Este aplicativo permite que você alugue a sala de um vizinho como seu coworking

Pessoas que trabalham remotamente costumam lidar com questões como a solidão do home office, as distrações de um café ou os altos preços de um coworking. Estes são os problemas que o aplicativo Codi visa solucionar. A startup está em fase beta na região da Baía de São Francisco, na Califórnia, e transforma apartamentos e casas em coworkings temporários e com melhor custo-benefício para freelancers.

“Eu costumava trabalhar em casa, e é muito solitário. […] Quando você vai a cafeterias, elas podem ter muitas distrações. E não havia opções de [lugar de] trabalho por perto e os espaços de coworking no centro [de São Francisco] são muito caros”, explicou a CEO e fundadora do Codi, Christelle Rohaut à Fast Company. Recentemente, a empresária concluiu um mestrado em planejamento urbano na Universidade da Califórnia-Berkeley.

Trabalhando nas casas de amigos, ela percebeu que era mais produtiva nesses ambientes. Foi aí que viu o potencial da ideia: “Se quisermos disponibilizar [o serviço] para todos, é preciso ser um negócio”. A proposta do Codi é que pessoas que trabalham fora (ou que trabalhem em casa, mas tenham espaço extra) possam se tornar anfitriãs, num modelo de negócio similar ao do Airbnb.

“O anfitrião pode simplesmente compartilhar suas salas de estar não utilizadas durante o dia e, em seguida, continuar a desfrutar de sua casa à noite da mesma forma como antes, e não há sobreposição entre os dois”, diz Rohaut.

A empresa se encarrega de analisar cada candidato, para garantir que o local atenda às comodidades básicas do trabalho freelancer: Wi-Fi, tomadas e acesso a um banheiro limpo. Assim como no Airbnb, os anfitriões são protegidos via seguro contra qualquer dano causado pelos usuários do serviço.

Economia mútua

Para os anfitriões, o conceito representa uma maneira de compensar parte dos gastos com despesas de aluguel na região da Baía de São Francisco. Paralelamente, freelancers podem encontrar locais de trabalho mais convenientes às suas necessidades, localização e, também, aos seus bolsos. Além disso, o Codi tem o objetivo de fomentar a comunidade entre os profissionais de uma mesma vizinhança.

Com seu histórico em planejamento urbano, a CEO acredita que sua startup pode trazer benefícios ainda mais amplos para a cidade, pois as pessoas passariam mais tempo dentro dos bairros, gerando os efeitos positivos da “economia circular”, visto que o dinheiro gasto localmente, geralmente circula pelas empresas dos arredores. “Isso acaba gerando mais valor para mais pessoas do que se esse dólar fosse gasto fora do bairro, e isso pode ser aplicado não apenas ao dinheiro, mas também a outros tipos de ativos valiosos, como espaços”, diz ela.

A startup acabou de levantar uma rodada de investimentos e lançar as versões beta dos aplicativos para Android e iOS. A versão oficial deve começar a funcionar, na Baía de São Francisco, nos próximos meses e se expandir para outras cidades em seguida.

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Editora do NYT Book Review analisa seus dois anos sem “atualizar tecnologias”

Há dois anos, a editora do New York Times Book Review, Pamela Paul, escreveu um artigo de opinião no qual contou sobre sua decisão de deliberadamente “resistir” às atualizações tecnológicas como uma maneira de desacelerar e preservar sua saúde mental. Na semana passada, ela deu uma entrevista ao jornal relatando a experiência e seus principais benefícios.

Paul explicou que diminuir seu acesso à tecnologia não foi tão difícil. “É mais fácil do que você imagina, porque você pode efetivamente fazer o downgrade apenas negligenciando a atualização”, disse. “Há uma premissa predominante de que só porque há uma nova versão de alta tecnologia de algo previamente tratado com baixa tecnologia, deve-se adotar essa tecnologia. Eu venho de um ângulo diferente, que é olhar para a necessidade ou problema e me perguntar: Será que essa nova tecnologia ajudará substancialmente? E se o lado positivo é rapidez ou informação, minha próxima pergunta é: qual é a barganha? O que eu perco junto com esse ganho e, no balanço, os ganhos superam as perdas?”, continuou.

