O workaholismo de performance virou tendência?

#ThankGodIt’sMonday, #RiseandGrind, #hustle. Vira e mexe, essas e outras hashtags “motivacionais” aparecem nos feeds de Instagram de empreendedores, empresários e freelancers. Esse apego pelo excesso de trabalho parece ter se tornado uma constante entre millennials. E é isso o que a jornalista Erin Griffith, especializada em startups e capital de risco, questiona em artigo recente para o New York Times.

Griffith parte de um acontecimento, a priori, corriqueiro para iniciar suas argumentações. Em setembro de 2018, um usuário do Twitter postou uma foto de uma sala da WeWork, uma empresa global de coworking, na qual o recipiente com água saborizada contém a frase “não pare quando se cansar, pare quando terminar” entalhada nos pepinos.

https://twitter.com/StevieBuckley/status/1040185357948608513

“Bem-vindo à cultura da pressa (hustle culture)”, escreve a jornalista. “Ela é obcecada com esforço, implacavelmente positiva, desprovida de humor, e – uma vez percebida – impossível de escapar”. Para ela, isso gera uma glorificação da ambição, que deixa de ser um meio para se alcançar um objetivo e passa a ser um estilo de vida.

Na página “Sobre” da produtora de conteúdo One37pm, por exemplo, está escrito: “O estado atual do empreendedorismo é maior que a carreira. É ambição, coragem, pressa. É uma performance ao vivo que ilumina a sua criatividade… uma sessão de transpiração que envia suas endorfinas […]”.

Ela destaca, ainda, uma sequência de tweets publicada por Elon Musk em novembro de 2018, aonde, para divulgar oportunidades de emprego de suas empresas, afirma: “Há lugares mais fáceis de trabalhar, mas ninguém mudou o mundo em 40 horas por semana. […] Mas, se você ama o que faz, (na maioria das vezes) não parece trabalho”.  

A jornalista questiona que, por esse ponto de vista, parar de se trabalhar não é uma opção e todas as demais atividades realizadas por uma pessoa, como se exercitar ou ir a um show, só são válidas se tiverem o propósito de inspirá-la no trabalho. Eventualmente, ela define esse comportamento como “workaholismo de performance”.

Os outros lados da moeda

Griffith comenta que o fato de nunca ter agradecido a chegada de uma segunda-feira poderia torna-la uma “traidora para sua geração”, mas são argumentos para mostrar os fortes traços de fraude dessa mentalidade são nada menos que sólidos. Para ela, “[…] convencer uma geração de trabalhadores a trabalhar duro é conveniente para quem está no topo”.

Seu ponto de vista é corroborado pela fala do empresário David Heinemeier Hansson, co-fundador do software de planejamento Basecamp. “A grande maioria das pessoas que batem os tambores da hustlemania não são as que estão, de fato, trabalhando. São os gerentes, financistas e proprietários. […] É sombrio e explorador”, afirmou em entrevista.

O pesquisador Aidan Harper, criador da campanha Demand a 4 Day Week na Europa, define o excesso de trabalho como algo desumanizante e tóxico. “Isso cria a suposição de que o único valor que temos como seres humanos é nossa capacidade de produtividade – nossa habilidade de trabalhar em vez da nossa humanidade”, disse à jornalista.

No final das contas, Erin Griffith conclui que essa cultura do trabalho excessivo e da pressa em ser bem-sucedido chegou a um ponto curioso: “A dura realidade de 2019 é que implorar a um bilionário por um emprego via Twitter não é considerado embaraçoso, mas uma maneira perfeitamente plausível de progredir. […] Se estamos condenados a trabalhar até morremos, nada nos impede de fingir que gostamos disso. Até mesmo nas segundas-feiras”, finaliza.

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Cidade italiana vai pagar cidadãos que forem trabalhar de bicicleta

Bari é uma cidade com cerca de 330 mil habitantes no sul da Itália que deseja incentivar seus cidadãos a usarem a bicicleta no trajeto entre suas casas e locais de trabalho. Para isso, o município vai cadastrar até 1000 bicicletas com GPS para medir a quilometragem percorrida e premiar os que incorporarem o meio de transporte ao dia a dia. A cada quilômetro, a cidade vai pagar € 0,20 (vinte centavos de euro), o equivalente a R$ 0,83 (oitenta e três centavos de real).

Nos demais trajetos, que não sejam de casa para o trabalho ou vice-versa, os participantes da iniciativa receberão € 0,04 (ou R$ 0,17) por quilômetro. O montante total será pago mensalmente e com um teto de € 25,00 (ou R$ 105,00) por pessoa. Apesar de incomum, o plano é uma sinalização interessante aos entusiastas da bicicleta. Além disso, os benefícios na saúde pública e na diminuição dos congestionamentos também contam como pontos a favor da ideia. No entanto, outras iniciativas parecidas na Europa tiveram resultados mistos.

Outras tentativas

Em 2014, o modelo colocado em ação pela França, teve resultados positivos, porém, modestos. Isso porque a maioria das pessoas que aderiram à bicicleta, andavam de carona, o que causou pouco impacto (apenas 5% a menos) no total de trabalhadores que abandonaram o carro em favor da bicicleta. Um dos motivos que pode ter influenciado nesses resultados foi a falta de desincentivos para dirigir, já que os estacionamentos gratuitos não foram removidos.

Em Copenhague, capital da Dinamarca, uma pesquisa feita com ciclistas revelou que apenas 6% deles deixaram de usar o carro em razão da redução de custos. O motivo mais comum apontado para a troca foi a conveniência proporcionada pela boa infraestrutura das ciclovias e pelos limites do tráfego de carros.

