Trabalho remoto contribui para a produtividade e qualidade de vida dos colaboradores

Trabalho remoto contribui para a produtividade e qualidade de vida dos colaboradores

Ampliação da rede de talentos, redução de custos e sustentabilidade também estão entre os principais atrativos do modelo distribuído
  Por Giovanna Beltrão
Trabalho Remoto / Pexels

No início do mês de outubro, a agência de publicidade ℓiⱴε inaugurou sua nova sede, em São Paulo: uma casa com cerca de 250 m², localizada na Vila Madalena. A novidade é que o espaço é totalmente modular — podendo ser transformado em um café —, possui quatro salas, laboratório para workshops e até mesmo um canvas em branco para receber eventos e exposições.

Veja também:
Segue o Fio, uma newsletter sobre trabalho, projetos e negócios na área criativa;
Podcast: Mantendo o Home Office organizado;

A casa marca a nova etapa da transição da ℓiⱴε para o modelo remoto de trabalho. Segundo a comunicação oficial da empresa, “o espaço foi planejado de forma a materializar um novo momento na trajetória da agência, que completa 14 anos em dezembro, mirando o futuro do trabalho e da indústria da propaganda, que passa por grandes transformações”.

De acordo com o fundador e CEO, Lucas Mello, 100% dos colaboradores trabalham no formato distribuído e flexível desde o mês de março e a nova sede servirá como um hub de serviços aos clientes e de colaboração entre o time da agência e sua comunidade de talentos. O empresário falou com exclusividade ao Aparelho Elétrico sobre o processo de transição operacional da ℓiⱴε. Confira os detalhes no áudio abaixo:

Partindo do argumento “o quanto é fundamental estarmos todos sempre no mesmo lugar?”, Lucas Mello definiu três objetivos principais para a tomada de decisão que levou sua agência ao trabalho remoto: questionar a estrutura tradicional, reduzir custos operacionais e ampliar a rede de profissionais (podendo trabalhar com pessoas de outras cidades ou países).  

Flexível e distribuído

A Automattic, de Matt Mullenweg (conhecido por ser co-fundador do WordPress.org), talvez seja a empresa mais conhecida do mundo quando o assunto é trabalho distribuído. Especificamente, por já ter nascido, em 2005, dentro desse modelo operacional. Atualmente, ela conta com mais de 900 colaboradores, espalhados em mais de 60 países.

Um desses colaboradores é o brasileiro Rafael Funchal, que é Happiness Engineer (suporte) na Automattic desde o final de 2015. Antes de entrar para a empresa, o desenvolvedor trabalhou como freelancer, no modelo home office, por um ano. Depois, passou uma temporada na MailPoet, que desenvolve um plugin de newsletter para WordPress.

“Na Automattic, somos divididos em times menores, nos quais a interação ocorre diariamente pelo Slack. Minha equipe, Eshu (de “Exu”, mesmo), é composta por 12 pessoas, o que torna a comunicação mais rápida quando é preciso tirar alguma dúvida, mas há canais no Slack para diversos projetos e equipes diferentes. Lá, eu posso conversar com a empresa toda”, disse sobre sua rotina.

Rafael Funchal / Arquivo Pessoal

“Atualmente, na equipe de suporte, decidimos nossos horários com duas semanas de antecedência, e eu sempre tento estar online no horário comercial brasileiro, para melhorar nossa cobertura. O time de desenvolvimento possui um horário mais flexível e trabalha de forma mais assíncrona”. Recentemente, Mullenweg falou detalhadamente sobre o processo de criação e a rotina de trabalho da Automattic em seu novo podcast, Distributed.

