Bob’s aposta no orgulho de “ser fora do padrão” em nova campanha

Com a participação de influenciadores digitais e um orçamento de mídia de R$ 15 milhões, a rede de lanchonetes fast food Bob’s acaba de lançar a sua nova campanha publicitária, que busca atingir as pessoas “fora do padrão”. A ideia é reforçar o valor de “ser o que quiser ser”, atrelando essa noção de liberdade aos produtos e ao posicionamento da marca. A ação, intitulada “Relaxa e Bob’s”, foi criada pela agência NBS.

Segundo o diretor geral da rede, Marcello Farrel, “a comunicação traduz a forma como evoluímos no relacionamento com o consumidor, dando liberdade de escolha para os clientes. O Bob’s defende que as pessoas podem exercer sua individualidade em todos os campos da vida, inclusive nas lojas da marca”.

No vídeo, são mostradas, entre outras, situações em que uma mulher afirma que não quer ser mãe e um homem feliz apesar de não ter o corpo definido. No Bob’s, essa liberdade é refletida, também, na hora de fazer o pedido, já que o consumidor pode customizar alguns itens, como o refil de molho ou refrigerantes e adicionar alguns ingredientes ao lanche sem custo adicional.

A nova campanha lança, ainda, um novo sanduíche ao cardápio: o Australiano Artesanal, que tem uma carne maior do que a padrão (160g), pão australiano, tomate, alface, bacon, queijo, cebola crispy e molho barbecue. A expectativa da rede é de aumentar as vendas em 6% a 8%. Hoje, são mais de 1100 pontos de venda em todo o Brasil.

Influenciadores

Além do comercial, produzido pela Yourmama, a nova campanha do Bob’s aposta nos influenciadores digitais para conquistar o público consumidor. Além dos youtubers Caio Revela e Sabrina Dibynis, que atuam na peça publicitária, participam da iniciativa Alexandra Gurgel, do canal Alexandrismos, Jefão Black e a blogueira Amanda Noventa.

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Estudos científicos indicam a melhor maneira de começar o dia

Criar hábitos produtivos é um tópico frequente na atualidade. Com o acesso facilitado a uma quantidade de informação cada vez maior, muitas pessoas buscam novas maneiras de aproveitar melhor seus dias. Para muitos cientistas, tudo começa com a rotina matinal. Em artigo recente para a revista Inc., Marcel Schwantes, coach e criador do site Leadership From The Core, mostrou como essas pequenas atitudes diárias podem afetar os nossos dias e como a ciência explica esses efeitos.

Acordar cedo, por exemplo, “tem suas vantagens. Os que levantam cedo são conhecidos por procrastinar menos comparado a quem fica acordado até muito tarde da noite”, afirmou. Outro ponto destacado pelo profissional é a prática de exercícios físicos logo de manhã. “[…] uma curta explosão de energia em uma atividade cardiovascular […] pode ser tão efetiva quanto um antidepressivo”.

Manter um journal (diário) para processar os pensamentos e fazer jejum intermitente também fazem parte, de acordo com o artigo, de uma rotina matinal cientificamente comprovada. O journal porque nos ajuda a entender os nossos pensamentos com mais clareza. E o jejum — que, basicamente, significa “pular” o café da manhã —, reduz a inflamação do corpo, controla os níveis de triglicérides e colesterol, impulsiona a atividade cerebral e previne doenças neurodegenerativas.

Agendar as tarefas diárias é outro ponto importante. Schwantes cita o professor Cal Newport, autor do livro Trabalho Focado. Como Ter Sucesso em Um Mundo Distraído (link afiliado), que defende um calendário detalhado de atividades para catalisar a concentração. Segundo Newport, o “scheduling te força a confrontar a realidade de quanto tempo você, de fato, tem e quanto tempo levará para fazer as coisas”.

Por fim, é preciso praticar a mindfulness, um tipo de meditação. Vários estudos científicos comprovam que esta é uma das melhores maneiras de gerenciar a ansiedade. E isso pode ser feito toda manhã por 5 ou 15 minutos. A ideia é se sentar e se concentrar no agora, focando na respiração e aceitando os pensamentos e sensações que aparecerem. “Essa técnica te ajuda a ‘sair da própria cabeça’, pensar mais claramente e remover julgamentos da sua cabeça”, concluiu Schwantes.

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Programa do Google visa promover inclusão na indústria dos podcasts

Encerram-se, no próximo domingo (02/12), as inscrições para o Google Podcasts Creator Program, que tem o objetivo de promover a inclusão e aumentar a representatividade na indústria do rádio sob demanda. Os podcasts ganharam forte tração em 2018 e, logo que lançou o aplicativo oficial para Android, em junho, a empresa começou a desenvolver a iniciativa.

