Novo comercial da Gillette causa polêmica ao desafiar a masculinidade tóxica

Novo comercial da Gillette causa polêmica ao desafiar a masculinidade tóxica

Citando problemas como bullying e assédio sexual, além do movimento #MeToo, o vídeo questiona: “É isso o melhor que um homem pode ser?”
  Por Giovanna Beltrão
Composição sobre imagem / Vídeo We Believe / Gillette

No último domingo (13), a Gillette divulgou seu novo comercial. O curta-metragem (segundo definição do vídeo no canal da marca no YouTube), intitulado We Believe: The Best Men Can Be, ou Nós Acreditamos: O Melhor Que Os Homens Podem Ser, tem menos de dois minutos de duração, mas aborda diversas temáticas dentro do espectro da masculinidade tóxica.

Em um mix de imagens de arquivo e cenas originais, a peça tem o objetivo de encorajar homens a responsabilizarem uns aos outros por seus comportamentos. No entanto, a marca recebeu várias críticas, que afirmam que o comercial é excessivamente político e que “pinta” todos os homens como “valentões” ou assediadores. No Youtube, o vídeo recebeu até hoje (17), mais de 840 mil dislikes e muitos comentários negativos podem ser encontrados na página.

Nas redes sociais, as opiniões também estão divididas. Enquanto algumas pessoas elogiam a iniciativa da Gillette, outras questionam sua validade e interpretam o comercial como um “ataque” ao seu principal público consumidor. Na última terça (15), um porta-voz da marca disse ao canal CNBC, por e-mail, que a empresa tinha uma responsabilidade de incentivar comportamentos masculinos positivos.

“Nós esperávamos debate — a discussão é necessária. Para cada reação negativa nós vimos muitas reações positivas, pessoas dizendo que o esforço era corajoso, oportuno, inteligente e necessário. […] No fim do dia, iniciar conversas é o que importa. Isso leva as pessoas a prestarem atenção no tópico e as encoraja a agirem para fazer a diferença”, disse.

A Gillette se comprometeu, ainda, a doar $1 milhão de dólares por ano, durante três anos, para organizações sem fins lucrativos dos Estados Unidos que tenham programas destinados a ajudar homens a se tornarem exemplos para as próximas gerações, inspirando o respeito e a accountability.

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 Publicado em 17/01/2019 Atualizado em 13/03/2019
Giovanna Beltrão Jornalista. Mestra em Jornalismo. Especialista em Processos e Produtos Criativos. Trabalha com Comunicação desde 2007. Se interessa por cultura, tecnologia, viagens e gastronomia. Acha estranho escrever sobre si mesma na 3ª pessoa.
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