Para o site especializado em desenvolvimento urbano CityLab, é improvável que o incentivo em dinheiro seja suficiente para causar mudanças significativas no número de ciclistas diários. “Sem uma rede de ciclovias por toda a cidade, Bari dificilmente se tornará a Copenhague do sul. […] Se o esquema chegar à medida que sua orla se torne cada vez mais fácil e agradável para pedalar, os dois [incentivos] combinados podem ser suficientes para provocar algum movimento nos hábitos de trânsito dos residentes. [A iniciativa] é certamente um bom começo”, escreveu o jornalista Feargus O’Sullivan.

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Outback Brasil entra na onda e lança pratos exclusivos para o público vegetariano

Pensando em aproximar seu cardápio do público vegetariano, o Outback Brasil criou três novos pratos pensados exclusivamente para quem não come carne. O Veggie Blue Cheese Burger, o Jack Nachos e as Veggie Bites chegaram como novas opções às pessoas que ficavam restritas à famosa Bloomin’ Onion e às batatas fritas quando visitavam o restaurante. O lançamento das novidades foi na última segunda-feira (28). 

Para a diretora de marketing da empresa, Renata Lamarco, os novos pratos são uma resposta aos vários pedidos recebidos de clientes que adotaram o estilo de vida vegetariano. “Há bastante tempo acompanhamos a tendência de pessoas que mudam seus hábitos e se tornam vegetarianas. Tanto em contatos recebidos pelo nosso Fale Conosco quanto nas nossas redes sociais – e esse último com uma frequência bastantes expressiva –, recebemos relatos apaixonados de clientes que amam a culinária do Outback, mudaram seus hábitos de consumo e queriam que oferecêssemos pratos veggie”, disse à Exame.

O Veggie Blue Cheese Burger é um hambúrguer à base de brócolis, couve-flor e queijo gorgonzola. O Jack Nachos é composto por tortillas de milho servidas com carne vegetariana (jaca desfiada e preparada com o tradicional tempero da casa) e outros vegetais. E as Veggie Bites são almôndegas de berinjela defumada. A marca ressalta que sempre adaptou pratos com carne para clientes vegetarianos, mas faltava criar algo exclusivo para eles, com o “DNA Outback”.

Pesquisa

A decisão de investir no segmento se baseia, também, em pesquisas recentes que comprovam um crescimento do número de brasileiros que se denominam vegetarianos. Segundo a pesquisa da Kantar Ibope Media, entre 2012 e 2017, o número de adultos vegetarianos no Brasil passou de 8% para 12%. Enquanto isso, o Ibope aponta que, em 2018, 14% dos brasileiros declararam não comer carne. O Outback realizou testes com consumidores antes que os pratos fossem finalizados e incluídos no cardápio.

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Projeto londrino transforma sobras de supermercados em apetitosas refeições

O desperdício de alimentos é um problema recorrente em muitos países. E no Reino Unido, não é diferente. De acordo com o aplicativo Too Good To Go (algo como “muito bom para ser jogado fora”, em português), quase 900 mil refeições não vendidas são descartadas por dia no país. Nesse cenário, surgiu o The Real Junk Food Project (ou Projeto Verdadeira Junk Food), uma iniciativa ambiental que visa eliminar o descarte de bons ingredientes produzindo refeições e oferecendo-as em restaurantes e cafés temporários.

O projeto funciona assim: seus membros fazem parcerias com supermercados e lojas locais, convencendo-as a doarem os alimentos que não forem vendidos em vez de jogá-los no lixo. Depois de acertadas as doações, os ingredientes são recolhidos todas as manhãs e levados para os cafés The Real Junk Food, onde são usados para criar refeições saudáveis para a hora do almoço. As pessoas são convidadas a pagarem quanto puderem pelo prato de comida e podem, até mesmo, não pagar nada.

O objetivo inicial do The Real Junk Food Project é impedir que o máximo possível de comida vá para o lixo. “Este não é um café para pessoas desabrigadas, ou para idosos, não é um banco de alimentos. O café começou com uma postura ambiental, para evitar que toda essa comida entre em aterros sanitários, e o elemento social de pessoas se juntando para comer e conversar sai disso”, contou Chrissy Weller, que montou um café na região de Twickenham com sua amiga Clare Box, ao The Guardian.

“Recebemos qualquer pessoa aqui, para pagar quanto achar certo pela comida, ou não pagar nada. Então, temos uma grande mistura de pessoas sentadas em volta das mesas conversando e comendo juntas”, completou. O Projeto foi criado pelo ex-chef Adam Smith, em 2013, e hoje conta com 127 cafés preparando e servindo refeições feitas com sobras em sete países e 10 “supermercados sociais”, que coletam, armazenam e distribuem alimentos descartados em maior escala. Cada novo espaço deve passar pelo aval do The Real Junk Food Project antes de receber uma licença para operar.

Inspiração  

O café das amigas Chrissy e Clare, que é um dos mais recentes de Londres, tem inspirado iniciativas semelhantes. Mark Griffiths, que trabalha com famílias e crianças em situação de risco, por exemplo, teve a ideia de montar uma banquinha nos pátios das escolas para distribuir alimentos resgatados de supermercados e padarias. “Uma mãe solteira de três crianças tem apenas 30 libras por semana para comprar comida. Ela é muito magra. Eu vi o café da Chirissy e da Clare e pensei que podia fazer algo similar em escolas”, contou.

