Edith Zimmerman é uma escritora, editora e ilustradora que vive em Nova York. Seu site contém links de contribuições para publicações como a revista GQ e o The New York Times Magazine. Atualmente, ela escreve para o site The Cut e produz para publicação Spiralbound, que divulga ilustradores no Medium.
No dia 21 de fevereiro, Edith publicou, no Spiralbound, uma série de tirinhas que contam sua experiência de um ano de sobriedade. O material, que rende mais de meia hora de leitura, não segue uma linha cronológica e chega a subverter as estruturas mais clássicas de storytelling. Usando apenas o preto-e-branco e sua própria letra, ela conta de maneira autêntica e específica como começou a olhar para o vinho como seu melhor amigo.
A narrativa é extremamente pessoal e, consequentemente, bastante engajadora. Inclusive, a peça chegou a ser definida pela revista Woolly — especializada em bem-estar — como um “graphic memoir” (algo como uma “autobiografia gráfica”, em português). Ao longo dos quadrinhos, a escritora compartilha não só suas percepções sobre o álcool e vícios de maneira geral, mas, também, como a sobriedade alterou suas percepções sobre a vida e suas perspectivas para o futuro.
Zimmerman mescla pensamentos mais sérios com anedotas e conteúdo mais leves (como quando decide calcular uma estimativa de quanto de vinho já bebeu e se isso daria para encher uma piscina), além de mostrar quais livros, vídeos e reportagens a ajudaram durante seu processo de desintoxicação.
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No episódio de hoje eu bati um papo com meu amigo e talentoso ilustrador, Matheus Christovam, que tá lançando um WorkShop de vetorização (link afiliado). A gente falou sobre ilustração, vetorização, roubo de imagens, coworking, produtos digitais e vários outros assuntos interessantes.
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O mercado da ilustração é vasto. Você pode trabalhar com cinema, games, quadrinhos, propaganda, ilustração científica, etc… mas qual é a melhor maneira de entrar nesse universo e ganhar a atenção dos contratantes? No episódio de hoje, Henrique Lira e Marco Alvares da Iconic Academy contam um pouco da sua trajetória na ilustração e compartilham dicas e macetes pra você começar com o pé direito na área. Pega o fone, aumenta o volume e dá o play!
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#AbrindoACaixaPreta é a seção do Aparelho Elétrico onde a gente busca mostrar mais do que o olho pode ver. A ideia é desvendar detalhes e desafios dos bastidores de projetos foda.
Por aqui já conversamos com o Róbsom Aurélio, criador da fonte Rooftop, e hoje é a vez de batermos um papo com a ilustradora Clau Souza, que ilustrou os 20 personagens da Escolinha do Professor Raimundo.
Vem saber mais sobre esse projeto, rola aí pra baixo!
Oi, Clau! Seja muito bem-vinda às nossas humildes instalações aqui no Aparelho Elétrico. Nossa ideia aqui hoje é principalmente revelar alguns detalhes sobre o processo de produção das tuas ilustrações da Escolinha do Professor Raimundo. Mas antes eu gostaria que você contasse um pouco da tua trajetória profissional até o momento atual.
Por mais estranho que seja, meu trabalho com ilustração começou quando eu ainda trabalhava como redatora numa agência de publicidade. Na época a agência tinha contratado um estúdio de ilustração para fazer um storyboard de um VT e eles furaram a entrega e eu me ofereci pra desenhar (muito timidamente). Tudo foi feito de um jeito bem cru, mas que resolveu naquela hora, então tudo certo!
Depois disso parti pra um estúdio de ilustração em muitos trancos e barrancos, voltei para a vida de agência e acabei focando em ilustração. Era um ritmo frenético, como em toda agência, né?! Tudo ia bem, os jobs de ilustração não paravam de entrar e eu me sentia a última bolacha do pacote.
Até que um dia o volume começou a diminuir e o que me destacava na criação, acabou sendo o motivo do meu pé na bunda! A vida é uma ironia! O desespero bateu, porque tive que diminuir os créditos das aulas pra dar conta de pagar a faculdade, mas já engatei um outro emprego numa house e foi aí que comecei a fazer os freelas.
