Nova animação da Pixar faz crítica à masculinidade tóxica em ambientes de trabalho

Purl é um novelo de lã. Simpática, enérgica e interessada em decoração e artesanato. Mas, ao começar a trabalhar na startup de finanças B.R.O. Capital, começa a enfrentar desafios para que seja vista e respeitada em meio às hipermasculinidades de seus colegas de trabalho. Esse é um resumo da nova animação da Pixar, Purl, que retrata a masculinidade tóxica e a (falta de) diversidade em ambientes corporativos.

O curta, que foi lançado diretamente no YouTube no último dia 04, é o primeiro do estúdio a ser distribuído exclusivamente pela internet e integra o projeto SparkShorts, que visa dar espaço a novos criadores e roteiristas. Em quase 9 minutos, o pequeno filme aborda temas como cultura corporativa e questões de gênero no ambiente de trabalho. O roteiro e a direção são de Kristen Lester e a produção é de Gillian Libbert-Duncan.

Lester revelou, em entrevista ao canal Meet the Filmmakers — outro projeto da Pixar —, que o filme é baseado em sua primeira experiência em uma animação: “[…] eu era a única mulher na sala, e assim, para fazer a coisa que amava, eu meio que me tornei um dos caras. E então eu vim para a Pixar e comecei a trabalhar em equipes com mulheres pela primeira vez, e isso realmente me fez perceber quanto do meu aspecto feminino eu tinha enterrado e deixado para trás”.

Existe a possibilidade que outras narrativas como essa sejam desenvolvidas pela Pixar no futuro, principalmente considerando-se que o antigo COO do estúdio, John Lasseter, foi demitido recentemente, após acusações de abuso sexual e mau comportamento.

Assista à animação Purl abaixo:

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Novo comercial da Gillette causa polêmica ao desafiar a masculinidade tóxica

No último domingo (13), a Gillette divulgou seu novo comercial. O curta-metragem (segundo definição do vídeo no canal da marca no YouTube), intitulado We Believe: The Best Men Can Be, ou Nós Acreditamos: O Melhor Que Os Homens Podem Ser, tem menos de dois minutos de duração, mas aborda diversas temáticas dentro do espectro da masculinidade tóxica.

Em um mix de imagens de arquivo e cenas originais, a peça tem o objetivo de encorajar homens a responsabilizarem uns aos outros por seus comportamentos. No entanto, a marca recebeu várias críticas, que afirmam que o comercial é excessivamente político e que “pinta” todos os homens como “valentões” ou assediadores. No Youtube, o vídeo recebeu até hoje (17), mais de 840 mil dislikes e muitos comentários negativos podem ser encontrados na página.

Nas redes sociais, as opiniões também estão divididas. Enquanto algumas pessoas elogiam a iniciativa da Gillette, outras questionam sua validade e interpretam o comercial como um “ataque” ao seu principal público consumidor. Na última terça (15), um porta-voz da marca disse ao canal CNBC, por e-mail, que a empresa tinha uma responsabilidade de incentivar comportamentos masculinos positivos.

“Nós esperávamos debate — a discussão é necessária. Para cada reação negativa nós vimos muitas reações positivas, pessoas dizendo que o esforço era corajoso, oportuno, inteligente e necessário. […] No fim do dia, iniciar conversas é o que importa. Isso leva as pessoas a prestarem atenção no tópico e as encoraja a agirem para fazer a diferença”, disse.

A Gillette se comprometeu, ainda, a doar $1 milhão de dólares por ano, durante três anos, para organizações sem fins lucrativos dos Estados Unidos que tenham programas destinados a ajudar homens a se tornarem exemplos para as próximas gerações, inspirando o respeito e a accountability.

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