“O foco em ‘salvar o planeta’ significa que não há estigmas. Nós entregamos sobras, o que quer dizer que a pessoa está fazendo um favor ao mundo levando-a para casa. Acaba tudo em minutos”, ponderou. Para Smith, os cafés são só o começo: “Nós podemos alimentar milhares de pessoas a partir de um único armazém. […] Apoiamos bancos de alimentos, instituições de caridade e escolas e fornecemos lanches para 18 mil crianças por semana [do armazém na região] de Wakefield, o que gera um impacto muito maior”, finalizou.

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25% dos empregos dos EUA podem ser substituídos por máquinas, aponta estudo

A presença da tecnologia no mercado de trabalho não é novidade há algum tempo. Mas, com o desenvolvimento da automação e da Inteligência Artificial (IA), os robôs poderão, brevemente, substituir o trabalho de cerca de 25% dos assalariados nos Estados Unidos. Isso inclui, especialmente, os empregos que forem baseados em rotinas, como funcionários de restaurantes e lanchonetes, transporte e construção, operários em linhas de produção, auxiliares de escritórios, entre outros.

Os dados são do estudo Automation and Artificial Intelligence: How Machines Affect People and Places (em português, “Automação e Inteligência Artificial: Como Máquinas Afetam Pessoas e Lugares”), do Instituto Brookings, de Washington, DC. A pesquisa, publicada na semana passada, mostra algumas variáveis influenciadas por esta escalada dos robôs nas rotinas de trabalho. Entre as profissões que devem perdurar estão posições criativas e de alto teor técnico, assistência médica e serviços domésticos. Basicamente, trabalhos que requerem relações interpessoais e inteligência emocional devem sofrer menor impacto.

“Se o seu emprego é entediante e repetitivo, você provavelmente está suscetível à automação”, afirmou o pesquisador e coautor do relatório, Mark Muro, ao canal CNBC. Isso significa que assalariados de baixa renda serão os primeiros a ver seus empregos desaparecerem, considerando que suas tarefas são amplamente baseadas em rotinas. Por outro lado, pessoas com curso superior e especialização não estão imunes aos efeitos da automação: 50% dos empregos que não exigem bacharelado estão em risco, contra 25% dos que exigem formação superior.

“Essas tecnologias devem beneficiar aqueles que são bem treinados. [Mas,] praticamente todos os trabalhos começarão a sofrer alguma pressão da automação”, ponderou Muro. Ainda segundo a pesquisa, esse movimento tenderá a afetar mais homens que mulheres. Isso porque os homens estão mais presentes em setores mais suscetíveis às tecnologias, como o transporte e a construção. Paralelamente, mulheres ocupam mais posições nas áreas de assistência médica, serviços pessoais e educação.

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Marca parisiense lança tênis vegano feito de algodão

Quando o assunto é tênis, o couro é um dos materiais mais usados ao redor do mundo. Resistência, conforto e estilo são alguns dos fatores que contribuem para o uso da matéria-prima na indústria da moda. No entanto, o impacto ambiental causado pela pecuária, emissão de gases tóxicos dos curtumes e poluentes que contaminam a água durante o tingimento, têm levado muitas marcas a buscarem alternativas mais eco-friendly.

E foi isso o que a Veja, com base em Paris, fez. Na semana passada, a empresa lançou o Campo, um modelo de tênis que parece de couro, mas é feito de algodão. Fundada por Sébastien Kopp e François-Ghislain Morillion, em 2004, a marca de calçados demorou cinco anos para desenvolver o novo projeto, que faz parceria direta com produtores de algodão orgânico do Brasil e do Peru e seringueiros da Amazônia. Assim, todas as partes do tênis são de procedência ética.

Para os empreendedores, o objetivo era criar uma alternativa ao couro que não fosse feita de plástico, como muitas opções veganas do mercado. “Substituir couro com plástico não soa como uma boa solução para a gente”, disse Kopp à Fast Company. O Campo é feito de lona e encerado com um composto feito a partir de resíduos do milho. Segundo a publicação, o sapato é inteiramente feito de materiais limpos ou bio-baseados, mas sua semelhança ao couro é notória.

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O que a ausência de carros fez com o centro de Oslo?

Imagine andar pelo centro de uma cidade sem se preocupar com carros, o trânsito fluindo com rapidez e facilidade, com as ruas e negócios locais cheios de pessoas. Esta é a realidade de Oslo, capital da Noruega. No início deste ano, o projeto que removeu mais de 700 estacionamentos, substituindo-os por ciclovias, plantas, bancos de praça e pequenos parques foi finalizado e representa um grande passo para a visão de um centro da cidade livre de carros.

Em algumas das ruas, os carros foram banidos completamente e poucas pessoas transitam pelo local dirigindo. “Basicamente, não há carros. […] Você pode ver que está realmente recuperando o espaço e pode usá-lo para outros propósitos além de estacionar carros”, disse Axel Bentsen, CEO da Urban Sharing (a empresa que administra o sistema de bikes compartilhadas da cidade, o Oslo City Bike), à Fast Company. Além disso, as mudanças foram planejadas, também, para melhorar a qualidade do ar e lutar contra as mudanças climáticas.

O processo de tornar o centro de Oslo mais amigável para pedestres vem desde os anos 70, com a proibição de carros em algumas ruas. Nos anos 80, a cidade investiu em melhorar o sistema de transporte público e, desde 2015, começou a planejar uma transformação mais significativa. Atualmente, alguns estacionamentos ainda existem nos arredores do centro, em razão das entregas realizadas pelos negócios locais. Portadores de deficiência que se locomovem de carro também encontram lugar para estacionar. E há, ainda, algumas estações de recarga para carros elétricos.