O anúncio do programa foi feito em outubro, no blog do Google, pelo Gerente de Produto Zack Reneau-Weeden. “[…] O foco é dar suporte às vozes subrepresentadas no podcasting e facilitar para que as pessoas aprendam a entrar nesse meio de crescimento”, escreveu. Segundo o artigo, nunca existiram tantos podcasts como atualmente. No entanto, ainda há um desequilíbrio na produção devido a barreiras étnicas, geográficas e de gênero.

Para promover uma mudança no cenário, o Google fez uma parceria com a empresa de mídia PRX, uma das líderes na indústria de podcasts no mundo. Assim, a proposta foca em três pilares: empoderamento e treinamento por meio de um programa de aceleração, educação da comunidade global via ferramentas gratuitas e apresentação do trabalho dos participantes como um modelo para outros.

A seleção para o Google Podcasts Creator Program será feita por representantes da PRX e por um comitê global de conselheiros. Entre eles, está a brasileira Paula Scarpin, diretora da Rádio Piauí (um braço da revista piauí) e responsável por podcasts como o Foro de Teresina e o Maria vai com as outras. Os times selecionados receberão mentorias, financiamento (seed funding) e um treinamento intensivo de 20 semanas.

Inscrição e série de vídeos

As inscrições são feitas exclusivamente pelo formulário no site da PRX. É necessário ter uma ideia bem desenvolvida, saber explicar como ela se encaixa nos objetivos do programa e enviar uma amostra em áudio de, no máximo, dois minutos. Tudo isso, em inglês. Leia as perguntas frequentes para se informar sobre os demais critérios.

Para entusiastas que queiram aprender sobre a indústria dos podcasts, mas não estão preparados para se inscreverem no programa, Reneau-Weeden anunciou, ainda, que os aprendizados da iniciativa servirão de base para a criação de uma série de vídeos acessíveis e em vários idiomas.

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Profissionais de sucesso podem usar a insegurança como motivação

Profissionais bem-sucedidos, geralmente, passam uma imagem implacável, de autoconfiança indestrutível e absoluta certeza de cada manobra de carreira. Isso é especialmente comum no ambiente corporativo, marcado pela competitividade e pela excelência. No entanto, muitas dessas pessoas são movidas por uma forte crença de que não são “boas o suficiente” para ocupar os cargos que ocupam.

É o que concluiu a professora da Cass Business School, no Reino Unido, Laura Empson, em seu último livro Leading Professionals: Power, Politics e Prima Donnas (Lideranças Profissionais: Poder, Política e Prima Donnas, em tradução livre) (link afiliado). A pesquisadora, que também atua na Harvard Law School, nos Estados Unidos, passou 25 anos estudando sobre liderança e empresas prestadoras de serviços, como escritórios de advocacia, consultorias e bancos de investimentos.

Capa do livro Leading Professionals de Laura Empson

Em sua pesquisa, Empson afirma ter ouvido várias pessoas bem-sucedidas, ambiciosas e aparentemente confiantes se definirem como inseguras. Segundo ela, esse fenômeno se forma, normalmente, na infância, ao se passar por experiências de insegurança psicológica, financeira ou física.

Tais experiências deixam marcas que se manifestam e fazem com que a pessoa se dedique exageradamente ao trabalho. Por exemplo, uma criança que vê a família passar por uma falência ou situação de pobreza súbita, tende a acreditar, quando adulta, que poderá reviver o trauma, apesar de ter total estabilidade financeira.

Autocontrole

Em artigo publicado pela BBC, Laura Empson destaca algumas maneiras de lidar com a insegurança. Ela destaca que “há pouco a fazer para controlar essa sensação. No entanto, você pode mudar a forma como responde a ela”. Em primeiro lugar, é importante reconhecer os gatilhos que desencadeiam a ansiedade. O segredo é observar os comentários e atitudes de colegas no dia a dia e fortalecer as defesas psicológicas.

Além disso, é preciso adotar uma definição própria de sucesso e aprender a não se importar com opiniões alheias. Escolher um trabalho que traga satisfação pessoal também é um ponto válido para diminuir o estresse e a insegurança. Por fim, a professora sugere que profissionais bem-sucedidos celebrem o próprio sucesso e reconheçam o esforço feito.

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O que rolou no RD Summit 2018

RD o quê?

Na primeira semana de novembro aconteceu o RD Summit 2018, em Florianópolis. Para quem não sabe, RD é a sigla da maior empresa de marketing digital da América Latina, a Resultados Digitais. “Summit” é só um complemento, do inglês “topo” ou “cume” – o que de alguma forma, faz sentido.

Fui pela primeira vez ao evento ano passado, por conta própria, arrancando os cabelos e parcelando a perder de vista. Este ano, também compareci, mas a convite do Henrique <3.

Conhecido como a “Disneylândia do marketing digital”, o RD Summit vem atraindo a cada ano mais pessoas desde a sua primeira edição, em 2013. Conversando com uma das organizadoras, soube que este ano passaram pelo local cerca de 12 mil pessoas e que para o ano que vem são esperadas pelo menos 15 mil.