Livros

Em alguns casos, a editora considera a nova tecnologia menos eficiente do que a ferramenta que ela visa substituir, como é o caso dos leitores digitais. “Um Nook, um Kindle ou iPad é, para meus propósitos, inequivocamente pior que um livro impresso. Não é possível ir e voltar entre as inserções de fotos ou folhear o índice; você não tem senso de contagem de páginas (porcentagens, sério?). Você perde o design do produto, que geralmente é bonito, até o peso do papel e a escolha do tipo de letra. Você teria que me pagar um salário muito caro para desistir do livro impresso por um ano”.

Trabalho

A tecnologia, no entanto, não parou no tempo no âmbito profissional. Trabalhando em um dos maiores jornais do mundo, que, segundo ela, é um ambiente orientado por tecnologia e cujo conteúdo é distribuído via plataformas avançadas para leitores com conhecimento técnico até mesmo avançado, Pamela Paul precisa entender, avaliar e adotar as mesmas ferramentas que seus colegas de redação e público. “No trabalho, eu tenho 12 janelas e abas abertas, alternando loucamente entre laptop e telefone como qualquer outro drone digital”, contou.

Ao ser questionada sobre o conselho que daria a outras pessoas que queiram depender menos dos avanços tecnológicos, respondeu: “Em geral, quando ouço a frase ‘Tem um aplicativo para isso’, minha primeira pergunta é: ‘Precisa ter?’ A grande maioria das novas tecnologias é desenvolvida com fins lucrativos. Assim, cada nova forma de tecnologia levanta a questão: isso é algo pelo qual estou disposto a pagar, seja o custo em dólares ou privacidade? Como muitas pessoas, eu me irrito com a noção da minha vida pessoal sendo monetizada”.

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Sites mostram como a Inteligência Artificial atua na criação de “deepfakes”

A tecnologia por trás das deepfakes (montagens falsas, porém muito bem executadas) tem chamado a atenção desde o ano passado. Dois exemplos disso são os casos envolvendo celebridades, como a Scarlett Johansson aparecendo em vídeos pornôs ou o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chamando o Donald Trump de idiota. Agora, essa Inteligência Artificial (IA) está sendo usada por sites que tentam mostrar o quão perversa essa tendência pode se tornar.

Sites como o ThisPersonDoesNotExist.com e o TheseCatsDoNotExist.com criam imagens de rostos de pessoas e gatos a cada vez que as páginas são atualizadas. No entanto, todas as imagens são falsas e geradas por computador. Eles fazem isso por meio de uma rede geradora de adversários (ou GAN, na sigla em inglês). Essas GANs colocam dois algoritmos um contra o outro, sendo um “gerador” (que cria representações falsas de algo) e um “juiz” (que determina se a criação é legítima, ou não). Cada rosto ou gato criado é uma iteração na qual o “gerador” conseguiu enganar o “juiz”.

No caso do ThisPersonDoesNotExist.com, o algoritmo específico utilizado é o StyleGAN, desenvolvido pela empresa de IA Nvidia. A partir desse mesmo programa, surgiram outros websites que criam gatos, personagens de anime e até listagens de Airbnb. O ThisRentalDoesNotExist.com (anteriormente chamado ThisAirbnbDoesNotExist.com) foi criado por Christopher Schmidt, um engenheiro que trabalha com código aberto na Google.

Na sessão “Sobre” de seu site, ele explica que conseguiu produzir conteúdo com o StyleGAN sem qualquer “experiência real com redes neurais” ou seus próprios “recursos sofisticados de computação”. “Isso significa que praticamente qualquer pessoa com um par de horas para matar poderia criar algo tão convincente como eu fiz”, escreve. Segundo ele, as montagens são duvidosas, às vezes, mas normalmente são plausíveis o suficiente para quem der uma olhada rápida.

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