Resultados

A empresa não chegou a fazer nenhum comentário sobre os resultados dos testes feitos no Instagram. Por exemplo, se os “likes” ocultos estão interferindo nas métricas ou realmente trazendo benefícios aos usuários. No entanto, como afirma O Globo, “replicar a iniciativa no Facebook sinaliza que os resultados devem ser positivos ou, ao menos, sem impactos negativos nos negócios”.

Podcast: É possível manter um negócio digital 100% livre do Facebook?

A antipatia do mundo pelo Facebook cresce à medida que a rede social se envolve em novos escândalos de privacidade e gradativamente se mostra menos digna de confiança.

Os caras do software Basecamp, por exemplo, tão decididos a fomentar que – assim como eles – mais negócios se libertem totalmente do uso do Facebook, o que inclui não utilizar o Instagram e o WhatsApp. Inclusive criaram um selo que diz “100% livre do Facebook”. A intenção é que empreendedores divulguem o badge para sinalizar que seus negócios não são coniventes com a postura da empresa de Mark Zuckerberg.

E como fica o microempreendedor nessa história? Qual estratégia de marketing e negócios ele pode adotar pra driblar o Facebook? A gente vai atrás dessas e outras respostas neste episódio.

Dá o play aí e bom podcast pra você! :)

Participantes deste episódio

Henrique Pochmann
Aparelho Elétrico
Giovanna Beltrão
@giovannabeltrao
Freelancer em produção de conteúdo e social media Marcia Breda Marcia Breda
Adoro Home Office

Timeline do podcast

Ficha Técnica

Data da gravação: 17/05/2019
Higienização do áudio: Tomate Cereja Produtora

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Algoritmo do Facebook que monitora suicídios evidencia divergências entre empresas de tecnologia e especialistas em saúde

Ao longo de sua história, o Facebook teve que encarar o problema do suicídio de frente algumas vezes. A questão se tornou pessoal quando uma série de pessoas usou a ferramenta de streaming Facebook Live para transmitir, em tempo real, o momento em que tiraram suas próprias vidas. Diante disso, desde 2017, a empresa vem utilizando um “algoritmo de monitoramento de suicídios”, que já esteve envolvido no envio de mais de 3500 equipes de emergência a endereços de pessoas que fizeram postagens sensíveis sobre o assunto.

A ferramenta utiliza tecnologia de reconhecimento de padrões para identificar conteúdo que aparenta expressar intenções suicidas, além de escanear comentários do tipo “você está bem?”. Tais postagens são, então, enviadas a um moderador de conteúdo e, posteriormente, a um profissional treinado que é encarregado de notificar as equipes de emergência.

No entanto, para o psiquiatra e consultor de tecnologia de Harvard, John Torous, o algoritmo pode causar mais dor do que alívio. “Nós, como público, estamos participando desse grande experimento, mas não sabemos se é útil ou não. […] É uma coisa para um acadêmico ou uma empresa dizer que isso vai ou não funcionar. Mas você não está vendo nenhuma evidência de trabalho de campo ou revisão crítica de outros cientistas. […] É preocupante”, disse ao Business Insider.

Sigilo

Torous se refere ao fato de que o Facebook nunca publicou nenhum dado referente a como a ferramenta funciona. Para a empresa, o algoritmo não é um produto de saúde ou uma iniciativa de pesquisa, mas algo semelhante a pedir ajuda ao ver alguém com problemas em um espaço público. “Estamos no negócio de conectar pessoas com comunidades de apoio. Não somos provedores de saúde mental”, afirmou Antigone Davis, que é chefe global de segurança do Facebook, ao BI.

Mas, para o pesquisador, sem informações públicas a respeito da ferramenta, há informações importantes que são impossíveis de serem respondidas: o algoritmo pode focar nos usuários errados, desencorajar discussões francas sobre saúde mental na plataforma ou, até mesmo, escalar e criar uma crise onde não existe uma. “Sabemos que o Facebook construiu [a ferramenta] e está usando, mas não sabemos se ela é precisa, se está sinalizando as pessoas certas ou erradas, ou se está sinalizando as coisas cedo demais ou muito tarde”, concluiu.

