Podcast: Economia Colaborativa

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A chamada “Economia Colaborativa” é uma nova forma de encarar o mundo e de fazer negócios. Dentro desse conceito, a posse perde espaço para o compartilhamento, e troca, de bens e serviços. Empresas como Airbnb, Uber, Bliive, Couchsurfing, Worldpackers e a brasileira Tem Açúcar, são ícones deste movimento que, além de promover a empatia e o desapego, tá totalmente alinhado com uma visão de mundo mais sustentável que reduz os danos ao meio ambiente. Mas o que isso significa para o profissional independente que tem pouco capital e precisa alavancar seus projetos? Significa que existe um movimento de pessoas que estão mais abertas a colaborarem entre si para que seus projetos aconteçam sem que isso, necessariamente, envolva dinheiro.

A pauta começa por volta de 13:58

Dá o play e bom podcast para você! :)

Participantes deste episódio

Henrique Pochmann
Aparelho Elétrico
cadu-cassau-youtuber-se-joga-cara Cadu Cassau
Se Joga, Cara!
Vinny Campos Vinny Campos
Studio Lhama

Timeline do podcast

Comentários

Programa

  • Economia colaborativa é um nome novo pra permuta?;
  • Economia colaborativa estimula a empatia;
  • Vídeo Maragogi no canal do Cadú;
  • Site WorldPackers;
  • Site Workqway.info;
  • Experiências incríveis que um voluntariado pode proporcionar;
  • A diferença de favor e troca de serviços;
  • O podcast do Aparelho Elétrico é um exemplo de projeto colaborativo;
  • Em projetos colaborativos, o laço criado é mais forte do que o criado em projetos comerciais;
  • É preciso manter o equilíbrio na pauta. É ótimo fazer projeto colaborativos, mas não pode faltar dinheiro no caixa;
  • Quando o cliente sugere permuta parece oportunismo;
  • A Economia Colaborativa nos ensina a não ver os indivíduos meramente como cifras;
  • Aplicativo de carona, BlaBlaCar;
  • Aplicativo troca de utensílios entre vizinhos, Tem Açúcar;
  • O dono de uma furadeira em toda a vida dele, em média, ele usa a furadeira por apenas 14 minutos;
  • Nos condomínios, é um desperdício cada apartamento ter as suas ferramentas. O condomínio poderia ter tudo e ser de uso coletivo;
  • Hortas comunitárias;
  • Como conduzir as trocas de serviço na prática;
  • Terra Luminous;
  • Nas Daily;
  • Ricardo Darin falando sobre dinheiro em entrevista;
  • B9: Hotéis estão reclamando do número de influenciadores;
  • “Publica no teu Instagram que a gente te manda um fardinho de Red Bull”;

Ficha Técnica

Data da gravação da pauta principal: 13/07/2018
Higienização do Áudio: Tomate Cereja

O que você pensa sobre a Economia Colaborativa?

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Como a economia colaborativa está revolucionando a vida de freelancers

Os modelos de colaboração entre redes de pessoas e instituições são uma tendência forte hoje em dia, entretanto não representam um conceito novo. Desde os tempos do escambo, a partir do momento em que existe uma relação de confiança, pode haver uma co-laboração ou permuta.

 O fenômeno de possibilidades que a tecnologia e a internet abrem, tem um impacto intenso nas relações sociais, no empreendedorismo e também nas relações profissionais. São criadas outras formas de fazer motivadas pela vontade de realizar algo em conjunto, trazendo vantagens para todos e inclusive incentivando a redução do consumismo. As necessidades se conectam com as habilidades, sem necessariamente ter uma transação financeira envolvida.

 As startups Airbnb e Uber trouxeram uma visão similar, rompendo com o formato tradicional e se utilizando fortemente do design de serviços para proporcionar experiências diferenciadas. O resultado é uma adesão imensa e também uma grande polêmica gerada por questões como regulação e livre concorrência.

Do ponto de vista do profissional freelancer, esse formato mais aberto e colaborativo representa um espaço enorme para realizar atividades em que pode-se contribuir, experimentar, aprender, e de quebra obter uma maior viabilidade econômica. Pessoas que decidem seguir um caminho alternativo ao sistema empregatício tradicional muitas vezes encontram uma eficiência maior no modelo colaborativo e criativo.

O freelancer tem espaço para empreender, economizar e ampliar o networking. Os próprios espaços de co-working materializam o conceito de compartilhamento – nesse caso de um espaço de trabalho onde os benefícios e experiência podem ir além de apenas um “escritório temporário”. É também uma forma de expandir a conexão em rede e ter acesso direto a múltiplos atores. Por exemplo, um web designer freelancer em algum momento precisará contar com um web developer, um fotógrafo e vice-versa. São inúmeras as possibilidades.