Thiago Mobilon começou o site de tecnologia Tecnoblog em 2005, em Americana, no interior de São Paulo. Dois anos depois, o empreendimento se tornou uma empresa de mídia que operava remotamente e, então, passou para um escritório na capital paulista. No entanto, após algum tempo, o empresário resolveu voltar para sua cidade:   

“Foi uma decisão pessoal. Morei em São Paulo por quatro anos, mas não estava mais feliz na cidade. A qualidade de vida é bem inferior à que eu estava acostumado aqui em Americana. Antes de me mudar, eu já ia para São Paulo semanalmente para participar de eventos e lançamentos, então tomei a decisão de voltar a esse modelo”.

Thiago Mobilon / Arquivo Pessoal

Mobilon optou por morar no interior e ir à capital quando necessário, o que acontece quase toda semana. Segundo ele, o tempo de locomoção de Americana a São Paulo — de mais ou menos 1h30 — não é muito diferente do tempo que levava para se locomover dentro da cidade. No Tecnoblog, a operação é híbrida. “Temos uma sede administrativa no interior. Ela já serviu de estoque (para a antiga loja Tecnostore) e, hoje, é onde estão instalados os estúdios para o [podcast] Tecnocast e para os vídeos do YouTube”, explicou o empresário.

E a produtividade?

A flexibilidade de horários é um dos principais argumentos de empresas que têm buscado incorporar o trabalho remoto. E a quantidade de profissionais interessados no modelo vem crescendo consideravelmente. Na pesquisa Perfil do Freelancer no Brasil, realizada no ano passado pelo Aparelho Elétrico, 24,3% dos entrevistados elegeram a possiblidade de montar suas agendas de trabalho como principal motivação para abandonarem a estrutura tradicional.

Além disso, é possível ganhar algumas horas e economizar uma grana na alimentação. “Na última empresa em que trabalhei presencialmente, eu demorava cerca de 2h30 no trajeto, que envolvia ônibus, trem e metrô (eu morava em São Caetano do Sul e a empresa era próxima ao Aeroporto de Congonhas). Eram 5 horas diárias de deslocamento e ainda precisava comer algo para não passar mal no aperto dos vagões. Além disso, somava-se o preço de almoçar perto do escritório, que era sempre mais caro”, ponderou o funcionário da Automattic.

Trabalhando em casa / Pexels

Atualmente, o desenvolvedor consegue economizar bastante com alimentação, fazendo uma compra do mês e cozinhando em casa. Mesmo quando decide pedir comida em algum restaurante, o custo não é exagerado, pois ele mora em uma área não muito cara e os preços saem bem mais em conta.

As horas extras na rotina já foram utilizadas para a prática diária de esportes. Hoje, no entanto, ele diz estar focado em ler e estudar contrabaixo, além de sair para pedalar ou ir para a academia alguns dias da semana. Quanto à produtividade no trabalho, Funchal — que já é bem experiente no trabalho distribuído — conta que demorou um pouco a se acostumar com a ideia de fazer seus próprios horários.

“Depois que comecei a adicionar minhas tarefas do dia no calendário (uso o do Google mesmo), passei a ser mais produtivo. Assim, você para de depender de sua própria memória para gerenciar as tarefas e deixa a mente livre para resolver os problemas. Isso aumenta sua produtividade de uma forma sensacional”, revelou.

Rafael Funchal falou mais extensivamente sobre sua rotina de trabalho na Automattic no WordCamp 2018, em Porto Alegre:

A questão da produtividade — bem como do dia a dia operacional —, no entanto, varia de negócio para negócio. No caso do Tecnoblog, o trabalho é mensurado a partir de metas de produção, ou seja, cada pessoa controla seus próprios horários. “Cada um tem bastante consciência de suas responsabilidades e da sua importância, então, no geral, funciona muito bem”, comentou Thiago.

Observando o processo de adaptação de seus funcionários, Lucas Mello acredita que os resultados têm sido positivos: “Essa questão da vigilância, que é uma característica dos escritórios tradicionais, é pura ilusão. O que a gente percebeu é que o fato de a pessoa estar sentada ali dentro do escritório, não necessariamente significa que ela está produzindo. Então, essa visão industrial de que estar presente é sinônimo de produtividade vai totalmente contra o princípio de autogestão de tempo e de realização de trabalho ao invés de disponibilidade de tempo”, argumentou o CEO.