Público via Blog Resultados Digitais

De 2013 pra cá, o projeto cresceu 26 vezes o seu tamanho. De 300 profissionais que ouviam algumas palestras numa salinha de convenções, hoje são contabilizados 8 mil, que chegam de todos os cantos do país, para não falar das 12 trilhas de conteúdo simultâneas e dos 150 palestrantes – nacionais e internacionais! – espalhados por todo o Centro Sul durante os 3 dias.

É absurda a proporção que o evento ganha a cada ano que passa… e você já vai descobrir porque.

O RD Summit não é só um evento de marketing

Vejo que, a cada ano, há uma espécie de tema-chave do evento.

Ano passado a coisa estava muito em cima da automatização de processos e de como podíamos contar com os robôs que chegavam no mercado digital. Os famosos chatbots de hoje eram o tema de ontem e até o fim de 2017, ainda causavam uma certa estranheza.

É impressionante perceber como as coisas mudam em apenas um ano.

Nesta edição, eu diria que o tema-chave do RD foi justamente “acalmar” o fuzuê causado em torno da chegada dos robôs e da inteligência artificial ao mercado de trabalho.

Não que isso já não existisse: é só que, em 2018, ficou evidente.

Por isso, observei que “conexão” era a palavra da vez. Pediram muito que a gente não se esquecesse do quão humanos somos. Falaram de tecnologia sim, falaram de automação e de um futuro mais ágil, mas, de modo geral, dá-lhe humanização.

Como na edição passada, apesar do tema-chave, rola de tudo um pouco. As trilhas de conteúdo se dividem em muitas outras, categorizadas em marketing para iniciantes, marketing avançado, marketing e outros conceitos e por aí vai.

Acompanhei palestras sobre os mais diferentes assuntos, porque, ao contrário do que se pensa, o RD não é só um evento de marketing. Eu diria até que ele não é só um evento para marketeiros: é para qualquer pessoa que se interessa por questões relevantes para a sociedade e o mercado de trabalho em si, como feminismo, inclusão, criatividade, autoconhecimento, flexibilidade, inovação e produtividade.

Muita palestra, pouco tempo!

Alguém já disse antes que quanto mais opções temos, mais angustiados ficamos. Isso é bem verdade para um evento do porte da RD.

São várias palestras ocorrendo simultaneamente, então é preciso filtrar.

No aplicativo do evento, marquei as que me interessavam mais. Confesso que não sou muito fã de coisa técnica, costumo ignorar números e dados estatísticos (sou de Letras, gente!), portanto eu era sempre atraída pelo que me parecia mais… humanizado.

Dentre tanta coisa, vou destacar em tópicos o que mais me chamou a atenção.

Precisamos falar sobre algoritmos

Marcos Piangers via Blog Resultados Digitais

Eu não tive dúvidas da primeira palestra que iria assistir: “A diferença que você faz no mundo”, do Marcos Piangers, um escritor que consegue me tirar do óbvio e falar de tecnologia e humanidade com muito bom humor.

Piangers colocou todo mundo pra pensar quando afirmou que já entregamos nossas vidas para os algoritmos.

Sim, aqueles mesmo, que polemizam as redes sociais, que controlam nossa base de dados no Facebook, que rastreiam nossos desejos, que escutam nossa voz (ou você realmente acha que o fato de aparecer cumbuca em oferta aí na sua tela, logo depois de você ter comentado isso em voz alta, é mera coincidência?).

De uma forma amorosa e ao mesmo tempo raivosa (não me perguntem como!), Piangers escancarou quão viciados estamos, quão dependentes da tecnologia estamos.

Disse que não é de estranhar que o número de suicídios tenha aumentado e a depressão também: nos comparamos o tempo todo e passamos 3x mais tempo olhando para telas do que para as pessoas que convivem conosco.

Achei interessante que ele citou a nossa preferência pelo que faz mal. Nós sabemos que passar muito tempo só rolando o feed do Instagram, por exemplo, pode nos colocar pra baixo, de alguma forma. Mas a gente continua lá.

Uma pesquisa citada por ele mostrou que há diversas atividades melhores e mais interessantes para se fazer na internet, como os podcasts: 96% das pessoas entrevistadas relatou se sentir melhor e mais positiva após ouvir algum podcast, porque isso gera proximidade e traz mais senso de realidade.

Porém, o número de pessoas que prefere ouvir um podcast a se deprimir ou arranjar polêmica em alguma rede social ainda é pequeno. Assustador, não? Mas eu não poderia concordar mais…

Inclusão, feminismo e linguística

Suelen Marcolino / Divulgação

Em comparação ao ano passado, achei que essa edição deu muito mais espaço para mulheres incríveis.

Conheci a Roberta Fofonka na palestra “Quem você está excluindo do seu texto?”, tema que achei sensacional, pois me lembrei das aulas de feminismo e linguística que tive no mestrado, e de como, na época (em 2013), o assunto me pareceu um pouco trivial, exagerado.

Que bom que a gente evolui com o passar dos anos!

