Poluição proveniente de carros elétricos cairá de 3% a 10% ao ano, até 2040

Os carros elétricos causam menos danos ambientais que os modelos a gasolina. No entanto, o custo elevado de produção e o tempo alto de recarga impedem que esses meios de transporte se popularizem massivamente. Segundo o serviço de pesquisa e análise independente BloombergNEF (ou BNEF), no ano passado, as emissões de dióxido de carbono de veículos movidos a bateria foram 40% menores que as vindas de motores a combustão.

A tendência é que esse benefício seja ainda maior à medida que a geração de energia faça a transição do carvão para outras fontes mais limpas, como a solar e a eólica. A pesquisa do BNEF mostra que, no Reino Unido, onde há muitas indústrias renováveis, a diferença nas emissões é ainda maior. Enquanto na China, que ainda é muito dependente do carvão, esse número não é tão alto. No entanto, espera-se que o país asiático progrida rapidamente para as energias renováveis nos próximos anos.

“Quando um veículo de combustão interna sai da linha, suas emissões por quilômetro são definidas, mas para um veículo elétrico elas continuam caindo a cada ano, à medida que a rede se torna mais limpa”, explica o analista de transportes do BNEF, Colin McKerracher. A expectativa é de que a participação global na geração de eletricidade com zero carbono aumente dos 38% do ano passado para 63% até 2040.

Enquanto de um lado as melhorias tecnológicas veem as emissões dos motores de combustão caírem cerca de 1,9% ao ano até 2040, a poluição vinda dos carros elétricos cairá de 3% a 10% anualmente. Segundo o BNEF, isso será um resultado tanto da descarbonização da rede quanto do consumo reduzido de eletricidade.

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Indústria de bebidas com gás é um dos destinos do CO2 capturado da atmosfera

Uma das principais razões das mudanças climáticas é o excesso de CO2 (gás carbônico) na atmosfera. Essa realidade abriu caminho para a criação de tecnologias voltadas à captura, filtragem e armazenamento subterrâneo do gás. No entanto, uma nova possibilidade começa a ganhar evidência: o uso do CO2 capturado da atmosfera para compor bebidas gaseificadas, como águas e refrigerantes.

A primeira empresa do ramo a usar a tecnologia é a Valser, uma marca de água com gás da Suíça, que faz parte do portfólio da Coca-Cola. A experiência é um resultado da parceria entre a indústria de engarrafamento Coca-Cola HBC Switzerland com a Climeworks, uma das pioneiras do mundo em captura de dióxido de carbono direto do ar.

A startup desenvolveu uma máquina formada por contêineres empilhados que usa sua tecnologia para puxar o ar e, em seu interior, filtrar o CO2, como uma árvore ultrapoderosa. Quando o filtro está cheio, o coletor se aquece e libera o gás em sua forma pura, podendo ser armazenado embaixo da terra ou usado por fabricantes. A tecnologia já foi testada por uma estufa, que usou o CO2 para acelerar o crescimento de suas plantas. A indústria de bebidas é o passo seguinte.

“A indústria de bebidas está entre os pouquíssimos mercados usando CO2 atualmente”, comentou o cofundador e diretor da startup, Christoph Gebald, à repórter Adele Peters, da FastCompany. Ao ser colocado nas bebidas, o gás volta para a atmosfera. Por isso, a medida não se iguala ao armazenamento subterrâneo. No entanto, ela pode ser uma maneira de escalar a tecnologia.

A demanda global para a indústria alimentícia é de cerca de 6 milhões de toneladas de CO2 ao ano. Enquanto isso, segundo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, é preciso remover 10 bilhões de toneladas de dióxido de carbono da atmosfera, todos anos durante este século, para ajudar a prevenir os piores impactos das mudanças climáticas.

“A indústria das bebidas é a ponte entre o mercado inexistente de hoje para permitir que possamos diminuir a curva de custos e industrializar a nossa tecnologia. […] É a ponte que faltava entre startups e, um dia, a escala relevante para remover carbono do ar”, disse Gerald. Outras aplicações para o CO2 extraído da atmosfera estão chegando ao mercado, como a fabricação de combustível neutro ou concreto para produzir plástico, sapatos e até ração para peixes.

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