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Foto: Divulgação Nós Coworking

Para muitos, é tempo de fazer a diferença e as pessoas estão enxergando isso. Abrem-se as oportunidades e quem se descobre em algum caminho “autônomo” precisa se reinventar, surfando na onda de toda mudança que o mundo está vivendo, fazendo valer a sua “autonomia”. A troca de prestação de serviços consolida a visão de que juntos podemos ser mais fortes e realizar muito mais do que apenas entregar um trabalho. A atividade tem o poder de conectar pessoas, interesses, culturas e experiências.

Viajar para outros países também passa a ser algo possível e viável para o freelancer que deseja viver a experiência dos nômades digitais. Recentemente conheci um site que me fez abrir a mente sobre tudo isso. O Worldpackers, proporciona essa oportunidade para profissionais autônomos. O serviço conecta as necessidades com as soluções. Lá você pode viajar para diversos lugares do mundo, obtendo hospedagem, alimentação e outros benefícios em troca de prestar serviços de acordo com suas habilidades.

Em momentos da minha carreira como freelancer, utilizei do modelo colaborativo e isso fortaleceu bastante a conexão entre os envolvidos. Um fato muito interessante que podemos observar nesse movimento é o ressurgimento da confiança como elemento que estabiliza as relações. Para funcionar bem é preciso ter total responsabilidade e comprometimento, de ambos os lados.

Não sabemos o futuro do modelo colaborativo e as implicações que podem ocorrer, mas imaginando isso em uma escala ampla e variada, seria uma revolução do ponto de vista econômico e das relações sociais. Em tempos que se fala de crise econômica, o freelancer tem em suas mãos a possibilidade de criar e experimentar os mais diversos formatos livrando-se de padrões estabelecidos para alavancar sua carreira profissional e experiências de vida.

 

Todas as informações contidas neste artigo são de responsabilidade do seu autor e não necessariamente refletem a opinião do site. Quer publicar suas ideias no Aparelho Elétrico? Colabore.

Test drive: duas semanas como Freelancer e Nômade Digital

Neste ano eu fui demitida. Posso ter virado estatística da crise, mas surpreendentemente foi a melhor coisa que poderia ter me acontecido. A ideia de ser nômade digital surgiu há mais de um ano, mas o medo de largar tudo era sempre muito grande. A demissão foi o pontapé que eu precisava para começar a minha vida de freelancer e poder trabalhar em qualquer lugar do mundo. Rotinas sempre me desgastaram e agora eu tenho a liberdade de escolher os meus horários.

Viajar exige um bom investimento e uma boa reserva de emergência, mas há maneiras de se fazer isso gastando muito pouco. Uma delas foi a que eu escolhi para fazer o test drive dessa experiência. Para começar, trabalhei por duas semanas em um hostel no Rio de Janeiro – fiz isso por intermédio do site Worldpackers. Em troca eu recebi hospedagem e café da manhã. Foi uma experiência incrível. Tive a oportunidade de conhecer pessoas de vários lugares do mundo e colocar meu inglês para trabalhar, sem falar nas novas amizades.

A minha visão sobre o Rio de Janeiro também mudou muito e separei um lugarzinho no meu coração só para o bairro das Laranjeiras. Aprendi a perder a vergonha de puxar conversa com desconhecidos e a relaxar com relação ao que os outros pensam de mim.

Bairro das Laranjeiras no Rio de Janeiro
Bairro das Laranjeiras no Rio de Janeiro

Mas, como nem tudo são flores, vamos à parte prática do negócio:

– Duas semanas é pouco tempo. Você precisa conciliar o horário de trabalho no hostel com o tempo dedicado aos freelas e ainda conhecer a cidade e sair para se divertir. Acabou ficando meio corrido, principalmente porque tem muita coisa legal pra se fazer no Rio e, se bobear, eu podia acabar perdendo os prazos de entrega.

– O meu horário era das 16h às 22h e eu folgava nas terças e quintas, então dava pra aproveitar bem o dia e a noite. Mas, se você for como eu, pode ser um pouco dolorido ficar preso a esse horário. E é justamente isso que está me segurando um pouco no meu home office. Ainda estou avaliando as outras possibilidades de hospedagem para poder dar uma variada.

– Viajar sozinha abriu portas para novas amizades e a parte mais difícil dessa experiência era quando elas tinham que voltar pra casa. Mesmo mantendo contato com os novos amigos, é preciso estar preparado para amizades efêmeras. E é preciso estar preparado para passar muito tempo sozinho também. Isso ajuda muito no autoconhecimento, mas não é uma tarefa muito fácil. Eu moro sozinha há anos e mesmo assim não foi fácil para mim porque sou acostumada a ver meu namorado e meus amigos queridos com muita frequência.

Se você se interessou por esse estilo de vida te aconselho a acompanhar os sites Nômades Digitais, Pequenos Monstros e o Projeto ViraVolta. Para hospedagem, além do Worldpackers, também procure o Workaway e alguns sites de housesitting, que são uma baita oportunidade para viajar economizando. E, claro, use e abuse do titio Google, seu melhor companheiro.

Revisão: Rosana Rosar

 

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