Engenheiro de dados encontra a música mais triste do Radiohead

Fã do Radiohead, o engenheiro de dados americano Charlie Thompson desenvolveu um algoritmo para determinar a música mais triste de toda a discografia da banda inglesa, conhecida por abordar temas como depressão, términos e suicídio. Após a análise, o título ficou com a canção True Love Waits, composta pelo vocalista Thom Yorke em 1995 e lançada no álbum A Moon Shaped Pool (2016).

Segundo o jornal Nexo, “Thompson usou duas bases de dados para realizar sua pesquisa: o algoritmo do Spotify que analisa fatores como a dançabilidade, a energia e a positividade das músicas e estabelece um valor numérico para cada item; e um algoritmo do site Genius Lyrics, que agrega letras de músicas do mundo todo”.

Assim, foram analisadas a musicalidade e as letras de cada canção. Primeiro, o engenheiro reuniu as músicas menos dançantes, enérgicas e positivas. Em seguida, utilizou um código para avaliar as letras a partir de palavras-chave (como “quebrado”, “queda”, “abandonar”, “matar”, entre outras). Por fim, ele usou o conceito de densidade lírica desenvolvido pelo engenheiro Myles Harrison, que “analisa quantos versos cada canção tem espalhados no tempo total da música”.

A partir de todos esses dados, Thompson definiu a seguinte equação:

True Love Waits

O resultado matemático apontou a música True Love Waits, do álbum A Moon Shaped Pool (2016) como a mais triste da discografia da banda, seguida por Give Up The Ghost (do King of Limbs), Motion Picture Soundtrack (do Kid A) e Let Down (do OK Computer).

Charlie Thompson detalhou todo o processo em um artigo publicado em seu site.

Ouça o episódio do nosso podcast sobre o uso de dados na rotina do microempreendedor criativo.

Shirley Manson, do Garbage, apresenta novo podcast do Mailchimp

Novos conteúdos continuam chegando ao Mailchimp Presents, o canal da plataforma de marketing Mailchimp. Esta semana, foi a vez do podcast The Jump, apresentado pela cantora Shirley Manson, vocalista do Garbage.

Segundo o comunicado oficial do lançamento, o programa é uma “série de entrevistas de curta duração, com sete episódios, que apresenta conversas com músicos sobre ‘os momentos da carreira de um artista, onde eles decidem dar um salto para algo novo, e depois disso, nada é o mesmo’. Cada episódio foca em uma única música escolhida pelo artista, que seja especialmente significativa – tanto em sua vida pessoal quanto em sua trajetória de carreira”.

Os episódios têm cerca de 20 minutos de duração e vão ser lançados semanalmente. O primeiro, com o cantor Perfume Genius, já está no ar. Também participarão da primeira temporada os artistas Big Boi, Courtney Love, Neko Case, Esperanza Spalding, Karen O e Dave 1.

The Jump é uma parceria entre o Mailchimp Presents e a empresa de produção de podcasts Little Everywhere, com produção executiva de Dann Gallucci (conhecido por trabalhar com bandas como Modest Mouse e The Murder City Devils), Jane Marie (do podcast This American Life) e Hrishikesh Hirway (do podcast Song Exploder). O programa está disponível nas principais plataformas de áudio.

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Playlists para trabalhar são realmente eficazes?

Ouvir música durante o trabalho é um dos hacks de produtividade mais conhecidos entre trabalhadores, especialmente os criativos. Nos últimos anos, uma grande quantidade de playlists no Spotify e canais de YouTube foram criados com o objetivo de ajudar as pessoas a se concentrarem melhor durante a execução do ofício. Os canais Chillhop Music e ChilledCow, por exemplo, já somam mais de 5,3 milhões de assinantes e fazem livestreams diários de “sons para estudar/relaxar”. Mas, o que a ciência diz sobre isso?

Para a professora Maria A. G. Witek, do Departamento de Música da Universidade de Birmingham, não há uma resposta fácil para esta pergunta. Recentemente, ela foi co-autora de um estudo sobre o tipo de música que provoca uma “resposta de prazer” maior entre os ouvintes. Segundo a pesquisa, o efeito da música de fundo na concentração depende muito da personalidade e do gosto de uma pessoa, mas a música adequada ao trabalho tende a compartilhar algumas qualidades gerais.

São elas: não ter letras (que tendem a causar distrações), ser lenta, repetitiva e suave. Sons atmosféricos, como chuva, cascata ou barulhos da floresta tropical também são indicados por bloquearem os ruídos comuns do ambiente de trabalho, como carros passando na rua e conversas paralelas entre colegas. Além disso, elas podem ajudar a reorientar a atenção e a concentração. “Essas características irão promover o nível certo de excitação fisiológica e atencional nos ouvintes, agindo como um estimulante sem se distrair da tarefa”, disse Witek à publicação Elemental.

Tram Nguyen, que é membro do Time de Ciências Cerebrais de Cambridge, constatou, em um estudo de 2017, que é altamente provável que músicas de baixo ritmo beneficiem as regiões do cérebro responsáveis pela memória e por completar tarefas. Quanto às músicas de alto “grau de excitação”, a pesquisadora indica que elas podem “potencialmente distrair mais, porque o ouvinte está mais focado em processar a música do que em cuidar do que tem que fazer”.