Dois anos com os freelas, me mudei pra Curitiba e abri o Estúdio Borogodó com o meu marido e artefinal Alexandre Saito e começamos a trabalhar com projetos maiores.
Depois de pouco mais de 2 anos com o Estúdio, também abrimos a Lojinha e os Cursos Criativos e estamos há um mês aqui no Canadá! A ideia é que aqui a gente amplie nossos serviços e comece a trabalhar no mercado internacional :D
As ilustrações da Escolinha fazem parte de um projeto pessoal seu. Qual é a mágica pra fazer um projeto pessoal acontecer em paralelo a pauta do dia-a-dia? No vídeo que você publicou falando do projeto, você contou que reservou 1h/dia para estudar cada personagem. Tem como detalhar um pouco mais, quais foram as etapas? Você usou alguma ferramenta/app pra te ajudar a se organizar?
A mágica acontece com planejamento! Como eu comentei no vídeo, se você quer conciliar os jobs de clientes com projetos pessoais é preciso organização e muito empenho. E olha que mesmo planejando tem horas que os prazos ficam apertados e você precisa dar prioridade aos clientes, então são os fins de semana que entram na roda!
Especialmente no mês que resolvi criar o projeto da Escolinha, o volume de trabalho estava pesadíssimo – mas precisa ter foco na missão!
Pra me organizar eu uso o aplicativo CoSchedule que foi uma solução super prática pra eu enxergar toda a minha agenda: as demandas do Estúdio, Lojinha, blog e cursos – e, claro, os projetos pessoais.
E contando um pouco mais sobre as etapas do projeto da Escolinha:
1. Escolhi o tema e o que eu queria estudar – nesse caso estudo de rostos.
2. Parti para o estudo de vídeos e fotos dos personagens antigos e da nova versão. Nessa hora os vídeos são mais úteis, porque mostram os trejeitos e expressões dos personagens (tudo em movimento).
3. Com vídeos e fotos à disposição, começo os rafes! A quantidade varia, mas sempre são, no mínimo, 4 rafes pra escolher um deles para finalizar. Nessa fase tomo notas de alguns pontos chaves como formatos de rosto, se a expressão está convencendo, se preciso reforçar alguma coisa.
4. Com o rafe escolhido, passo para o computador e redesenho tudo no Illustrator. É nessa fase que defino a paleta. Nesse caso quis manter minha identidade com uma proposta colorida e enxuta, mas queria dar um tom retrô, pela série ter toda essa onda nostálgica.
5. No final repasso cada personagem e adiciono os acabamentos, como as padronagens e outros ajustes finos e finalizo a composição do poster. Foi!
Qual foi o maior desafio que você enfrentou durante o processo?
Como eu trabalho principalmente com projetos infantis, existem expressões que são pouco trabalhadas nos jobs, além do fato de que com o tempo você pode criar certas fórmulas na hora de desenhar e ficar preso a determinadas expressões, sem nem notar.
A gente acaba tendo uma tendência a desenhar os mesmos formatos de rosto, os mesmos tons, as mesmas expressões – aquilo que já sabemos que funciona.
E os projetos pessoais estão aí pra isso: testar novas possibilidades e praticar aquilo que não costumamos fazer em jobs para clientes. E personagens cômicos como os da Escolinha são uma aula (trocadilho alert!), desde as expressões até o figurino.
Veja abaixo o vídeo do Processo Criativo da Clau Souza para ilustrar os personagens. A entrevista continua na seqüência.
No vídeo você conta que a Escolinha do Professor Raimundo marcou a sua infância, então foi uma escolha natural. Mas qual seria uma outra opção, qual turma de personagens você também gostaria de ilustrar e por quê?
Antes da Escolinha eu comecei a fazer alguns rafes da segunda temporada do True Detective e eles inclusive vieram comigo aqui pro Canadá.
Adorei a série e as expressões dos personagens são tão profundas e sinistras, que seria legal testar algo tão pesado com um toque fofo!
Também cogito a ideia de fazer uma coleção relacionada a religiões com imagens como o Buda, Ganesha. Gosto muito de representar a fé e seus mais diferentes formatos… quem sabe!