Transformação

Para a vice-prefeita de desenvolvimento urbano de Oslo, Hanne Marcussen, trata-se de uma adaptação necessária para o futuro. “As cidades, como Oslo, foram construídas para carros por várias décadas, e já é hora de mudarmos. […] Eu acho que é importante que todos nós pensemos sobre em que tipo de cidades queremos viver. Tenho certeza de que quando as pessoas imaginam a cidade ideal, não seria um sonho de ar poluído, carros lotados de tráfego sem fim ou ruas preenchidas com carros estacionados”, explicou.

Rune Gjøs, chefe de ciclismo de Oslo, considera que “grandes melhorias no transporte público e tornar a bicicleta segura e confortável” foram grandes contribuições da cidade para que a transformação desse certo. Isso não quer dizer que o projeto não tenha encontrado resistência. No entanto, os donos de carros e de negócios que inicialmente se opuseram, achando que o centro perderia o interesse de visitantes, o viram se tornar uma das partes mais populares da cidade.

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“Fiquem três anos no primeiro emprego”, aconselha dono do AliExpress

O fundador das plataformas de e-commerce chinesas Alibaba e AliExpress, Jack Ma, esteve em Davos, na Suíça, na semana passada, durante o Fórum Econômico Mundial (WEF) e aproveitou a ocasião para dar um conselho aos millennials: ficarem no primeiro emprego por, pelo menos, três anos. A geração é conhecida por trocar de trabalho com frequência, mas Ma considera que o primeiro emprego deve ser uma rica oportunidade de aprendizado e desenvolvimento.

“Se eu tivesse um conselho para os jovens é que, se você se formou e está procurando um emprego, o primeiro é o mais importante. Não necessariamente em uma empresa que tenha um grande nome. […] Você deve encontrar um bom chefe, que possa te ensinar a ser um ser humano, e fazer as coisas do jeito certo, a fazer as coisas apropriadamente, e fique lá”, afirmou durante o evento.

O executivo continuou: “Faça uma promessa para você mesmo: ‘vou ficar lá por pelo menos três anos’, depois você começa a mudar (de emprego)”. O conselho, segundo ele, é resultado de 20 anos à frente de negócios, observando e contratando pessoas. À CNBC, rede de TV americana, Ma, que já foi professor, disse que faz um paralelo entre a empresa e a sala de aula: “Você sempre quer que seus estudantes sejam melhores do que você”, revelou.

Esse padrão se repete, segundo ele, na hora da contratação: “Quando eu contrato, eu contrato pessoas que são mais espertas do que eu. Pessoas que, quatro, cinco anos depois, poderiam ser meus chefes. Eu gosto de pessoas que sejam positivas e nunca desistam”, concluiu.

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Um quarto de hotel inteiramente vegano?

Parece um quarto de hotel habitual, mas a nova suíte do Hilton London Banskide, na capital inglesa, é o primeiro do mundo a ser completamente vegano, desde a mobília até o serviço de quarto. A criação é do estúdio de design de experiência Bompas & Parr (B&P) e preza pelo veganismo não somente como uma dieta, mas como um estilo de vida. É o que conta o repórter Mark Wilson, da FastCompany.  

Aderir ao veganismo não é uma decisão simples, pois quando você começa a ler os rótulos dos produtos, percebe que muitos deles, mesmo que tenham origem vegetal, acabam levando alguns ingredientes de procedência animal em sua composição. É o caso das batatas do McDonald’s, que são aromatizadas com gordura bovina. Desse modo, ser vegano significa estar sempre vigilante ao que se consome.

No caso do design de interiores, o raciocínio não é diferente, visto que os couros, penas e lãs são figuras carimbadas da indústria. “O principal desafio foi procurar materiais interessantes que não fossem apenas veganos, mas sustentáveis ​​e ecológicos”, disse o co-fundador do estúdio, Sam Bompas.

“Nós nos concentramos no que é importante para a cultura vegana, nos afastando dos materiais sintéticos e focando em materiais do futuro, de origem botânica”, completou. Os designers usaram, para os móveis, muita madeira. Os tapetes são de algodão, no lugar da lã; as almofadas foram recheadas com trigo sarraceno, samaúma ou fibras de bambu; e os móveis foram estofados com o Piñatex, um material respirável e de couro criado a partir da folha de abacaxi.

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Como é a vida online na China, Cuba, Índia e Rússia?

Atualmente, mais da metade da população mundial tem acesso à internet. Mas isso não significa que a experiência de estar online seja igual nos quatro cantos do mundo. Em uma reportagem ilustrada, o jornal britânico The Guardian fez uma compilação das principais peculiaridades do uso da rede na China, Cuba, Índia e Rússia. As diferenças vão desde a filtragem governamental de termos de pesquisa considerados “sensíveis” até a entrega de conteúdo digital pessoalmente.

A Índia é um dos países com mais smartphones do mundo, o que coloca sua experiência de internet majoritariamente no universo móvel. Lá, estão registrados mais de 200 milhões de usuários do WhatsApp, especialmente na porção classe média baixa da sociedade indiana. “Neste país, mais de 50% das pessoas são analfabetas funcionais. O WhatsApp permite que elas interajam em texto, áudio, imagens, usando emoticons”, afirma Osama Manzar, da Digital Empowerment Foundation, que trabalha com o objetivo de ampliar o alcance da internet nas aldeias mais remotas da Índia.

O uso do aplicativo de mensagens tem, no entanto, trazido algumas consequências negativas para os indianos, como o alastramento acelerado de fake news. Em 2018, por exemplo, houve uma série de linchamentos em resposta a falsas reportagens sobre estranhos atacando crianças no país. Mesmo com a polícia refutando os rumores, muitas pessoas ainda acreditam neles. Por outro lado, o WhatsApp também é usado pelos indianos para divulgar pronunciamentos de autoridades e colocar médicos em contato com estudantes de medicina em áreas remotas.