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Basecamp incentiva empresas a se distanciarem do Facebook

Nos últimos anos, o Facebook tem passado por sérios escândalos envolvendo a privacidade dos dados que coleta. E para os desenvolvedores do software Basecamp, “a empresa tem dados em excesso sobre seus usuários e não pode ser confiada a não vender, negociar ou abusar desses dados, seja por lucro, crescimento ou negligência”.

Diante disso, no dia 19 de dezembro de 2018, a Basecamp decidiu se tornar um “Facebook-Free Business” e lançou o movimento em seu blog, Signal V. Noise, convidando outras empresas a fazer o mesmo. O artigo foi escrito por David Heinemeier Hansson, um dos fundadores do software de gerenciamento de projetos, e detalha os motivos que os levaram a abandonar o Facebook e seus demais produtos.

“Embora os indivíduos estejam se unindo em torno do #DeleteFacebook, não houve uma campanha comparável para os negócios. Apresentamos: The Facebook-Free Business (ou O Negócio Livre do Facebook)”, escreveu. Para ele, isso significa garantir aos seus clientes que sua empresa não está contribuindo para a máquina de coleta de dados de Mark Zuckerberg.

Nesse sentido, as regras para ser um negócio Facebook-Free são:

  1. Não anunciar no Facebook, Messenger, Instagram ou WhatsApp;
  2. Não usar nenhum desses canais para promover ou representar a sua empresa ou para se comunicar com clientes;
  3. Não contribuir para o seu regime de coleta de dados via botões “Curtir” ou login direto pelo Facebook.

Resumidamente, a empresa não pode usar o Facebook ou seus subsidiários de nenhuma maneira para operar ou se conduzir. Hansson escreve que compreende que alguns negócios dependem muito mais do Facebook do que outros. “Todos os movimentos sociais têm seus inovadores, adotantes iniciais, adotantes tardios, maioria inicial e maioria tardia. Cabe a cada negócio decidir em que ponto da curva de adoção eles poderiam se encaixar”, explicou.

O convite continua aberto a quem quiser se juntar ao movimento, cujo objetivo é se distanciar de um comportamento corporativo que, para seus criadores, “claramente ultrapassou o limite do que pode ser feito”. Eles, inclusive, criaram um selo e licenciaram via Creative Commons, para negócios que queiram se identificar como Facebook-Free.

Selo criado pela Basecamp
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Facebook está em busca de 10 startups inovadoras para acelerar

Com o objetivo de fomentar empresas que aliem inovação tecnológica e transformações positivas à sociedade, o Facebook anunciou, na última quarta-feira (05/12), a abertura das inscrições para a terceira turma do programa de aceleração de startups da Estação Hack, em São Paulo. A iniciativa é uma parceria com a Artemisia e os interessados podem se inscrever pelo site do projeto. O prazo é até a próxima segunda-feira, dia 10.

Desde a sua primeira edição, o programa já apoiou 20 projetos de empresas nascentes. Agora, ele busca mais 10 startups inovadoras para acelerar. A ideia é trabalhar com propostas de considerável impacto social que estejam em fases mais avançadas de desenvolvimento, ou seja, que já tenham um protótipo, produto em fase de teste ou, até mesmo, já lançado no mercado.

Neste terceiro ciclo, as propostas devem atender a dois temas centrais: inovar a área de seleção e contratação de talentos e profissionais ou trabalhar com o conceito de smart cities (cidades inclusivas e sustentáveis). Na nota de divulgação do projeto, o diretor da Estação Hack, Eduardo Lopes, afirma que o objetivo do programa é fomentar soluções que “tenham o potencial de melhorar a vida das pessoas”.

“Queremos, nesse novo ciclo de aceleração, empresas que compartilhem a ideia de que a tecnologia e impacto social podem trazer desenvolvimento social para o País”, completou. As 10 startups selecionadas terão residência na Estação Hack, acesso a mentores da Artemisia e do Facebook e, ainda, receberão assistência para construção e melhoria de seus modelos de negócios.

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