Linguagem inclusiva é um assunto que ainda gera muita polêmica, e eu mesma, admito, ainda não consegui encontrar formas de colocar todo mundo no meu texto. O @ já não rola há algum tempo, o x não pode ser lido por deficientes visuais, o “e” confunde… é complicado, mas essencial falar a respeito.

Afinal, já é um avanço ter pessoas um pouco mais conscientes, que percebem quão inadequado é o uso do masculino genérico (“o trabalhador, o sócio, o empregado”) numa sociedade que tanto luta por inclusão.

Também acompanhei a fala da Suelen Marcolino, autoridade do LinkedIn. Ela falou com muita propriedade da realidade que (ainda) vivem as mulheres negras, sobretudo no mercado de trabalho.

Com um domínio de palco admirável e calma na voz, uma fala dela me marcou:

“Se as mulheres e os negros são mais de 50% da população, por que nos julgam minoria? Somos uma maioria minorizada, isso sim”.

Tenho certeza que ela conseguiu tocar muitas pessoas na plateia, e prova disso era o tamanho da fila para chegar até essa mulher assim que a palestra terminou.

Outra que se destacou foi a Nina Silva, diretora do movimento Black Money. Simpática, Nina abordou aspectos da sua trajetória como empreendedora em tecnologia e gestão e também comentou sobre os espaços que as mulheres ocupam. Literalmente, Nina é alguém que nos coloca para pensar fora da caixa.

A era home office

Jacco VanderKooij via Blog Resultados Digitais

Uma palestra que ficou martelando na minha cabeça por vários dias foi a do animado Jacco VanderKooij, criador da Winning By Design.

Na plenária, Jacco ironizou essa onda (bem batida, aliás) das empresas com happy hour e cerveja liberada ao fim do expediente, que investem em mesa de ping-pong, piscina de bolinhas e máquinas de café como pílulas de motivação (detalhe: tudo isso tinha no evento da RD, e sei que essa cultura também existe dentro da empresa, mas só estou reproduzindo o que o maluco no palco falou).

Jacco frisou que o que nós, profissionais criativos, queremos é liberdade: na vida e principalmente no trabalho.

Queremos fazer home office, sim, mas também queremos ir à praia quando a nossa criatividade murchar, queremos que confiem em nós quando dissermos que vamos trabalhar de casa.

Seja como freelancers ou fazendo parte de uma empresa com carteira assinada, o fato é: ninguém quer realmente ficar num escritório todo colorido e divertido, porque isso é mais do mesmo, isso é manutenção do sistema.

Como Piangers também pontuou, aos berros, a real é que:

“Ninguém nasceu pra trabalhar das 8h às 18h, porra!”

Conexões: da rede para a vida real

Beia Carvalho / Divulgação

Em qualquer edição do RD Summit, você pode esperar por muito networking. Acontece sem querer querendo, na fila do banheiro, na saída de uma palestra, pegando um lanche no food truck: conhecer pessoas incríveis por lá é muito fácil.

Esse ano, eu não só conheci pessoas assim, de repente, como também tive a chance de marcar e encontrar alguém do mundo virtual: a Luciane Costa, do Vivendo de Freela. Estávamos assistindo uma palestra futurista da maravilhosa Beia Carvalho e combinamos de nos conhecer assim que acabasse.

Sou fã da Lu há tempos, pois acompanho o blog dela desde 2016, quando comecei a me questionar profissionalmente e querer trabalhar por conta também.

Aliás, esse foi um dos pontos mais legais da palestra que vimos: sabe esse empregão tradicional ao qual você tá tão acostumado aí? Pois é: ele não existirá.

Beia Carvalho confirmou que o negócio será cada vez mais colaborativo no futuro e que emprego certinho não vai ter, mas trabalho, se você quiser, vai ter sim!

Gente disposta a colaborar, a oferecer soluções criativas e diferentes para problemas complexos: esse será o maior desafio do mercado de trabalho do futuro. Inovar não será um diferencial: será óbvio, será o mínimo.

A verdade é que, por mais tecnológico que o futuro possa parecer, não esquecer de nossas habilidades enquanto seres humanos é fundamental.

Martha Gabriel via Blog Resultados Digitais

A palestra da Beia Carvalho me lembrou muito uma frase dita por Martha Gabriel logo no primeiro dia:

“Só humanos robotizados se sentem ameaçados por robôs”.

E não é que é isso mesmo.

Memes no RD Summit: um clássico!

Glória Maria e Gretchen via Blog Resultados Digitais

Para terminar, tivemos a presença de Gretchen e Glória Maria, rainhas dos melhores memes na internet.

Consegui uma foto padrão com a Gretchen, que me recebeu como se eu fosse íntima: “Oi meu amor, tudo bom?” Adoro o jeitão escrachado dela.

Glória Maria fez a gente chorar de rir com uma palestra divertidíssima sobre superação, tirando sarro de si mesma e relembrando suas caras e bocas no telão.

Não sei você, mas eu jamais vou superar essa mulher fumando lá na Jamaica, hahah!

