Podcast: Como encontrar o preço ideal para cada projeto

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Neste episódio conversei com Dani Lima, Vinny Campos e Water Mattos. E desta vez o assunto na pauta foi “precificação”. Dividimos nossas experiências e visões a respeito do tema. É importante dizer que não existe um único meio de precificar um projeto. Cada um sabe qual é o benefício que pretende obter de cada job. O ideal é que você escute as nossas dicas e palpites e adapte o que achar necessário para a sua realidade.

Peço desculpas porque nesse podcast não pude ler os comentários do pessoal sobre o podcast de Networking. Fiquei devendo porque este último mês foi muito corrido. Se você acompanha a newsletter do blog, sabe que estou passando uma temporada em Melbourne na Austrália e aqui, infelizmente, tenho que dividir meu tempo com outras responsabilidades. Mas acredito que até o próximo episódio tudo volta ao normal. (:

 

Participantes deste episódio

henrique-pochmann-freelancer-em-design-digital

Henrique Pochmann
Designer Digital / SEO Freelancer no henriquepcm.com e editor do Aparelho Elétrico

Freelancer Design Dani Lima 

Dani Lima
Designer freelancer e mantém o Medium Chá com Design.

vinny-campos-freelancer-e-nomade-digital

Vinny Campos
Designer no Studio Lhama, colunista do blog Choco la Design e nômade digital.

Designer Freelancer Walter Mattos

Walter Mattos
Designer Gráfico freelancer no waltermattos.com e Youtuber no waltermattosvideos

 

Alguns tópicos abordados:

– É preciso analisar o briefing e ouvir o cliente com cuidado;
– Como calcular o seu valor hora;
– Prazo é um dos fatores que influencia muito no preço;
– Artigo no Aparelho Elétrico: Formação de Preços;
– Trabalhando com PayPal você recebe o valor na íntegra e o cliente pode pagar parcelado;
– O tamanho do cliente importa?
Branding: a sua reputação e o valor que você agrega ao projeto importa. Muito!
– Vale a pena trabalhar de graça? Em que situação?
– Hashtag #vinnyhumilde;
– É importante saber o tipo de cliente com o qual você quer trabalhar;
– Tome cuidado com pessoas que prometem visibilidade em troca do seu serviço;
– É preciso pensar em longevidade para a relação comercial;
– Desenvolva a sua política de preços;
– Preços diferentes compram serviços diferentes;
– Sobre a importância de filtrar clientes;
– Vinny explica a técnica do “valor susto”;
– Sinta o mercado e adeque seu preço;
– Ancoragem de preços é uma boa técnica para fechar mais propostas;
– Vale a pena perguntar quando o cliente quer investir?
– Blog da Nini Ferrari: A Path to Somewhere

 

Como você faz?

E você como tem feito pra orçar seus projetos, quais são os critérios que você usa? Compartilhe a sua experiência aqui embaixo nos comentários. Vamos evoluir mais o tema. Outros profissionais podem aprender bastante com a sua experiência.

 

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Resoluções de final de ano pra você se dar bem, de verdade, em 2016

Mais um ano acabando, e chega aquele momento de promessas, metas, renovações!

Não se preocupe, esse não é um post de mandingas ou astrologia..

Nesse post vou dividir com você meus planos e intenções para 2016, pois independente do seu momento, podem te ajudar a encontrar seu norte nesse novo ano.

Estudar

Estudar nunca é demais, e sempre fez parte da minha rotina. Seja uma nova técnica, uma nova forma de fazer o que faço ou até mesmo filosofias de vida que podem agregar à minha vida como um todo, não apenas como designer. O maior prazer de trabalhar como freelancer é a parte humana da relação com os clientes, aprender como atingir um novo público ou como surpreender o público que já trabalha. Conhecer novos mercados, sair da zona de conforto e evoluir.

Cursos na área são ótimos para se atualizar, mas procure também cursos e atividades fora da sua área de atuação, que podem ajudar a agregar ao seu job! Idiomas, viagens, desenho, historia da arte, cursos onde sua criatividade vai ser desafiada.

