Movimento #MyGameMyName recebe apoio da ONU Mulheres

Na semana passada, a ONU Mulheres declarou apoio à iniciativa #MyGameMyName, uma campanha encabeçada pela Vivo e pela ONG norte-americana Wonder Women Tech, que denuncia situações de assédio e opressão vividas por mulheres durante jogos online. A instituição assumiu os compromissos de cobrar posicionamento dos grandes nomes da indústria de games, como mudanças nas narrativas dos jogos e a criação de mecanismos para melhorar a experiência das mulheres nos jogos.

A campanha foi criada e desenvolvida pela agência Africa, que também foi responsável por levar o projeto ao conhecimento da ONU, a fim de elevar o debate ao nível global e ajudar a fomentar a busca por soluções. “Uma vez que o principal objetivo do movimento é empoderar as mulheres no mundo dos games para que elas não sofram mais com o assédio e não tenham mais que se esconder por trás de nicks masculinos para jogar, a organização se identificou com a ação e declarou seu apoio”, contou Monique Lopes Lima, diretora de projetos especiais da Africa, à Meio & Mensagem.

A peça foi finalista na categoria Glass, que promove a diversidade e equidade de gênero no prêmio Cannes Lions, em 2018. Segundo Monique, tanto a Africa quanto a Vivo pretendem continuar trabalhando para o crescimento da iniciativa. “#MyGameMyName não é uma campanha que tem deadline para acabar. É um projeto, um movimento perene. Uma vez que o primeiro jogo colocar um botão [para denúncia] de assédio ou tomar alguma medida preventiva, acreditamos que outros jogos farão o mesmo. Mesmo assim, ele não irá parar por aí”, afirmou.

Em janeiro do ano passado, a campanha convidou gamers homens para jogarem com nomes ou avatares femininos. Veja o resultado:

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Game mineiro inspirado na história de Dandara dos Palmares é um dos melhores do ano

O jogo Dandara, desenvolvido pelo estúdio mineiro Long Hat House, entrou na lista da revista Time de “Melhores Vídeo Games de 2018”. Criado por João Brant, 28, e Lucas Mattos, 29, o game figura na nona posição do ranking, acompanhado por líderes da indústria mundial, como Super Mario Party, Red Dead Redemption 2, Assasin’s Creed Odyssey e Good of War.

Dandara é inspirado na história da abolicionista Dandara dos Palmares, que, ao lado de Zumbi, lutou pelo fim da escravidão no Brasil. Ela também dominava técnicas de capoeira. Segundo Mattos, “muita gente se inspira em jogos japoneses e americanos e acaba reproduzindo uma cultura que não conhece direito”, afirmou à Folha Ilustrada. É a primeira vez que uma produção brasileira integra a seleção desde que a Time começou a fazê-la.    

No jogo, a personagem tem o poder de desafiar a gravidade e ultrapassa obstáculos para derrotar chefões que usam poderes mágicos. Além disso, os mapas podem ser explorados de várias maneiras, contendo segredos que podem ser usados durante os combates. O game segue uma dinâmica similar a franquias como Metroid e Castlevania, de 1986.

Para a Time, Dandara se destaca por ser uma “atualização radical dos jogos de plataforma 2-D ‘old-school’. […] Os belos gráficos e ampla gama de ataques fazem a linha de aprendizado íngreme valer a pena”. O jogo tem trilha sonora do paulista Thommaz Kauffmann, 24, e direção de arte do mineiro Victor Leão, 27. Está disponível para PlayStation 4, Nintendo Switch, Android, Xbox One, iOS e PC.

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