Finalizando…

Foram 3 dias muito intensos. É muito conhecimento de uma vez só, gente! Mas vale a pena, seja você da área de marketing ou não.

Quase posso garantir que só pelo fato de ser humano e, dentre tantas coisas, aprender a se comunicar melhor, você irá gostar. Quer apostar?

E você, já conhecia como funcionava o RD Summit?

Já participou de alguma edição do evento? Divide com a gente nos comentários!

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Produção artesanal pode ser o caminho para a indústria da maconha nos Estados Unidos

Nos últimos anos, o processo de legalização da maconha tem sido pauta recorrente nos Estados Unidos. Atualmente, o cultivo, comércio e consumo da planta, para uso medicinal, é legal em 31 estados, no Guam, em Porto Rico e no Distrito de Columbia. Para uso recreativo, a legalização chegou a 10 estados, o Distrito de Columbia e várias reservas indígenas. Portanto, apesar de ainda ser ilegal a nível federal, a indústria da maconha já começa a crescer e se formar no país.

Recentemente, o professor de Direito da Universidade de Concordia, no estado de Idaho, Ryan Stoa, lançou o livro Craft Weed: Family Farming and the Future of the Marijuana Industry (link afiliado), no qual discute, num mundo onde a maconha é legalizada, que existem maneiras de manter a produção sustentável e local, sem que ela se torne um produto massivo e genérico (o que chama de Big Marijuana).

Em entrevista ao site The Verge, Stoa explicou que a ideia para o livro surgiu quando percebeu os conflitos relacionados à água que surgiram no Nordeste da Califórnia quando o estado legalizou a maconha. Para ele, a “cannabis, como indústria, está evoluindo muito rapidamente”, e muito do processo de agricultura da planta não tem regulamentação. Isso pode fazer com que os legisladores moldem a maneira como a planta é industrializada no país.

Variedade

Stoa não descarta a possibilidade de que a indústria da maconha seja povoada por players corporativos, que comercializem o produto em larga escala. No entanto, ele destaca a variedade da planta como um ponto a favor dos pequenos produtores. “Existem diversas plantas de cannabis diferentes, cada ‘tipo’ tem características distintas para o consumidor e requer seu próprio método de cuidado”, explicou. Para ele, isso dificultará a hegemonia das grandes corporações.

O professor compara o modo de produção da maconha ao das cervejas artesanais. Ao mesmo tempo em que há grandes empresas produzindo cervejas genéricas e vendendo a preços mais baixos, há vários pequenos produtores que conseguem se manter no mercado com uma produção menor e mais cara, porém, diversificada.

Outro método regulador defendido por Stoa é parecido com o sistema de denominação praticado com vinhos, que protege a produção por designar, nos rótulos, o local da produção. Segundo ele, assim “diferentes regiões poderiam ter seus próprios produtos […]. Certamente, alguns vão querer a maconha mais cara, mas à medida que o mercado amadurecer, você verá o mercado para o ‘consumidor apreciador’ emergir mais ainda. Há várias razões para pensar que um modelo de maconha artesanal é possível”, concluiu.

Brasil

Enquanto os EUA discutem a industrialização da maconha, o Brasil está tendo dificuldades para liberar seu uso terapêutico. O Projeto de Lei do Senado 514/2017, que prevê o uso medicinal da planta segue tendo sua votação adiada na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Relatado pela Senadora Marta Suplicy, o texto reitera o benefício da cannabis para o tratamento de muitas enfermidades, como autismo, epilepsia, Alzheimer, Parkinson, dores crônicas e neuropatias.

“Mais que tudo, é preciso que tenhamos empatia e nos coloquemos no lugar do outro. É assim que defendemos a verdadeira essência do cuidado em saúde, que é mitigar o sofrimento humano”, apontou a Senadora, que também pediu que o projeto seja votado na próxima sessão da CAS.

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Loja IKEA na Itália abriga cachorros abandonados para que fujam do frio

A loja IKEA da cidade de Catania, na Itália, tem conquistado o coração de seus consumidores com uma iniciativa pet friendly e voluntária: abrir as portas do estabelecimento para cachorros de rua se protegerem do frio. Recentemente, quem chega para fazer compras na loja de departamentos logo se depara com um grupo de cães se aconchegando no mostruário de móveis.

“Minha reação foi de pura admiração”, contou a cliente Martine Taccia à plataforma digital especializada em conteúdo voltado para animais The Dodo. A iniciativa da IKEA tem o objetivo de oferecer um espaço seguro para os cachorros abandonados ficarem durante as estações frias. Além disso, eles recebem comida e carinho dos funcionários e público da loja.

Desde que começaram a ação, já houve casos de clientes que decidiram adotar alguns dos cães acolhidos. Apesar de não parecer que a IKEA de Catania faça propaganda da iniciativa, ela tem impressionado positivamente quem visita a loja. Várias pessoas têm, inclusive, usado suas redes sociais para divulgar a proposta.

