Algoritmo do Facebook que monitora suicídios evidencia divergências entre empresas de tecnologia e especialistas em saúde

Ao longo de sua história, o Facebook teve que encarar o problema do suicídio de frente algumas vezes. A questão se tornou pessoal quando uma série de pessoas usou a ferramenta de streaming Facebook Live para transmitir, em tempo real, o momento em que tiraram suas próprias vidas. Diante disso, desde 2017, a empresa vem utilizando um “algoritmo de monitoramento de suicídios”, que já esteve envolvido no envio de mais de 3500 equipes de emergência a endereços de pessoas que fizeram postagens sensíveis sobre o assunto.

A ferramenta utiliza tecnologia de reconhecimento de padrões para identificar conteúdo que aparenta expressar intenções suicidas, além de escanear comentários do tipo “você está bem?”. Tais postagens são, então, enviadas a um moderador de conteúdo e, posteriormente, a um profissional treinado que é encarregado de notificar as equipes de emergência.

No entanto, para o psiquiatra e consultor de tecnologia de Harvard, John Torous, o algoritmo pode causar mais dor do que alívio. “Nós, como público, estamos participando desse grande experimento, mas não sabemos se é útil ou não. […] É uma coisa para um acadêmico ou uma empresa dizer que isso vai ou não funcionar. Mas você não está vendo nenhuma evidência de trabalho de campo ou revisão crítica de outros cientistas. […] É preocupante”, disse ao Business Insider.

Sigilo

Torous se refere ao fato de que o Facebook nunca publicou nenhum dado referente a como a ferramenta funciona. Para a empresa, o algoritmo não é um produto de saúde ou uma iniciativa de pesquisa, mas algo semelhante a pedir ajuda ao ver alguém com problemas em um espaço público. “Estamos no negócio de conectar pessoas com comunidades de apoio. Não somos provedores de saúde mental”, afirmou Antigone Davis, que é chefe global de segurança do Facebook, ao BI.

Mas, para o pesquisador, sem informações públicas a respeito da ferramenta, há informações importantes que são impossíveis de serem respondidas: o algoritmo pode focar nos usuários errados, desencorajar discussões francas sobre saúde mental na plataforma ou, até mesmo, escalar e criar uma crise onde não existe uma. “Sabemos que o Facebook construiu [a ferramenta] e está usando, mas não sabemos se ela é precisa, se está sinalizando as pessoas certas ou erradas, ou se está sinalizando as coisas cedo demais ou muito tarde”, concluiu.

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Sensação de ser vigiado interfere na produtividade e na saúde dos funcionários

A vigilância no local de trabalho surgiu como uma maneira de melhorar a produtividade dos funcionários. No entanto, ela também pode ser usada para controlar e repreender colaboradores diante de desempenhos insatisfatórios. Em reportagem recente, a BBC Brasil apontou como essas tecnologias podem interferir na rotina e na saúde dos trabalhadores.

Para a ex-caixa de banco Courtney Hagen Ford, de 34 anos, por exemplo, o monitoramento era “desumanizante”. A vigilância à qual era submetida em seu antigo emprego registrava as teclas que ela digitava e quais clientes contratavam serviços. “A pressão era implacável. […] Era uma situação horrível”, disse. Eventualmente, ela deixou o emprego para cursar um doutorado em tecnologia da vigilância.

Segundo o vice-presidente da empresa de pesquisa Gartner, Brian Kropp, mais da metade das empresas que fazem mais de US$ 750 milhões (ou R$ 2,92 bilhões) ao ano usaram técnicas de monitoramento “não tradicionais” em 2018. Até 2020, mais de 80% dessas empresas devem fazer esse tipo de vigilância. E, de acordo com a consultoria Grand Review Research, até 2025, a análise de dados da força de trabalho será um mercado de US$ 1,87 bilhão (ou R$ 7,3 bilhões).

Esses monitoramentos incluem ferramentas de análise de e-mails, mensagens instantâneas, uso do computador, movimentação de funcionários pelo escritório e, até mesmo, batimentos cardíacos e padrões de sono.

Dados positivos

Por outro lado, a coleta de dados pode ser positiva para empresas e funcionários. É o que afirma o presidente da Humanyze, Ben Waber. Sua empresa registra dados de serviços de e-mail e mensagens dos funcionários, além de usar crachás equipados com aparelhos de identificação por radiofrequência (RFID) e microfones.

Para ele, essas ferramentas podem proteger seus colaboradores em relação a assédios morais e sexuais, além de revelar dados inusitados – como padrões sociais – que podem melhorar o desempenho e o nível de satisfação das pessoas no trabalho. Outro exemplo interessante é o de Jessica Johnson, de 34 anos. A australiana tem narcolepsia e usa os dados coletados pela empresa onde trabalha para identificar o que estava fazendo antes de adormecer e continuar de onde parou.

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Movimento Officeless lança documentário sobre trabalho remoto

A cultura do trabalho remoto vem ganhando espaço à medida que muitos profissionais estão passando a utilizar ferramentas online para organizar, realizar e otimizar suas tarefas. Assim, a necessidade de ter um escritório ou até mesmo estar na mesma cidade, estado ou país que o restante dos seus colegas ou time é algo cada vez menos essencial.