Caso isolado

Na China, a internet é um caso isolado do resto do mundo. Google, Facebook, Twitter e BBC são bloqueados no país. E até o The Guardian é barrado de tempos em tempos. Lá, 800 milhões de pessoas estão conectadas e usam versões chinesas de aplicativos, sites, jogos e serviços online, como Wechat (mensagens), Meituan (entrega de comida), Alipay (filmes e séries sob demanda) etc.

“É muito diferente da internet do resto do mundo… Existe todo esse outro universo por aí. Com jogos, [a plataforma de e-commerce] Taobao, Wechat e assim por diante. […] Não é um grupo de pessoas sedento por informação e que quer ser libertado”, explica Lokman Tsui, professor de Jornalismo na Universidade Chinesa de Hong Kong.

Por outro lado, desde o fim dos anos 90, a China vem limitando o acesso completo de seus usuários ao resto do mundo por meio do Grande Firewall, que bloqueia endereços de IP e domínios e inspeciona dados enviados ou recebidos. Além disso, posts com palavras consideradas “sensíveis” pelas autoridades são bloqueados constantemente.

HD externo e apps locais

Em Cuba, o acesso à internet é limitado. Mas, se você não pode chegar até ela, ela pode chegar até você, fisicamente. A medida é conhecida como “el paquete semanal” ou “o pacote semanal”, um HD externo com milhares de horas de conteúdo de mídia que é entregue aos clientes por “fornecedores” como Alberto Jorge, de 34 anos. “Com o pacote você escolhe o que assistir e quando vai assisti-lo”, conta o empreendedor, que entrega as unidades pessoalmente nas casas em Havana para que as pessoas copiem os arquivos que desejam consumir.

Na Rússia, apesar de Google e Facebook não serem bloqueados, o governo local incentiva e promove o uso de softwares de companhias locais, como o Yandex (que substitui o Google), o Mail.Ru para e-mails e o Vkontakte (que substitui o Facebook). O governo russo faz isso para que o país tenha os benefícios econômicos do uso de tecnologias próprias e para que os dados dos usuários desses produtos fiquem armazenados em seu território, onde podem ser acessados juridicamente.

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Movimento #MyGameMyName recebe apoio da ONU Mulheres

Na semana passada, a ONU Mulheres declarou apoio à iniciativa #MyGameMyName, uma campanha encabeçada pela Vivo e pela ONG norte-americana Wonder Women Tech, que denuncia situações de assédio e opressão vividas por mulheres durante jogos online. A instituição assumiu os compromissos de cobrar posicionamento dos grandes nomes da indústria de games, como mudanças nas narrativas dos jogos e a criação de mecanismos para melhorar a experiência das mulheres nos jogos.

A campanha foi criada e desenvolvida pela agência Africa, que também foi responsável por levar o projeto ao conhecimento da ONU, a fim de elevar o debate ao nível global e ajudar a fomentar a busca por soluções. “Uma vez que o principal objetivo do movimento é empoderar as mulheres no mundo dos games para que elas não sofram mais com o assédio e não tenham mais que se esconder por trás de nicks masculinos para jogar, a organização se identificou com a ação e declarou seu apoio”, contou Monique Lopes Lima, diretora de projetos especiais da Africa, à Meio & Mensagem.

A peça foi finalista na categoria Glass, que promove a diversidade e equidade de gênero no prêmio Cannes Lions, em 2018. Segundo Monique, tanto a Africa quanto a Vivo pretendem continuar trabalhando para o crescimento da iniciativa. “#MyGameMyName não é uma campanha que tem deadline para acabar. É um projeto, um movimento perene. Uma vez que o primeiro jogo colocar um botão [para denúncia] de assédio ou tomar alguma medida preventiva, acreditamos que outros jogos farão o mesmo. Mesmo assim, ele não irá parar por aí”, afirmou.

Em janeiro do ano passado, a campanha convidou gamers homens para jogarem com nomes ou avatares femininos. Veja o resultado:

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Amazon inicia serviço de venda direta no Brasil

Depois da venda de e-books e dispositivos Kindle, de livros físicos e do marketplace, a Amazon iniciou ontem (22), seu serviço de venda direta no Brasil. Agora, a varejista norte-americana comercializa, a partir de seu novo centro de distribuição, na cidade Cajamar (SP), produtos de 11 categorias. O lançamento representa um novo passo na esperada expansão das operações do império de Jeff Bezos na maior economia da América Latina.

O projeto Fulfillment by Amazon (FBA) — ou “enviado pela Amazon”, em tradução livre —, é uma evolução da venda de terceiros, iniciada em 2017, e se concretiza após meses de esforços da empresa para se adequar aos desafios logísticos apresentados pelo Brasil. “Lançamos com 320 ml produtos diferentes em inventário, sendo 200 mil livros… Nossa obsessão é sempre aumentar esse catálogo e ter tudo aquilo que o brasileiro procura e quer comprar na internet”, afirmou o presidente da Amazon no Brasil, Alex Szapiro, à Reuters.

Logística

Apesar de não revelar o tamanho da base de vendedores no seu marketplace, a empresa adicionou quatro novas categorias a partir de ontem: bebês, brinquedos, beleza e cuidado pessoal. Estas fazem companhia a outras sete disponíveis na plataforma de venda direta, ou 1P (de acordo com o jargão do varejo). “Temos mais de 800 fornecedores/marcas distintos para venda direta”, comentou Szapiro.