 
 
 
 
 
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#Ikea #dog #love #halloween ❤️

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Adoro gli svedesi per questo: con Ikea anche i randagi hanno una casa 🏠❤️ 🐶

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Essa não é a primeira vez que a IKEA faz ações em defesa dos animais. Uma iniciativa anterior, com a ONG Home For Hope, a empresa usou recortes de papelão de cachorros em abrigos dentro da loja para encorajar a adoção.

Pet friendly

O conceito pet friendly, que se refere a estabelecimentos comerciais adeptos ou preparados para receber animais de estimação, está em franca expansão no Brasil e no mundo. Assim, muitos negócios vêm investindo na relação entre humanos e seus pets para inovar e atrair novos consumidores.

Segundo levantamento da Associação Brasileira de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), em 2016, o setor pet brasileiro faturou R$ 18,9 bilhões, mostrando um aumento de 4,9% em relação ao ano anterior. Esse crescimento tem incentivado a expansão de estabelecimentos amigáveis aos animais em todo o país.

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Preocupação ecológica impulsiona o serviço de entregas com bicicletas

Entrega ágil, barata e que não emite poluentes no ar. Essa é a promessa das empresas que oferecem serviço de entregas com bicicletas. Esse tipo de iniciativa vem crescendo nos grandes centros urbanos, principalmente, devido à preocupação com o meio ambiente e à mobilidade facilitada. Em São Paulo, empresas como a Courrieros Entregas Ecológicas, a Carbono Zero Courier e a É Pra Jah vêm ganhando mais espaço a cada dia.

Ancorados no ideal de sustentabilidade, esses empresários viram no uso das bicicletas uma maneira de atender a uma demanda do mercado utilizando energia limpa e com operações de baixo custo. Rapidamente, é possível comprovar a eficiência das bicicletas para entregas de até 8 km de distância. E, assim, muitas empresas aderem ao serviço do “bikeboy”.

Diferenciais

A Courrieros, dos amigos Victor Castello Branco e André Biselli, foi desenvolvida com o intuito de usar a bicicleta como um veículo de inclusão social. A empresa conta, hoje, com 45 ciclistas contratados e 50 autônomos, entre os quais encontram-se refugiados e ex-presidiários. Cientes de que o trabalho não é para a vida inteira, devido ao desgaste físico, os sócios têm um objetivo: “[…] que o ciclista saia da Courrieros em condições melhores do que entrou”, afirmou André à Folha de S.Paulo. Na clientela, estão marcas como a Netshoes, Amaro e Reserva.

Na Carbono Zero, o serviço feito pelas bicicletas comuns é reforçado pelos modelos cargueiros, elétricos, scooters e um furgão. Esses veículos transportam as encomendas mais pesadas ou que tenham entregas urgentes em locais mais distantes. No entanto, segundo o sócio-gestor Leonardo Lorentz esses veículos motorizados servem, também, para passar segurança aos clientes que demoram a acreditar na eficiência dos “bikeboys”. “Às vezes, começamos com quatro bikes e uma scooter. Depois de uns meses, tiramos a scooter, e o cliente nem sente falta”, contou.

Composta única e exclusivamente pelo economista André Beck, responsável por lidar com clientes, administrar e pedalar, a É Pra Jah é ideal para serviços avulsos e de volume reduzido. Para Beck, “a cidade está ficando intransitável. É um negócio que tem muito potencial”.

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Consciência negra: pesquisa aponta que empresas precisam expandir representatividade

54% da população brasileira é formada por negros, dos quais 29% (cerca de 14 milhões de pessoas) são empreendedores. Segundo dados da pesquisa A Voz e a Vez – Diversidade no Mercado de Consumo e Empreendedorismo, feita pelo Instituto Locomotiva e lançada no último dia 13, em termos de economia, a comunidade negra movimenta R$ 1,7 trilhão ao ano. Desse montante, R$ 359 bilhões são atribuídos à classe empreendedora.

A pesquisa, que foi feita a pedido do Instituto Feira Preta e teve apoio do Itaú, mostra que a média salarial do empreendedor negro (R$ 1.420,00) corresponde à metade da média do empreendedor branco (R$ 2.827,00). Além disso, é constatado que 82% dos empreendedores negros não têm CNPJ e 57% afirma sofrer preconceito na hora de abrir seu próprio negócio.

O estudo se baseia nas informações passadas por proprietários de empresas e empreendedores que fazem parte da Feira Preta, dados públicos do IBGE e a base de dados do próprio instituto. A análise dos resultados demonstra que, apesar da grande representatividade entre produtos e consumidores, a população negra não se identifica com a comunicação das empresas, além de sentir o racismo presente nas relações institucionais.

Publicidade

90% das campanhas publicitárias apresentam protagonistas brancos. Nesse sentido, 72% dos entrevistados apontaram que não se sentem representados pelas pessoas das propagandas. Para Renato Meirelles, presidente do Locomotiva, duas soluções podem ser aplicadas nesse sentido: a prática e a estrutural. “A prática é ser mais criterioso no casting das campanhas e fazer um checklist. Já do ponto de vista estrutural é colocar os negros nos cargos de liderança e no centro das tomadas de decisão das empresas”, afirmou à revista Meio&Mensagem.