Para ele, é uma questão de as empresas aprenderem a dar mais autonomia e autorresponsabilidade para a equipe, principalmente na indústria criativa. “O controle acontece muito mais em cima de entregas. Toda a estrutura de gestão da empresa está focada em datas e entregas. E em qualidade. Através disso, a gente consegue medir a performance de cada colaborador, independentemente da quantidade de horas que ele trabalhou naquele dia, especificamente. Acreditamos que esse é um formato mais adequado ao mundo que a gente está vivendo hoje”, continuou.

Equipe trabalhando / Pexels

Na ℓiⱴε, foram estabelecidas algumas regras para engrenar a rotina de trabalho. Por exemplo, os colaboradores devem estar acessíveis para contato online durante o horário comercial (o que varia um pouco a depender do departamento), caso seja preciso trocar ideias ou tirar dúvidas sobre alguma tarefa ou projeto.

No Tecnoblog, por outro lado, a operação não é tão simultânea. “O que fazemos é combinar mais ou menos uma faixa de horário, assim temos certeza de que sempre tem duas ou três pessoas de olho nos acontecimentos. Mas isso muda o tempo todo. Vira e mexe, alguém pede para trabalhar num horário diferente, porque precisa fazer alguma coisa de ordem pessoal ou quer assistir uma palestra, dar uma aula, etc. Como a gente só se importa com a meta, a pessoa faz o que precisa fazer e depois compensa em outro horário”.

Comunicação interna e solidão

As estratégias e práticas de comunicação interna são fundamentais para que uma empresa consiga operar inteiramente de maneira remota, assim como é importante promover o entrosamento entre os membros da equipe. Além disso, outra discussão recorrente tanto no ambiente do trabalho remoto quanto no do trabalho freelancer, é a solidão do profissional, que pode acabar se privando de contato físico com outras pessoas.

Muitos optam por trabalhar em cafés ou espaços de coworking, enquanto outros seguem o estilo de vida nômade, mas o home office também é muito comum entre profissionais remotos. Neste caso, cabe à empresa criar uma cultura de comunicação interna eficiente e, até mesmo, promover encontros entre os colaboradores. A solução encontrada pela ℓiⱴε foi a criação da nova sede, que pode funcionar como um espaço de trabalho e reuniões para as equipes e seus clientes.

Para quem trabalha no Tecnoblog, a equipe se junta diariamente via Slack e as pautas e tarefas de design e desenvolvimento são organizadas no Trello. Uma vez por mês, os colaboradores se reúnem numa sala do Google Meet. A reunião ocorre com câmeras ligadas, para estimular a interação entre todos. Além disso, ocasionalmente, acontece o “Tecnoburger”, um encontro com quem estiver em São Paulo para botar o papo em dia, num cenário mais informal.

Pessoas reunidas / Pexels

Thiago acredita que essas medidas incentivam interações positivas e trocas de ideias, dando abertura para cada um se desenvolver. “É importante manter o diálogo e saber aproveitar as características de cada membro do grupo. A reunião que fazemos pelo Meet serve para isso. Ela dura mais ou menos uma hora e usamos metade para falar de algo sério e a outra metade para falar bobagem. O pessoal interage, dá risadas e cria vínculos. O mesmo vale para o Tecnoburger”, comentou.

O contato mais genérico, do dia a dia, fica por conta do Slack. Na sala Tecnochat, o tema é livre; enquanto as outras são destinadas a tópicos específicos da operação: Tecnosuporte, Tecnoeditoria, Tecnovídeo etc. “Outra coisa que ajuda é o Tecnocast. O podcast é apresentado por mim e pelo Paulo Higa, mas sempre selecionamos dois membros da equipe (às vezes são convidados de fora), de acordo com a pauta abordada”.