O centro de distribuição em Cajamar despachará quase todos os itens disponíveis nessa nova fase. A exceção é a categoria de livros, que continuará sob os cuidados da operadora Luft, em Barueri (SP). O novo galpão possui 47 mil metros quadrados, que equivalem a 10 campos de futebol. E, segundo Szapiro, todas as operações da Amazon no Brasil empregam 1400 pessoas, direta ou indiretamente.

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Poluição proveniente de carros elétricos cairá de 3% a 10% ao ano, até 2040

Os carros elétricos causam menos danos ambientais que os modelos a gasolina. No entanto, o custo elevado de produção e o tempo alto de recarga impedem que esses meios de transporte se popularizem massivamente. Segundo o serviço de pesquisa e análise independente BloombergNEF (ou BNEF), no ano passado, as emissões de dióxido de carbono de veículos movidos a bateria foram 40% menores que as vindas de motores a combustão.

A tendência é que esse benefício seja ainda maior à medida que a geração de energia faça a transição do carvão para outras fontes mais limpas, como a solar e a eólica. A pesquisa do BNEF mostra que, no Reino Unido, onde há muitas indústrias renováveis, a diferença nas emissões é ainda maior. Enquanto na China, que ainda é muito dependente do carvão, esse número não é tão alto. No entanto, espera-se que o país asiático progrida rapidamente para as energias renováveis nos próximos anos.

“Quando um veículo de combustão interna sai da linha, suas emissões por quilômetro são definidas, mas para um veículo elétrico elas continuam caindo a cada ano, à medida que a rede se torna mais limpa”, explica o analista de transportes do BNEF, Colin McKerracher. A expectativa é de que a participação global na geração de eletricidade com zero carbono aumente dos 38% do ano passado para 63% até 2040.

Enquanto de um lado as melhorias tecnológicas veem as emissões dos motores de combustão caírem cerca de 1,9% ao ano até 2040, a poluição vinda dos carros elétricos cairá de 3% a 10% anualmente. Segundo o BNEF, isso será um resultado tanto da descarbonização da rede quanto do consumo reduzido de eletricidade.

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Economia comportamental pode ser aliada para desapegar do smartphone

Você já parou para pensar em como a economia e seu vício no smartphone estão relacionados? Provavelmente, não. Mas foi isso o que fez o economista e escritor Tim Harford, que descreveu seus experimentos em um artigo no jornal Financial Times (paywall). Utilizando conceitos do campo da economia comportamental, ele conseguiu entender seus hábitos e eliminá-los do seu dia a dia.  

A primeira teoria aplicada por ele foi o “efeito dotação”, que se refere à tendência que temos de supervalorizar algo pelo simples fato de nos pertencer. Isso faz com que tenhamos dificuldade em renunciar certos objetos. Nesse sentido, ele reavaliou seus hábitos digitais por meio de uma pausa temporária, um “detox” que promoveu uma ressignificação do uso do smartphone. Além disso, Harford excluiu vários aplicativos denominados como “distrações”.

Por meio do conceito de “custo de oportunidade”, o economista descreve a máxima de que cada escolha representa, também, uma renúncia. “Se você decidir ir a uma palestra noturna, também está decidindo não estar em casa lendo uma história para dormir”, explicou. Para ele, esta é uma das ideias mais importante e mais incompreendidas da economia. Na prática, essa teoria o levou a preencher seu tempo com outras atividades, como fazer exercícios, sair com amigos e escrever.

A noção de que costumamos trocar o “mais difícil pelo mais fácil” fez com que Harford instalasse um plugin de bloqueio em seu computador, que o impede de acessar sites como o YouTube quando ativado. Pela lógica dos “benefícios de transbordamento”, ele percebeu que quanto mais desinstalava aplicativos desnecessários, menos a tendência de pegar o telefone se manifestava.

Por fim, o escritor conduziu seu experimento de modo que pudesse “adaptar eventos” para permanecer vigilante e compreender os contextos. Grande parte do período de detox, por exemplo, ocorreu no fim de ano, quando ele podia passar mais tempo com a família e amigos e menos tempo preocupado com o trabalho. “Faz sentido ficar fora do Twitter enquanto estiver escrevendo um livro; menos sentido, talvez, enquanto o estiver divulgando”, concluiu.

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Shutterstock revela, em infográfico, suas apostas criativas para o ano

Na última semana, a agência de banco de imagens, vídeos, músicas e ferramentas de edição Shutterstock lançou a edição 2019 de seu infográfico de tendências criativas. Nele estão as principais apostas para o design, novidades que devem entrar em ascensão durante o ano e estilos que podem se destacar em vários países. As informações do guia de estilo se baseiam nos bilhões de pesquisas e downloads feitos diariamente no buscador da empresa.

Entre as principais tendências levantadas estão a “cultura zine”, representada por um aumento de 1.376% nas pesquisas por colagens artísticas contemporâneas; a “opulência dos anos 80”, detectada em buscas por estampas elegantes (1.060%), de correntes (731%), de couro de cobra (157%) e de leopardo (168%); e uma releitura otimista das tecnologias antigas, identificadas no crescimento da demanda por mídias de sinthwave (717%), retrowave (676%) e duotone (230%). Isso quer dizer que veremos uma subversão do acabamento fino priorizado pelo design, muito contraste, neon brilhante e zumbido de sintetizadores.