Procurar o novo

Em algumas fases da nossa vida, podemos nos acomodar a processos, clientes e soluções para nossos projetos. Como freelancers, designers e artistas, nossa função social é resolver problemas de forma criativa, surpreender nossos clientes e a nós mesmos. Não se acomode, procure sempre surpreender, não use fórmulas prontas, ou respostas que outros já encontraram. Não tenha medo de errar, experimente! Com responsabilidade, claro! Lembre-se, só irão te valorizar como indivíduo, se você se mostrar único. O valor agregado em trabalhar com você, vem da faísca única das suas experiências e soluções. Use a regra: robôs podem fazer isso? Se a resposta é sim, faça de outra forma.

Paciência

Em nossa escolha de vida como freelancers, a paciência é sinal de amadurecimento. Não sei em qual fase de vida você está, mas lidar com clientes e pessoas sempre será parte da sua vida. Escutar, aceitar e principalmente entender fazem parte de um amadurecimento que só te trarão benefícios. Mas como bom roqueiro, tenho meu lado punk e fecho a cara quando vejo que querem desrespeitar meu trabalho. Se posicione, defenda seu ponto de vista, mas fique aberto ao que vem de fora.

Planejamento

O que queremos? Bons clientes e bons jobs! Certo? Porém para boas entregas, precisamos do bem mais valioso que temos, o tempo! E tempo pode ser bem ou mau aproveitado, depende apenas do seu planejamento. Tenho 10 anos de experiência e ainda estou aprendendo a controlar e cuidar do meu tempo e acho que será uma luta que terei sempre. Vamos juntos então, evitar prazos impossíveis que comprometam nossa qualidade. Evitar pegar mais jobs do que podemos tocar e lembrar que melhor um prazo longo do que um prazo furado.

Flexibilidade

Nada é 100% como queremos, no fim seu cliente tem sempre a razão e você é contratado para fazer o seu melhor para os objetivos do cliente, se vai ser da sua forma ou como seu cliente imagina, vai depender da sua habilidade de negociação e argumentação, por isso tenha sempre na ponta da língua os porquês das suas ideias(achei legal ou bonito assim, não é argumento). Lembre-se sempre de quem paga pelo seu serviço, mais vale um job sem assinar com um cliente satisfeito, do que uma briga e bonecos de voodoo do cliente… Escolha suas batalhas, no fim o que importa é vencer a guerra.

Filtro

Lembra que falei como o tempo é precioso?? Por isso além de otimizar e focar em nossas atividades, precisamos filtrar quais jobs valem a pena ou não. Todos precisamos de dinheiro, faz parte do jogo, mas um job que aceita, pode te tirar de outro job que está por vir. Faça boas escolhas, que te aproximem do seu objetivo como profissional.

Viver em Comunidade

Sempre tive como filosofia, ajudar as pessoas. Fiz muito job de graça (pode julgar), pois queria ajudar amigos e etc. Recentemente comecei a colaborar mais com a comunidade de designers, escrevendo no Choco La Design, participando de podcast do Aparelho Elétrico, dividindo minhas experiências e forma de pensar com a comunidade e estou adorando o retorno disso. Recomendo que se una a essas comunidades, crie eventos, online ou off-line, adicione nas redes sociais pessoas que admira, converse, troque experiências. Viver em comunidade fortalecem laços e cavam oportunidades.

Metas

Metas são importantes, são guias para nosso pensamento focar em algo e não apenas deixar a vida levar. Pense onde quer estar no próximo fim de ano. Pense onde quer chegar em 3 ou 5 anos, e que etapas deve passar para chegar lá. Seja realista e esforce-se para atingir as metas. Essas metas são para você e para ninguém mais.

Portfolio

Essa acho que é a promessa padrão de fim de ano, atualizar o portfolio. E cara! O meu está sem atualizar fazem 2 anos ou mais! Dizem que quem tem o portfolio atualizado é um desocupado, mas na verdade é só uma desculpa.