Sem música

Witek alerta, ainda, para o fato de que ouvir música durante tarefas que exigem grande concentração pode não ajudar tanto quanto se imagina. “Muitas pesquisas parecem sugerir que é melhor não usar música de fundo quando se estuda. […] O argumento é que a música sempre reduzirá a quantidade de espaço disponível na atenção cerebral, afastando os recursos da tarefa em questão”, explicou.

Mas, por que as pessoas continuam a ouvir música durante o trabalho? Para a professora, a atividade é divertida e, consequentemente, mais motivadora. Ou seja, mesmo que a concentração possa ser comprometida, o bom humor ocasionado pela música contribui para as melhorias no desempenho.

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Atitudes essenciais para ganhar dinheiro com música, segundo quem trabalha na indústria

Músicos nunca tiveram tantas maneiras de monetizar seu trabalho. No entanto, “ganhar dinheiro com música” ainda parece algo fora de alcance para muitos. Nos Estados Unidos, estima-se que o músico médio ganha 25 mil dólares por ano, sendo que a maior parte do montante vem de shows ao vivo. Esse foi o tema do painel organizado pela The Verge na Winter Music Conference, que ocorreu no final de março, em Miami.

O debate reuniu o advogado de música, Kurosh Nasseri; o CEO do aplicativo de distribuição de música Amuse, Diego Farias; o gerente de relações com o artista do SoundCloud, Nick Tsirimokos; e o vice-presidente de relações com artistas do marketplace Dubset, Clark Warner. Os convidados traçaram algumas atitudes essenciais para que músicos autônomos consigam se sobressair na indústria.

Aspectos legais e plataformas

Segundo Nasseri, é importante pensar em aspectos legais e entediantes com antecedência, pois muitos músicos imergem no processo criativo sem considerar como os títulos e porcentagens funcionarão quando a música estiver pronta. “Tenha um pedaço de papel onde você diz quem fez o quê e o percentual que cada pessoa recebe. Inúmeras vezes vi mal-entendidos de conversas que acontecem na sala mudarem e afetarem os pagamentos que alguém recebe. Apenas tenha um pedaço de papel, faça todos assinarem e tire uma foto” comentou.

Outro ponto importante é saber como coletar royalties depois que a música é lançada. E, além disso, conhecer as estratégias de cada plataforma de distribuição. “A estratégia para ter sucesso no SoundCloud não é a mesma para ter sucesso na Apple Music ou no Spotify”, disse Tsirimokos. “[…] O SoundCloud é grande em interação social. Nosso algoritmo é mais informado por comentários. Então, quanto mais você puder dar ao algoritmo marcando faixas ou seguindo pessoas, melhor ele será em sugerir seu perfil para outras pessoas interessadas no que você faz. Se você apenas sentar e relaxar, não conseguirá o mesmo resultado”, continuou.

Fontes alternativas de renda e contratos

De acordo com o projeto Future of Music Coalition, músicos dos Estados Unidos têm 42 formas diferentes de gerar receita. Entre elas estão opções como a venda de merchandising, produzir música para outros artistas e financiamento coletivo. Tsirimokos alerta, no entanto, que cada adição de fonte de renda exige tempo e, por isso, sugere redirecionar ou obter uma quilometragem extra de um trabalho já feito. “Os pacotes de amostras são uma maneira inteligente de gerar receita adicional”, exemplificou.

Por fim, os palestrantes sugerem ter atenção total a contratos. Segundo eles, o ideal é ter o aconselhamento de um advogado. Mas, como muitos músicos autônomos não podem custear o serviço, é importante mostrar o contrato para pessoas de confiança e fazer quantas perguntas forem possíveis antes de assinar.

Para Farias, é fundamental aprender e entender o lado dos negócios. “Há o lado criativo, no qual os artistas naturalmente se destacam, e o lado de trás, que é todo o negócio. Você tem que levar o lado dos negócios a sério, porque, caso contrário, você vai ter problemas de esquerda, direita, frente, centro. Vejo que as pessoas aceitam piores ofertas do que as oferecidas porque, fundamentalmente, não entendem o lado comercial da indústria em que operam”, argumentou.

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Aparelho Elétrico lança sua primeira playlist

Nem só de podcast vive este ser que vos escreve aqui. Curto muito ouvir pessoas falando sobre os mais variados assuntos, mas não consigo ouvir podcasts durante o trabalho. Me desconcentra totalmente. Então deixo os podcasts para quando estou lavando a louça, dando uma geral na casa ou em uma longa pernada pelas ruas da cidade.

Já pra layoutar, uma boa trilha sempre cai bem. Aqui abaixo vão as músicas que têm me ajudado a ficar mais concentrado durante a labuta.

~Malandramente~ apelidei o playlist de “Música de Trabalho“. São cerca de 8 horas de som distribuídas em mais de 100 tunes. E a lista não para de crescer, continuo atualizando sempre que uma músca legal aparece.

Minha dica é ouvir com o “shuffle” ligado, assim você explora toda a extensão da lista.

Aperta o play abaixo e boa viagem!

E você, o que escuta durante o trabalho?

Que tipo de som? Conta pra mim nos comentários, vou curtir saber. E se tiver alguma dica que case com a proposta do playlist acima, é só mandar. Vamos criar o melhor playlist de trabalho do mundo!

 

Quem curte, compartilha também

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Grande abraço e até o próximo post!