Ascensão

Outras tendências apontadas pela Shutterstock focam em elementos em ascensão no universo do design, do vídeo e da fotografia e que, segundo a empresa, causarão grande impacto em 2019. Nesta categoria, destacam-se a decadência do plástico e a necessidade de matérias-primas alternativas como o bambu e o cânhamo; a cultura fofinha dos desenhos Kawaii, a técnica de pintura e impressão indiana Kalamkari; o estilo Rococó romântico; os arco-íris coloridos do prisma em 3D e estampas; padrões hipnóticos e o futurismo no cotidiano.

Na sessão “Pra Ficar de Olho”, o infográfico aponta a tendência “Tipografia tentadora”. Facilitada pela realidade aumentada e pelo design imersivo, a novidade é o uso de vetores e 3D para criar tipografias baseadas em doces. O destaque é confirmado pelo crescimento de 8.389% nas pesquisas por “letras com cobertura”. No tópico “Tendências globais”, as buscas brasileiras indicam o crescimento do tema “vintage romântico”.

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Spotify investirá pesado na categoria de podcasts em 2019

Que o Spotify é um dos maiores serviços de streaming de música do mundo, ninguém duvida. Em 2018, a empresa alcançou a marca de 200 milhões de usuários e, este ano, vai focar grande parte de sua atenção nos podcasts. A ideia é levar a tecnologia de personalização de recomendações de música para a categoria de podcasts, atualizar a interface dos aplicativos para que as pessoas possam acessá-los mais facilmente e fechar mais acordos de exclusividade de distribuição com criadores. Além disso, a venda de anúncios dentro dos programas configura uma oportunidade de aumento da receita da empresa.

Todas essas medidas foram anunciadas pelo chefe do Spotify Studios, Courtney Holt, durante a Consumer Electronics Show (CES), em Las Vegas, na semana passada. “Durante o último ano, nós focamos bastante em construir um excelente universo de podcasts. […] O primeiro passo era garantir que tivéssemos os melhores podcasts do mundo no Spotify, e integramos a experiência ao serviço de um jeito que permitiu às pessoas formarem hábitos e comportamento”, disse.

Exclusivos

Transmitindo podcasts desde o primeiro semestre de 2018, logo o Spotify começou a lançar programas originais e exclusivos para atrair o público para a nova categoria de streaming. Atualmente, a empresa conta com mais de dez títulos do tipo no lineup. Entre eles, estão o The Joe Budden Podcast, voltado para fãs de hip-hop e rap, o 3 Girls, 1 Keith, da comediante Amy Schummer, e o já conhecido Showstopper, sobre novidades da cultura pop.

Segundo Holt, “o que começamos a ver é que os tipos de podcasts que realmente estavam funcionando no Spotify eram aqueles que tinham vozes realmente autênticas… então nós decidimos investir mais nesses tipos de vozes”. Ao aumentar sua coleção de conteúdo original, a empresa percebeu os criadores que aceitaram o acordo de exclusividade conseguiram aumentar suas audiências, mesmo depois de abandonar outras plataformas. A submissão de programas no Spotify Podcasts é aberta a todos.

No Brasil, três programas da podosfera estrelaram a campanha de divulgação do player de podcasts do Spotify, no último mês de setembro. Cartazes e outdoors com apresentadores e apresentadoras do Mamilos, NerdCast e Papo Torto estamparam outdoors e estações de metrô em São Paulo.

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Novo comercial da Gillette causa polêmica ao desafiar a masculinidade tóxica

No último domingo (13), a Gillette divulgou seu novo comercial. O curta-metragem (segundo definição do vídeo no canal da marca no YouTube), intitulado We Believe: The Best Men Can Be, ou Nós Acreditamos: O Melhor Que Os Homens Podem Ser, tem menos de dois minutos de duração, mas aborda diversas temáticas dentro do espectro da masculinidade tóxica.

Em um mix de imagens de arquivo e cenas originais, a peça tem o objetivo de encorajar homens a responsabilizarem uns aos outros por seus comportamentos. No entanto, a marca recebeu várias críticas, que afirmam que o comercial é excessivamente político e que “pinta” todos os homens como “valentões” ou assediadores. No Youtube, o vídeo recebeu até hoje (17), mais de 840 mil dislikes e muitos comentários negativos podem ser encontrados na página.

Nas redes sociais, as opiniões também estão divididas. Enquanto algumas pessoas elogiam a iniciativa da Gillette, outras questionam sua validade e interpretam o comercial como um “ataque” ao seu principal público consumidor. Na última terça (15), um porta-voz da marca disse ao canal CNBC, por e-mail, que a empresa tinha uma responsabilidade de incentivar comportamentos masculinos positivos.

“Nós esperávamos debate — a discussão é necessária. Para cada reação negativa nós vimos muitas reações positivas, pessoas dizendo que o esforço era corajoso, oportuno, inteligente e necessário. […] No fim do dia, iniciar conversas é o que importa. Isso leva as pessoas a prestarem atenção no tópico e as encoraja a agirem para fazer a diferença”, disse.

A Gillette se comprometeu, ainda, a doar $1 milhão de dólares por ano, durante três anos, para organizações sem fins lucrativos dos Estados Unidos que tenham programas destinados a ajudar homens a se tornarem exemplos para as próximas gerações, inspirando o respeito e a accountability.

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McDonald’s perde registro da marca Big Mac após batalha com empresa irlandesa

Nesta última terça-feira (15), a rede de lanchonetes fast-food Supermac’s, da Irlanda, ganhou uma importante batalha judicial contra o McDonald’s, sobre o uso de marcas registradas. A empresa, liderada pelo diretor geral e fundador Pat McDonagh e com base na cidade de Galway, convenceu o Escritório de Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO) a cancelar o uso da marca registrada “Big Mac”. Isso abre caminho para que a rede possa expandir por toda a Grã-Bretanha e Europa continental.