O movimento Officeless é um dos principais defensores desse tipo de trabalho no Brasil e, para difundir essas ideias com maior alcance, acabou de lançar o filme Remote First, que foi lançado ontem (02/05), em um evento inteiramente online e gratuito. Segundo o comunicado de lançamento, o curta-metragem é “um documentário sobre liberdade e propósito que mostra porque o trabalho remoto é um dos principais motores da revolução que estamos vivendo”.

Idealizado pela produtora Expoente, o filme mostra integrantes da equipe do Officeless compartilhando suas visões de como o trabalho remoto deve ser para gerar resultados positivos e produtivos para os mais variados tipos de profissionais e equipes.

Veja o trailer abaixo e acesse o site www.remotefirst.com.br para conferir o documentário completo:

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Editora do NYT Book Review analisa seus dois anos sem “atualizar tecnologias”

Há dois anos, a editora do New York Times Book Review, Pamela Paul, escreveu um artigo de opinião no qual contou sobre sua decisão de deliberadamente “resistir” às atualizações tecnológicas como uma maneira de desacelerar e preservar sua saúde mental. Na semana passada, ela deu uma entrevista ao jornal relatando a experiência e seus principais benefícios.

Paul explicou que diminuir seu acesso à tecnologia não foi tão difícil. “É mais fácil do que você imagina, porque você pode efetivamente fazer o downgrade apenas negligenciando a atualização”, disse. “Há uma premissa predominante de que só porque há uma nova versão de alta tecnologia de algo previamente tratado com baixa tecnologia, deve-se adotar essa tecnologia. Eu venho de um ângulo diferente, que é olhar para a necessidade ou problema e me perguntar: Será que essa nova tecnologia ajudará substancialmente? E se o lado positivo é rapidez ou informação, minha próxima pergunta é: qual é a barganha? O que eu perco junto com esse ganho e, no balanço, os ganhos superam as perdas?”, continuou.

Livros

Em alguns casos, a editora considera a nova tecnologia menos eficiente do que a ferramenta que ela visa substituir, como é o caso dos leitores digitais. “Um Nook, um Kindle ou iPad é, para meus propósitos, inequivocamente pior que um livro impresso. Não é possível ir e voltar entre as inserções de fotos ou folhear o índice; você não tem senso de contagem de páginas (porcentagens, sério?). Você perde o design do produto, que geralmente é bonito, até o peso do papel e a escolha do tipo de letra. Você teria que me pagar um salário muito caro para desistir do livro impresso por um ano”.

Trabalho

A tecnologia, no entanto, não parou no tempo no âmbito profissional. Trabalhando em um dos maiores jornais do mundo, que, segundo ela, é um ambiente orientado por tecnologia e cujo conteúdo é distribuído via plataformas avançadas para leitores com conhecimento técnico até mesmo avançado, Pamela Paul precisa entender, avaliar e adotar as mesmas ferramentas que seus colegas de redação e público. “No trabalho, eu tenho 12 janelas e abas abertas, alternando loucamente entre laptop e telefone como qualquer outro drone digital”, contou.

Ao ser questionada sobre o conselho que daria a outras pessoas que queiram depender menos dos avanços tecnológicos, respondeu: “Em geral, quando ouço a frase ‘Tem um aplicativo para isso’, minha primeira pergunta é: ‘Precisa ter?’ A grande maioria das novas tecnologias é desenvolvida com fins lucrativos. Assim, cada nova forma de tecnologia levanta a questão: isso é algo pelo qual estou disposto a pagar, seja o custo em dólares ou privacidade? Como muitas pessoas, eu me irrito com a noção da minha vida pessoal sendo monetizada”.

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Podcast: Tem que acabar a reunião improdutiva

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Neste episódio o assunto é “Reuniões Improdutivas”.

Entenda por “reunião” qualquer encontro de negócios envolvendo duas ou mais pessoas. Quando se fala de reunião, normalmente as pessoas imaginam uma mesa gigante com 10 pessoas em volta. Mas aquele simples encontro pra coletar um briefing, por exemplo, também é uma reunião.

Independente do número de pessoas envolvidas, esses encontros precisam ser produtivos pra fazer valer o tempo e o dinheiro investido neles.

Dá o play aí e bom podcast pra você! :)

Participantes deste episódio

Henrique Pochmann
Aparelho Elétrico
Giovanna Beltrão
@giovannabeltrao
Vinny Campos Vinny Campos
Studio Lhama

Timeline do podcast

  • Reunião presencial vs reunião a distância;
  • Estipulando o número de reuniões na proposta comercial;
  • Determinando o canal oficial de comunicação;
  • Áudios de WhatsApp;
  • Formalizando o convite para a reunião;
  • O cliente respondendo o formulário de briefing;
  • Ritual pré-reunião;
  • Postura ativa ou passiva na reunião?;
  • Confiança e arrogância ;
  • Tempo de duração de uma reunião;
  • Reuniões rápidas de acompanhamento de projeto;
  • Adaptar o método de trabalho a cada cliente;
  • Um sistema claro de trabalho transmite segurança ao cliente;
  • Manter uma distância segura dos clientes.

Ficha Técnica

Data da gravação: 04/04/2019
Higienização do áudio: Tomate Cereja Produtora

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