Meirelles também destaca a importância da autoestima: a dos negros é mais elevada que a dos brancos. A pesquisa aponta números que comprovam essa afirmação: 86% dos negros brasileiros têm orgulho de sua cor e origem, 81% consomem produtos que melhoram sua autoestima e 67% priorizam marcas e empresas que compartilham de seus valores. Para o presidente do Instituto, as empresas precisam entender que há múltiplos padrões de beleza que precisam estar inseridos de forma significativa na comunicação da marca.

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Mercado de e-scooters se mostra aquecido na Europa

A startup de e-scooters (patinetes compartilhadas) VOI Technology, da Suécia, acaba de arrecadar 50 milhões de dólares em financiamento. A Série A de investimentos foi encabeçada pela firma Balderton Capital, de Londres, juntamente com outras empresas de venture capital (capital de oportunidade) e investidores-anjo.

Segundo o jornalista de tecnologia Steve O’Hear, da TechCrunch, a startup lançada em agosto, na capital sueca Estocolmo, já se expandiu para algumas cidades da Espanha e está recrutando colaboradores na Dinamarca, Suíça, Grécia, Turquia e Finlândia. Bélgica, Holanda, Luxemburgo, França, Alemanha, Itália, Noruega e Portugal também estão nos planos “a curto prazo” da empresa.

Mobilidade limpa

Assim como outras startups do nicho, a VOI se apresenta com uma alternativa de mobilidade em grandes centros urbanos sem a emissão de poluentes, já que as patinetes são elétricas. O aluguel do veículo é feito via aplicativo. São cobrados €1,00 (um euro) para destravar a scooter e €0,15 (quinze centavos de euro) por minuto de uso.

Um dos diferenciais que a VOI traz para o mercado europeu é trabalhar em parcerias colaborativas com as prefeituras das cidades. Segundo um dos fundadores da empresa, Fredrik Hjelm, “a única coisa que elas querem é ter uma ‘voz’ em como as patinetes vão funcionar […]. Praticamente toda cidade europeia tem uma visão ou ambição para se tornar menos dependente dos combustíveis fósseis”.

Brasil

Por aqui, o Scoo já começa a preencher a demanda por alternativas rápidas e limpas de locomoção. A empresa já começou a operar nas áreas mais movimentadas da cidade de São Paulo e pretende expandir o serviço para outras capitais como Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba e Porto Alegre em breve.

O Scoo também funciona via aplicativo (nas versões Android e iOS), pelo custo de R$1,00 para destravar a patinete e R$0,25 por minuto de uso. Apesar de a empresa não informar a velocidade máxima alcançada pelo veículo, estima-se que ele pode chegar a 25 km/h.

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Troquei o café pela power nap. O gosto não é o mesmo, mas faz bem para o bolso e para a produtividade.

O último inverno aqui em Porto Alegre foi um dos mais frios e chuvosos da história recente da cidade. Temperaturas baixas e dias nublados são os predadores naturais da minha produtividade.

Determinados a declarar soberania sobre o meu ser, o frio e o clima cinzento enviam tropas de bocejos incrivelmente comprometidos em sequestrar o meu foco e a minha motivação.

Para atravessar as batalhas campais sem danos à minha produtividade, me vi obrigado a reafirmar meu compromisso com o café. Justo em uma fase em que estava tentando me afastar da cafeína para dar uma esfriada na nossa relação.

Ainda não encontrei em outra bebida o conforto e a cooperação do café. Para mim, o ato de passar o café, é uma espécie de ritual sagrado que me concede o estado de espírito apropriado para encarar uma bateria de trabalho intenso.

Passando o café por VTT Studio / Shutterstock

O contraponto é que sofro do que considero uma ansiedade moderada. Criei uma rotina de meditação, leitura e exercícios físicos que me ajuda a manter o desassossego sob controle. Entretanto, o café liberta toda a ansiedade represada.

Com duas canecas de café, por exemplo, minha perna direita declara autonomia e, sem qualquer cerimônia, começa a balançar frenética embaixo da mesa.

Tem mais, para conseguir concluir um simples raciocínio, preciso levantar e andar pela casa. Me faltam clareza e objetividade ao responder e-mails e mensagens de trabalho. Dificuldade de concentração e pensamentos pessimistas também são frequentes.

Como se não bastasse, tive que criar um toque de recolher. A partir das 18h todo pó de café, filtros e seus aparatos devem ser reencaminhados aos seus aposentos.

Uma mera xícara no fim da tarde pode desencadear uma madrugada sem sono recheada de pensamentos infrutíferos. E a sonolência no dia seguinte se torna um convite a, fatalmente, ingerir quantidades obscenas de café.