“Estamos muito felizes. É uma vitória única quando você enfrenta os arcos dourados e vence”, disse McDonagh ao The Guardian, referindo-se à marca McDonald’s. “Esta é uma vitória para todas as pequenas empresas. Isso impede que companhias maiores acumulem marcas sem a intenção de usá-las”, continuou. A gigante do fast-food norte-americana ainda pode recorrer da decisão.

Segundo a EUIPO, cuja base é em Alicante, na Espanha, não havia provas de uso genuíno da marca Big Mac, registrada em 1996, como um nome de hambúrguer ou restaurante. Por outro lado, o trademark frustrou as ambições de expansão da rede Supermac’s, tendo em vista que o McDonald’s havia argumentado que a similaridade entre os nomes poderia confundir os clientes.

“Nós afirmamos que não haveria confusão. Big Mac e Supermac são duas coisas diferentes”, afirmou o empresário irlandês. O primeiro Supermac’s foi inaugurado em 1978, em Ballinasloe, e hoje conta com 106 franquias por toda a Irlanda e Irlanda do Norte. Em nota, a empresa afirmou que venceu uma batalha de Davi contra Golias contra o assédio a marcas por uma poderosa multinacional.

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Painéis solares de 2 mil dólares podem ser a solução para a crise global da água

A crise da água potável é global e atinge pessoas tanto em comunidades remotas quanto nas grandes cidades. Segundo estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 2 bilhões de pessoas vivem sem uma fonte segura de água em suas casas, o que provoca problemas de saúde e resulta em baixa prosperidade econômica. Diante desse cenário, investidores bilionários e startups de tecnologia buscam soluções e oportunidades de se envolverem mais diretamente com o problema.

Em setembro, Bill Gates (Microsoft) e Jeff Bezos (Amazon) lideraram o fundo de investimento de 1 bilhão de dólares que está financiando os esforços da startup Zero Mass Water, que desenvolve painéis solares que, literalmente, “puxam” água potável do ar. As matrizes do painel, batizado de Source, usa a luz do sol para captar a água contida no vapor de ar. Esse vapor é, então, esterilizado, transformado em líquido e armazenado em um reservatório conectado à torneira da casa.

O Source tem um custo de 2 mil dólares (mais cerca de 500 dólares para a instalação) e pode produzir de 2 a 5 litros de água por dia. Ou seja, o equivalente a 10 garrafinhas de 500 ml. Desde o seu lançamento, em 2015, a Zero Mass Water já instalou seus painéis em 18 países, atendendo desde um orfanato no Líbano até mansões milionárias da Califórnia. O produto pode ser adquirido online, mas a empresa também trabalha com desenvolvedores, governos locais e organizações sem fins lucrativos.

Segurança e qualidade

Na semana passada, a startup lançou um novo sensor que permite a seus clientes monitorar a qualidade e a segurança da água que estão bebendo. “Com água, nós apenas olhamos para ela e, se é aproximadamente clara, bebemos. […] As pessoas estão tentando achar aquele próximo nível de segurança”, afirmou Cody Friesen, cientista material e CEO da Zero Mass Water, à Business Insider. Os dados colhidos pelo sensor são agregados diariamente no aplicativo da empresa.

Segundo o empresário, o painel não é uma solução simples, como um filtro de balcão, pois, enquanto esses produtos melhoram o sabor da água, não são eficientes em remover toxinas como chumbo e arsênico. Além disso, os painéis Source têm uma vida útil de, aproximadamente, 20 anos. Por todos esses motivos, Friesen acredita que a tecnologia de sua empresa terá um papel fundamental na solução para a crise global da água.

“Imagine se você pudesse aperfeiçoar a água em qualquer lugar do mundo, sem infraestrutura, no mais seco dos desertos e na mais úmida das florestas. […] Com [nossos] sensores, estamos prestes a fechar o ciclo em saber que a água está boa”, concluiu.

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Perfeccionismo não melhora a relação com o trabalho, aponta pesquisa

O perfeccionismo é uma tendência comum no universo profissional e a busca pela perfeição é frequentemente citada em entrevistas de emprego e negociações. A fim de desmistificar a influência desse comportamento no trabalho e na vida das pessoas, um grupo de pesquisadores da Universidade da Flórida, do Instituto de Tecnologia da Georgia e da Universidade de Miami fez uma meta-análise de 95 pesquisas sobre o tema, datadas desde 1985.

O estudo, publicado em outubro do ano passado — e que rendeu, também, um artigo na Harvard Business Review, lançado no último dia 27 de dezembro —, conclui que os perfeccionistas se motivam e se engajam mais em suas tarefas profissionais, mas que isso pode ter um alto custo, como altos níveis de estresse, ansiedade acentuada e risco de ‘burnout’ (ou desgaste mental, em tradução livre).

Segundo a pesquisa, não foram encontradas relações práticas entre o perfeccionismo e o desempenho profissional, de modo que o comportamento não influencia na qualidade do trabalho. No entanto, foram identificados dois tipos de perfeccionistas: os que demandam altos padrões de excelência de si mesmos e os que apresentam uma “aversão a falhar na busca por ótimos resultados”, afirmam os pesquisadores no artigo da HBR.

Profissionais do primeiro tipo, geralmente, apresentam as boas características do perfeccionismo — mais motivação e disposição para o trabalho —, enquanto os do segundo tipo estão mais vulneráveis às desvantagens — mais estresse e ansiedade. Além disso, o estudo mostra que as novas gerações são mais perfeccionistas que as anteriores, o que aponta para a necessidade de gestores atentos a esta tendência.

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