O papel do design na acessibilidade dos games

A indústria dos games tem crescido muito nos últimos anos e, com ela, a noção de que esse ambiente é formado por uma audiência cada vez maior e mais diversa. No entanto, pouco se discute — tanto na publicidade, quanto na comunicação de maneira geral — sobre os problemas de acessibilidade enfrentados por gamers com deficiências. É o que debate o pesquisador Ben Egliston, em artigo publicado no site The Next Web.

Segundo o autor, essa percepção de inclusão se deve ao advento de interfaces user-friendly (como explica Jesper Juul no livro A Casual Revolution: Reinventing Video Games and Their Players (link afiliado)). No entanto, essas interfaces amigáveis se limitam a “hackear” obstáculos associados ao “grau de instrução” do jogador em relação ao controle.

Para ele, os designers de videogames fazem deduções a respeito do que o corpo pode fazer e isso exclui uma grande quantidade de gamers que possuem limitações de movimentos ou sentidos. De acordo com dados da ONG AbleGamers, só nos Estados Unidos, há cerca de 33 milhões de gamers com alguma deficiência.

“Todos os videogames — desde aqueles jogados em um PlayStation 4 até um Oculus Rift — são tecnologias do corpo. Digitalizamos os movimentos na tela com nossos olhos, controlamos os controles com as mãos, batemos rapidamente nos botões com os dedos e assim por diante. Mas a suposição de que todos os que jogam videogames têm um corpo que funciona da mesma maneira pode ser excludente para os jogadores que vivem com uma deficiência”, afirma Egliston em seu artigo.

Avanços

Ao falar sobre possíveis soluções para a inclusão no universo gamer, o pesquisador citou o Adaptive Controller para Xbox One, lançado recentemente pela Microsoft. Segundo a empresa, o acessório foi “projetado principalmente para atender às necessidades de jogadores com mobilidade limitada, […] oferece grandes botões programáveis e se conecta a switches externos, botões, suportes e joysticks para ajudar a tornar o jogo mais acessível”.

Além disso, há outras empresas desenvolvendo acessórios especiais, inclusive para tetraplégicos, e muitos gamers com limitações se aventuram a criar seus próprios controles. Na conclusão do artigo, Egliston aponta que atualmente, “videogames são culturalmente significantes e centrais na vida de muitas pessoas. É crucial que, no contexto de conversas mais amplas sobre jogos e exclusão, levemos a sério questões de deficiência e acessibilidade nos jogos”.

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Shutterstock revela, em infográfico, suas apostas criativas para o ano

Na última semana, a agência de banco de imagens, vídeos, músicas e ferramentas de edição Shutterstock lançou a edição 2019 de seu infográfico de tendências criativas. Nele estão as principais apostas para o design, novidades que devem entrar em ascensão durante o ano e estilos que podem se destacar em vários países. As informações do guia de estilo se baseiam nos bilhões de pesquisas e downloads feitos diariamente no buscador da empresa.

Entre as principais tendências levantadas estão a “cultura zine”, representada por um aumento de 1.376% nas pesquisas por colagens artísticas contemporâneas; a “opulência dos anos 80”, detectada em buscas por estampas elegantes (1.060%), de correntes (731%), de couro de cobra (157%) e de leopardo (168%); e uma releitura otimista das tecnologias antigas, identificadas no crescimento da demanda por mídias de sinthwave (717%), retrowave (676%) e duotone (230%). Isso quer dizer que veremos uma subversão do acabamento fino priorizado pelo design, muito contraste, neon brilhante e zumbido de sintetizadores.

Ascensão

Outras tendências apontadas pela Shutterstock focam em elementos em ascensão no universo do design, do vídeo e da fotografia e que, segundo a empresa, causarão grande impacto em 2019. Nesta categoria, destacam-se a decadência do plástico e a necessidade de matérias-primas alternativas como o bambu e o cânhamo; a cultura fofinha dos desenhos Kawaii, a técnica de pintura e impressão indiana Kalamkari; o estilo Rococó romântico; os arco-íris coloridos do prisma em 3D e estampas; padrões hipnóticos e o futurismo no cotidiano.

Na sessão “Pra Ficar de Olho”, o infográfico aponta a tendência “Tipografia tentadora”. Facilitada pela realidade aumentada e pelo design imersivo, a novidade é o uso de vetores e 3D para criar tipografias baseadas em doces. O destaque é confirmado pelo crescimento de 8.389% nas pesquisas por “letras com cobertura”. No tópico “Tendências globais”, as buscas brasileiras indicam o crescimento do tema “vintage romântico”.

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Podcast: Cuidados essenciais no design da sua marca

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A ideia desse episódio é passar dicas para você ter uma marca que expresse corretamente a alma do seu negócio, que seja bem estruturada e tenha uma boa aplicabilidade. Então você que tá montando o seu projeto agora e tá na fase de criação de marca, presta atenção, toma nota, que esse podcast pode te livrar de boas dores de cabeça no futuro.

Dá o play e bom podcast para você! :)

Participantes deste episódio

Henrique Pochmann
Aparelho Elétrico
Walter Mattos

Walter Mattos
Site Walter Mattos

Timeline do podcast

Comentários

Programa

  • Como identificar um bom profissional para criar a sua marca;
  • Buscar por referências no Behance;
  • Veja se existe reclamações no Reclame Aqui;
  • Procure um especialista em marca com o traço apropriado para o estilo do seu negócio;
  • Clientes que fazem questão de proporção áurea na sua marca;
  • Pesquisa do Perfil do Freelancer no Brasil;
  • Qual a situação que você se encontra, por que você precisa de uma marca?;
  • Abra sua verba e deixe que o designer adeque o projeto ao seu orçamento;
  • Para um determinado tipo de cliente, a We Do Logos resolve;
  • As versões da marca que o cliente precisa;
  • Alimentando o briefing;
  • A marca bem-feita de uma empresa melhora também a percepção e motivação dos seus sócios e funcionários;
  • A marca precisa ter aplicabilidade;
  • A seleção das cores;
  • Tangerina Design;
  • O design de marcas como Apple, Nike e Starbucks;
  • Se vende café, o ícone precisa ser relacionado a café? Não necessariamente.
  • A importância de um manual de uso da marca;

Ficha Técnica

Data da Gravação: 28/02/2018
Arte da Capa: Thunder Rockets
Higienização do Áudio: Tomate Cereja

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