Divido com você um relato pessoal, nesse ano enrolei meu portfolio pois estava esperando entrar alguns jobs que deveriam fazer parte, eu estava com contatos para ir para Londres em grandes agências, e só faltava isso, estou no momento escrevendo esse texto de Barcelona na Espanha, ou seja, não fui para Londres. Mas só para exemplificar que existem oportunidades que as vezes deixamos passar por não nos dedicarmos a nós mesmos. Promessa para vocês, portfolio novo sai no primeiro bimestre trimestre(pra garantir) de 2016.

Além desses pontos citados acima, vale lembrar das promessas de saúde, finanças, relacionamentos e filosofias que sempre fazem parte!

Ano novo é fase de re-começo para muitos, se  permita re-começar, aceite seus erros como profissional e abrace as oportunidades de um novo ano.

Te desejo um 2016 incrível! Vamos criar, surpreender e mudar o mundo!

Gostaria de agradecer ao Henrique pelo espaço, tanto aqui quanto no podcast, ajudou a acender a minha vontade de dividir minha experiência.

Lembra que falei que não era um post de mandingas? Ouvi dizer que quem não compartilhar esse texto vai ter um ano novo só com clientes chatos e re-fações…

Gostaria de convidar você para ler meu artigo no Choco La Design com lições de empreendedorismo com o Papai Noel

Todas as informações contidas neste artigo são de responsabilidade do seu autor e não necessariamente refletem a opinião do site. Quer publicar suas ideias no Aparelho Elétrico? Colabore.

Como a economia colaborativa está revolucionando a vida de freelancers

Os modelos de colaboração entre redes de pessoas e instituições são uma tendência forte hoje em dia, entretanto não representam um conceito novo. Desde os tempos do escambo, a partir do momento em que existe uma relação de confiança, pode haver uma co-laboração ou permuta.

 O fenômeno de possibilidades que a tecnologia e a internet abrem, tem um impacto intenso nas relações sociais, no empreendedorismo e também nas relações profissionais. São criadas outras formas de fazer motivadas pela vontade de realizar algo em conjunto, trazendo vantagens para todos e inclusive incentivando a redução do consumismo. As necessidades se conectam com as habilidades, sem necessariamente ter uma transação financeira envolvida.

 As startups Airbnb e Uber trouxeram uma visão similar, rompendo com o formato tradicional e se utilizando fortemente do design de serviços para proporcionar experiências diferenciadas. O resultado é uma adesão imensa e também uma grande polêmica gerada por questões como regulação e livre concorrência.

Do ponto de vista do profissional freelancer, esse formato mais aberto e colaborativo representa um espaço enorme para realizar atividades em que pode-se contribuir, experimentar, aprender, e de quebra obter uma maior viabilidade econômica. Pessoas que decidem seguir um caminho alternativo ao sistema empregatício tradicional muitas vezes encontram uma eficiência maior no modelo colaborativo e criativo.

O freelancer tem espaço para empreender, economizar e ampliar o networking. Os próprios espaços de co-working materializam o conceito de compartilhamento – nesse caso de um espaço de trabalho onde os benefícios e experiência podem ir além de apenas um “escritório temporário”. É também uma forma de expandir a conexão em rede e ter acesso direto a múltiplos atores. Por exemplo, um web designer freelancer em algum momento precisará contar com um web developer, um fotógrafo e vice-versa. São inúmeras as possibilidades.

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Foto: Divulgação Nós Coworking

Para muitos, é tempo de fazer a diferença e as pessoas estão enxergando isso. Abrem-se as oportunidades e quem se descobre em algum caminho “autônomo” precisa se reinventar, surfando na onda de toda mudança que o mundo está vivendo, fazendo valer a sua “autonomia”. A troca de prestação de serviços consolida a visão de que juntos podemos ser mais fortes e realizar muito mais do que apenas entregar um trabalho. A atividade tem o poder de conectar pessoas, interesses, culturas e experiências.

Viajar para outros países também passa a ser algo possível e viável para o freelancer que deseja viver a experiência dos nômades digitais. Recentemente conheci um site que me fez abrir a mente sobre tudo isso. O Worldpackers, proporciona essa oportunidade para profissionais autônomos. O serviço conecta as necessidades com as soluções. Lá você pode viajar para diversos lugares do mundo, obtendo hospedagem, alimentação e outros benefícios em troca de prestar serviços de acordo com suas habilidades.