Menos gastos, mais sustentabilidade

Reduzir os gastos operacionais é outro dos grandes atrativos do modelo remoto de trabalho. Enquanto os funcionários podem dar mais atenção à própria qualidade de vida e aproveitar melhor as horas do dia, empresários podem economizar com aluguel, equipamentos, contas de utilidades (água e luz, por exemplo), entre outros.

Tomando São Paulo como base, os pontos de escritórios com melhor localização são pequenos e mais caros. “O nosso escritório ficava na porta do metrô Paraíso, que interliga a linha azul com a linha verde, na Avenida Paulista. Um aluguel ali é mais caro e o espaço é menor. Nosso escritório era próprio. Mas, para quem aluga, é preciso escolher entre um escritório caro e bem localizado (mais fácil para a equipe chegar todos os dias) ou um que fique mais distante. E aí o custo de transporte do funcionário é maior”, explicou Mobilon sobre seu período na capital.

Isso não significa, no entanto, que não seja obrigação da empresa dar suporte aos seus colaboradores. Na Automattic, Rafael tem acesso a alguns benefícios criados para melhorar sua rotina e produtividade. “Os que mais utilizo são os diretamente relacionados às ferramentas de trabalho, como computador (recomendam que troquemos de computador a cada 18 meses) e ambiente de trabalho (gastos com monitores, mesa e cadeira são reembolsados). Além disso, posso pedir reembolso caso eu queira trabalhar de algum coworking alguns dias da semana”.

Computador / Pexels

Lucas Mello criou algo semelhante na ℓiⱴε, com as bolsas destinadas a cobrir gastos com internet e ergonomia. O CEO destaca, também, o impacto ambiental que o modelo remoto pode promover. “Pensar que é realmente possível que uma pessoa possa produzir e uma equipe inteira possa trabalhar de forma descentralizada, sem precisar fazer esse deslocamento todos os dias; e provar que esse modelo é possível, inspirando, de certa forma, que grandes players (que tenham até mais colaboradores do que a gente) possam fazer isso também… Pra gente, com certeza, [é uma motivação]”.

Thiago Mobilon, por sua vez, gosta da ideia de poder encontrar bons profissionais fora de Americana: “Hoje, temos um autor que trabalha de Piracicaba, que é uma cidade vizinha. Nosso especialista em telecomunicações mora em Belo Horizonte e nosso editor de vídeo é de Fortaleza!”.

Mas, nem tudo são flores…

Apesar de eficiente e promissor, o trabalho remoto também tem os seus percalços. Além do contato reduzido com outras pessoas de carne e osso, o que pode desencadear a referida solidão do profissional, o trabalho pode ficar menos espontâneo e perder na padronização. “No geral, esse modelo costuma agradar mais a quem tem um perfil mais introspectivo. A pessoa consegue se concentrar no trabalho e não fica se incomodando com o barulho constante do escritório, as regras sociais etc.”, defende o CEO do Tecnoblog.

Thiago acredita que o trabalho remoto não é para todos, e nem para todas as empresas. Há funcionários que são improdutivos em qualquer ambiente e outros que funcionam melhor no presencial. Além disso, o formato pode ser adotado de maneira complementar, ou seja, de forma híbrida, como acontece em sua empresa.

“De certa forma, [o modelo remoto] quebra um pouco a espontaneidade. Se eu estou empolgado e quero discutir uma ideia com o desenvolvedor ou o meu sócio, preciso marcar uma ligação. Não dá para chegar e pedir um minuto, rabiscar um papel etc. As chamadas de áudio/vídeo aproximam, mas não são a mesma coisa que [conversar] presencialmente. Eu não posso comprar umas coxinhas e falar ‘vamos ali tentar resolver esse problema’ enquanto rabisco uma lousa. Sem contar que falar por uma hora no telefone cansa muito mais”, argumenta.

