Test drive: duas semanas como Freelancer e Nômade Digital

Neste ano eu fui demitida. Posso ter virado estatística da crise, mas surpreendentemente foi a melhor coisa que poderia ter me acontecido. A ideia de ser nômade digital surgiu há mais de um ano, mas o medo de largar tudo era sempre muito grande. A demissão foi o pontapé que eu precisava para começar a minha vida de freelancer e poder trabalhar em qualquer lugar do mundo. Rotinas sempre me desgastaram e agora eu tenho a liberdade de escolher os meus horários.

Viajar exige um bom investimento e uma boa reserva de emergência, mas há maneiras de se fazer isso gastando muito pouco. Uma delas foi a que eu escolhi para fazer o test drive dessa experiência. Para começar, trabalhei por duas semanas em um hostel no Rio de Janeiro – fiz isso por intermédio do site Worldpackers. Em troca eu recebi hospedagem e café da manhã. Foi uma experiência incrível. Tive a oportunidade de conhecer pessoas de vários lugares do mundo e colocar meu inglês para trabalhar, sem falar nas novas amizades.

A minha visão sobre o Rio de Janeiro também mudou muito e separei um lugarzinho no meu coração só para o bairro das Laranjeiras. Aprendi a perder a vergonha de puxar conversa com desconhecidos e a relaxar com relação ao que os outros pensam de mim.

Bairro das Laranjeiras no Rio de Janeiro
Bairro das Laranjeiras no Rio de Janeiro

Mas, como nem tudo são flores, vamos à parte prática do negócio:

– Duas semanas é pouco tempo. Você precisa conciliar o horário de trabalho no hostel com o tempo dedicado aos freelas e ainda conhecer a cidade e sair para se divertir. Acabou ficando meio corrido, principalmente porque tem muita coisa legal pra se fazer no Rio e, se bobear, eu podia acabar perdendo os prazos de entrega.

– O meu horário era das 16h às 22h e eu folgava nas terças e quintas, então dava pra aproveitar bem o dia e a noite. Mas, se você for como eu, pode ser um pouco dolorido ficar preso a esse horário. E é justamente isso que está me segurando um pouco no meu home office. Ainda estou avaliando as outras possibilidades de hospedagem para poder dar uma variada.

– Viajar sozinha abriu portas para novas amizades e a parte mais difícil dessa experiência era quando elas tinham que voltar pra casa. Mesmo mantendo contato com os novos amigos, é preciso estar preparado para amizades efêmeras. E é preciso estar preparado para passar muito tempo sozinho também. Isso ajuda muito no autoconhecimento, mas não é uma tarefa muito fácil. Eu moro sozinha há anos e mesmo assim não foi fácil para mim porque sou acostumada a ver meu namorado e meus amigos queridos com muita frequência.

Se você se interessou por esse estilo de vida te aconselho a acompanhar os sites Nômades Digitais, Pequenos Monstros e o Projeto ViraVolta. Para hospedagem, além do Worldpackers, também procure o Workaway e alguns sites de housesitting, que são uma baita oportunidade para viajar economizando. E, claro, use e abuse do titio Google, seu melhor companheiro.

Revisão: Rosana Rosar

 

Todas as informações contidas neste artigo são de responsabilidade do seu autor e não necessariamente refletem a opinião do site. Quer publicar suas ideias no Aparelho Elétrico? Colabore.

Podcast: É possível ser freelancer e nômade digital?

Conversei com Nini Ferrari e Vinny Campos, e também com Carol Marques e Denny Serejo. Os dois casais estão passando uma temporada percorrendo o mundo e se sustentam trabalhando como freelancers remotamente.

Se você já estava com a pulga atrás da orelha, louco de vontade de ir viajar, cuidado: este podcast vai deixar você com vontade de fazer as malas hoje mesmo.

Participantes deste episódio

SEO Freelancer Henrique Pochmann

Henrique Pochmann
Web Designer / SEO Freelancer
Editor do Aparelho Elétrico

 nini-ferrari-freelancer-e-nomade-digital

Nini Ferrari
Designer no Studio Lhama e nômade digital no blog A Path to Somewhere

 vinny-campos-freelancer-e-nomade-digital

Vinny Campos
Designer no Studio Lhama e nômade digital

 carolina-marques-freelancer-e-nomade-digital

Carolina Marques
Freelancer em tradução e produção de conteúdo e nômade digital. Mantém o blog Na Palma do Mundo.

 denny-serejo-freelancer-e-nomade-digital

Denny Serejo
Programador freelancer e nômade digital. Mantém o blog Na Palma do Mundo.

 

Alguns pontos altos da conversa

  • Como uma administradora e um engenheiro viraram freelancers;
  • Passando de freelancer para nômade digital;
  • Lidando com clientes a distância;
  • Como lidar com o notebook e os arquivos de trabalho;
  • O que não pode faltar na mochila de um nômade digital;
  • O adaptador universal;
  • Dificuldades com a comunicação em outra língua;
  • Como receber pagamentos durante a viagem;
  • Reserva financeira;
  • Clientes locais ou de outros países?
  • Onde conseguir clientes;
  • Receber pagamentos em moedas mais fortes;
  • Como calcular o valor do serviço em outra moeda;
  • Como acontece a comunicação com clientes de outra língua;
  • Lidando com o fuso horário;
  • Falando inglês;
  • A maior dificuldade de um nômade digital;

 

Pra encerrar…

Você já é nômade digital? Tem vontade de ser? Conta pra mim aqui nos comentários a sua experiência com o tema, vamos explorar mais o assunto e gerar mais conteúdo pra quem trabalha como freelancer.

 

Posso te pedir um favor?

Se você acha que esse conteúdo é útil, compartilhe ele nas suas redes sociais. Isso ajuda o Aparelho Elétrico a continuar publicando conteúdo de qualidade de forma gratuita.

Cadastre-se na nossa newsletter e seja avisado da publicação de novos podcasts como esse. Basta colocar seu e-mail no box abaixo.

Abraço e até a próxima!