Em momentos da minha carreira como freelancer, utilizei do modelo colaborativo e isso fortaleceu bastante a conexão entre os envolvidos. Um fato muito interessante que podemos observar nesse movimento é o ressurgimento da confiança como elemento que estabiliza as relações. Para funcionar bem é preciso ter total responsabilidade e comprometimento, de ambos os lados.

Não sabemos o futuro do modelo colaborativo e as implicações que podem ocorrer, mas imaginando isso em uma escala ampla e variada, seria uma revolução do ponto de vista econômico e das relações sociais. Em tempos que se fala de crise econômica, o freelancer tem em suas mãos a possibilidade de criar e experimentar os mais diversos formatos livrando-se de padrões estabelecidos para alavancar sua carreira profissional e experiências de vida.

 

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Test drive: duas semanas como Freelancer e Nômade Digital

Neste ano eu fui demitida. Posso ter virado estatística da crise, mas surpreendentemente foi a melhor coisa que poderia ter me acontecido. A ideia de ser nômade digital surgiu há mais de um ano, mas o medo de largar tudo era sempre muito grande. A demissão foi o pontapé que eu precisava para começar a minha vida de freelancer e poder trabalhar em qualquer lugar do mundo. Rotinas sempre me desgastaram e agora eu tenho a liberdade de escolher os meus horários.

Viajar exige um bom investimento e uma boa reserva de emergência, mas há maneiras de se fazer isso gastando muito pouco. Uma delas foi a que eu escolhi para fazer o test drive dessa experiência. Para começar, trabalhei por duas semanas em um hostel no Rio de Janeiro – fiz isso por intermédio do site Worldpackers. Em troca eu recebi hospedagem e café da manhã. Foi uma experiência incrível. Tive a oportunidade de conhecer pessoas de vários lugares do mundo e colocar meu inglês para trabalhar, sem falar nas novas amizades.

A minha visão sobre o Rio de Janeiro também mudou muito e separei um lugarzinho no meu coração só para o bairro das Laranjeiras. Aprendi a perder a vergonha de puxar conversa com desconhecidos e a relaxar com relação ao que os outros pensam de mim.

Bairro das Laranjeiras no Rio de Janeiro
Bairro das Laranjeiras no Rio de Janeiro

Mas, como nem tudo são flores, vamos à parte prática do negócio:

– Duas semanas é pouco tempo. Você precisa conciliar o horário de trabalho no hostel com o tempo dedicado aos freelas e ainda conhecer a cidade e sair para se divertir. Acabou ficando meio corrido, principalmente porque tem muita coisa legal pra se fazer no Rio e, se bobear, eu podia acabar perdendo os prazos de entrega.

– O meu horário era das 16h às 22h e eu folgava nas terças e quintas, então dava pra aproveitar bem o dia e a noite. Mas, se você for como eu, pode ser um pouco dolorido ficar preso a esse horário. E é justamente isso que está me segurando um pouco no meu home office. Ainda estou avaliando as outras possibilidades de hospedagem para poder dar uma variada.

– Viajar sozinha abriu portas para novas amizades e a parte mais difícil dessa experiência era quando elas tinham que voltar pra casa. Mesmo mantendo contato com os novos amigos, é preciso estar preparado para amizades efêmeras. E é preciso estar preparado para passar muito tempo sozinho também. Isso ajuda muito no autoconhecimento, mas não é uma tarefa muito fácil. Eu moro sozinha há anos e mesmo assim não foi fácil para mim porque sou acostumada a ver meu namorado e meus amigos queridos com muita frequência.

Se você se interessou por esse estilo de vida te aconselho a acompanhar os sites Nômades Digitais, Pequenos Monstros e o Projeto ViraVolta. Para hospedagem, além do Worldpackers, também procure o Workaway e alguns sites de housesitting, que são uma baita oportunidade para viajar economizando. E, claro, use e abuse do titio Google, seu melhor companheiro.

Revisão: Rosana Rosar

 

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