Se torna um círculo vicioso que asfixia a produtividade. Sem contar que o cansaço também leva o corpo a desejar alimentos mais gordurosos, lá se vai a saúde.

Um amigo sugeriu o descafeinado. Gostei. Fiquei animado. E não era por menos: todo o sabor do café, o aroma, o ritual, sem os efeitos colaterais. Sem impacto na saúde, eu poderia até dobrar o consumo. Estava pronto para riscar esse problema da pauta.

Parei no preço. O descafeinado custa quatro vezes mais do que um café normal. Para quem ama café, não é lá um valor exorbitante. Mas se você tem um negócio próprio em fase inicial, sabe que é fundamental diminuir gastos e reduzir o custo de vida, em prol da longevidade do projeto. Aumentar o gasto com café? Está fora de cogitação.

Passei a buscar alternativas. Alguns amigos sugeriram o chá, outros o chimarrão. Contudo, as duas bebidas também contêm cafeína na sua composição. Nem vou mencionar o energético que, assim como o café, é outro campeão de vendas entre os workaholics.

Acabei encontrando o que precisava na serena e despretensiosa Power Nap.

O que é power nap?

Descansando no sofá por Africa Studio / Shutterstock

Se você não tem familiaridade com o termo, Power Nap é um cochilo estratégico de curta duração que tem a revitalização como objetivo. A prática visa aproveitar os benefícios do sono excluindo os efeitos de lentidão provocados pelo sono profundo.

Sabe quando bate aquela lombeira após o almoço? Em vez de recorrer ao café, é uma boa hora para apostar em um cochilo estratégico. Se você trabalha em casa então, é ainda mais fácil, pode usufruir da soneca sempre que achar necessário.

Benefícios da soneca estratégica

Tranquila por JKStock / Shutterstock

Algumas vantagens de um cochilo rápido:

  • Auxilia a concentração;
  • Combate a ansiedade;
  • Combate o estresse;
  • É relaxante;
  • Fortalece a memória;
  • Melhora o humor;
  • Reduz as chances de problemas no coração.

Executando uma Power Nap com excelência

Preparando uma Power Nap por YuryRyzhenko / Shutterstock

Aqui vão as minhas recomendações para você tirar um melhor proveito da soneca turbinante:

  • Escolha um local com boa temperatura, silencioso, onde ninguém vá te perturbar, preferencialmente onde você possa deitar confortavelmente;
  • Programe o timer do seu celular para 20 minutos. Aposte em até no máximo 30 minutos, mais do que isso você corre o risco de cair em sono profundo e o efeito ser o contrário;
  • Para pegar no sono rápido, acender um incenso e colocar uma música calma pode ajudar. Isso também colabora para ritualizar o momento e ajuda a preparar a mente para a sessão de descanso;
  • Para ter uma experiência ainda melhor, vale buscar por algum aplicativo de celular. Há vários nas lojas de apps. Eles já trazem sons da natureza, e outros recursos, para auxiliar no relaxamento;
  • Para evitar que você passe a noite em claro, preste bastante atenção no horário e na frequência dos seus cochilos durante o dia. Vale lembrar que as power naps não têm a função de substituir o sono tradicional. Nada substitui uma boa noite de sono.

Concluindo

Antes, a dificuldade de concentração e os bocejos constantes eram a desculpa ideal para tomar um café. Agora é o sinal para investir em uma Power Nap.

Reduzindo o consumo de café, eu economizo, mantenho a ansiedade sob controle e, de quebra, a produtividade livre de círculos viciosos.

Não abri mão totalmente do café. Apenas reduzi o uso. No inverno passado, estava tomando cerca de 4 canecas ao dia. Agora tenho tomado apenas uma no início da manhã.

Café por YuryRyzhenko / Shutterstock

Com o calor do verão, minha expectativa é reduzir ainda mais. É bom até mesmo para não banalizar a relação com o café, assim aprecio mais a bebida em ocasiões especiais.

A prova de fogo mesmo vai ser o inverno do ano que vem.

É importante deixar claro, o ponto central deste texto não é, de forma alguma, pintar o café como um vilão da produtividade. Minha intenção é convidar os coffee lovers, como eu, a refletirem sobre o impacto que o uso contínuo e prolongado do café pode estar causando nas suas rotinas de trabalho.

Existe quem – com café ou sem café – tenha o mesmo desempenho no trabalho. Mas há também quem já vem tendo sua performance afetada pela dose errada de café e ainda não percebeu. Acho importante fazer uma autoanálise para descobrir em qual dos grupos você se encaixa.

Qual o efeito do café no seu desempenho no trabalho?

Compartilha comigo nos comentários e vamos levar o assunto adiante.

Quer se aprofundar no assunto?

Para quebrar o hábito de tomar café em excesso e até mesmo outros costumes que podem estar prejudicando a sua vida, pessoal ou profissional, recomendo o livro O Poder do Hábito (link afiliado). 

Se você quer mais dicas de leitura, visite a nossa página livros sobre empreendedorismo.

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