Home office / Pexels

Outro ponto citado pelo empresário, especificamente no caso de seu nicho de mercado, é a falta de padronização do conteúdo audiovisual: “Em um escritório presencial, eu montaria uma bancada de podcasts e a qualidade [da gravação] seria a mesma para todos. No remoto, eu compro um microfone e envio para cada membro que participa com frequência, mas sempre tem uma moto, uma furadeira, uma panela de pressão… Sem falar no tratamento acústico, que é diferente em cada sala”.

Isso não inviabiliza o trabalho. Quando algo atrapalha bastante, a gravação é interrompida e retomada em seguida. No caso dos vídeos, no entanto, não é possível ter um cenário padrão. Assim, quem grava fora de Americana e não tem acesso ao estúdio, precisa usar a criatividade na hora da filmagem.

Daqui pra frente

Em seu podcast, Matt Mullenweg afirmou que acredita “que exista uma janela em que as empresas distribuídas tenham uma vantagem real de recrutamento, retenção e tudo mais. Essa janela é provavelmente de três a cinco anos antes que os operadores realmente adotem isso”. Isso quer dizer que o modelo de trabalho remoto e distribuído está se expandindo e empresas vêm aderindo a ele diariamente.

“Embora eu ainda tenha certeza de que algumas pessoas do meu condomínio pensem que eu esteja desempregado, por estar em casa durante o dia, de pijama e barbudo; muitas demonstram bastante interesse quando descobrem que há empresas totalmente remotas. É engraçado ver a cara das pessoas quando digo que minha empresa tem cerca de 1150 pessoas espalhadas pelo mundo, mas não tem um escritório central (é uma caixa postal, atualmente)”, brincou Rafael Funchal.

“Outro ponto legal é que já vejo várias empresas mais formais se adaptando a essa necessidade das pessoas e começando a oferecer dias no home office. Alguns prédios residenciais já contam com espaços de trabalho compartilhados, também. O futuro do home office é algo que me anima bastante”, continuou o desenvolvedor.

Espaço de trabalho compartilhado / Pexels

Mullenweg prevê, também, que os candidatos a empregos remotos vão aprender a fazer perguntas mais sofisticadas. Logo, não vai se tratar tanto de poder trabalhar em casa ou não, mas de saber onde está o centro de gravidade da organização, identificar como progredir profissionalmente não estando onde a sede da empresa está etc. Ou seja, os mecanismos do trabalho distribuído vão sair da superfície e atingir níveis mais profundos.

Lucas Mello entende que as mudanças adotadas pela ℓiⱴε propõem algumas alternativas necessárias para o mercado publicitário que, segundo ele, está em completa disrupção. “[As agências] estão tendo que se reinventar, e com uma pressão muito grande dos clientes por eficiência, flexibilidade e transparência, que são coisas que elas nunca conseguiram ter e ser nas décadas passadas. A gente acredita que essas mudanças podem reconfigurar o mercado publicitário. Essencialmente, o que significa ser um profissional dessa indústria e qual o melhor jeito de trabalhar, respeitando a vida e o tempo das pessoas e, também, os negócios e o dinheiro do cliente, que precisam ser respeitados mais do que nunca nesse momento”, concluiu.

Para quem está buscando uma posição remota no mercado, Rafael Funchal sugeriu focar no estudo do inglês, o que amplia consideravelmente o leque de oportunidades; e, ainda, ter um hobby para conseguir se desligar do trabalho depois do expediente, criando uma separação definitiva entre as atividades pessoais e as profissionais.

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 Publicado em 19/12/2019 Atualizado em 27/03/2020
Giovanna Beltrão Jornalista. Mestra em Jornalismo. Especialista em Processos e Produtos Criativos. Trabalha com Comunicação desde 2007. Se interessa por cultura, tecnologia, viagens e gastronomia. Acha estranho escrever sobre si mesma na 3ª pessoa.
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