Se você tivesse que refazer o projeto com o conhecimento que tem agora. Você faria algo diferente?
Na verdade quem trabalha com criação sempre pensa que poderia melhorar e se deixar eu fico mexendo na ilustra por um ano! Na minha cabeça, sempre dá pra fazer algum detalhe diferente, mas eu respeito muito as fases da carreira e a história de cada projeto, até porque é muito bom ver o quanto evoluímos.
Por que investir tempo em um projeto pessoal como esse, os jobs do cotidiano não estavam mais te desafiando, faltava liberdade de criação para mostrar o teu potencial?
Na verdade eu não enxergo exatamente dessa forma. Quando os clientes te contratam eles enxergam no seu portfólio o que você pode oferecer para eles, então fica mais fácil se eles conseguirem ter isso mais a mão. Sabe aquela história de ver com a mão?!
O meu portfólio é bem focado em personagens, mas existem projetos com abordagens diferentes e isso se deve muito as experiências que fiz paralelamente aos jobs.
Merecidamente as ilustrações ganharam atenção de alguns blogs especializados. E você também trabalha com uma assessoria de imprensa. Quando você viu que precisava profissionalizar essa área e quanto isso tem colaborado para divulgar o teu trabalho?
A partir do momento que abri o Estúdio muita coisa mudou (e não foram só os impostos!). Eu vejo que chega um momento que você tem que dar um passo maior para ter maiores resultados.
Meu sócio cuida da parte administrativa, temos um comercial focado na Lojinha, também abrimos para distribuição para lojas de todo o Brasil, contratamos um especialista em SEO e recentemente contratamos a assessoria de imprensa, que é uma importante ferramenta que nos ajuda a chegar em mídias especializadas.
Notei que precisávamos começar a construir nossa marca e reforçar que estamos aqui criando muitos projetos bacanas.
Quais são os planos pra essas ilustrações agora, vão virar produtos na tua loja? Você vê o e-commerce como uma opção para os ilustradores conseguirem incrementar a renda? Conta um pouco sobre a tua “lojinha”.
Nós ainda estamos pesquisando sobre os direitos da Escolinha para comercializar o poster na Lojinha, mas em breve teremos uma posição sobre isso, até porque o pessoal está pedindo!
E sim, uma loja online é uma forma muito bacana de incrementar a renda do ilustrador, mas ela não vende sozinha. Aprendi que pra fazer a roda girar você tem que investir, tempo e dindin!
Na nossa Lojinha vendemos pôsteres com minhas ilustrações e começamos com a Coleção Bença, retratando alguns dos santos mais populares do Brasil. Como disse gosto muito de temas relacionados a fé e foi muito amor criar essa coleção! Também temos os pôsteres personalizados, que o pessoal ama demais: tem poster de família, de casal e outras opções para encomendar sob medida!
Vejo que você é bastante empreendedora. Além de trabalhar como ilustradora, você tem um e-commerce, produzconteúdo e também dá aulas de ilustração. Isso é um reflexo do seu perfil ou é uma necessidade imposta pelo mercado da ilustração no Brasil?
Sinceramente, ambos! Mas essas várias frentes foram surgindo aos poucos, de acordo com as demandas.
O curso de carreira ilustrador por exemplo, surgiu porque aspirantes a ilustrador começaram a mandar emails aflitos e eu sei bem como é enfrentar os desafios do começo de carreira e como é importante ter uma fonte de informação amiga :)
Clau, muito obrigado por dedicar um tempo para bater esse papo com a gente e revelar um pouco mais dos detalhes por trás do teu trabalho. Gostaria que você deixasse as tuas redes sociais e demais links para quem quiser saber mais sobre o teu trabalho ou fazer o teu curso. Fica à vontade.
Imagina, foi um prazer dar um alô por aqui! Beijos e queijos pra vocês, queridões!
O que você achou da entrevista com a Clau Souza? Você já havia pensando em quantas oportunidades existem no mercado de ilustração: aulas, loja virtual, produção de conteúdo…? Vamos continuar esse papo na caixa de comentários abaixo.
Na seção inspiração você encontra mais projetos legais como esse.
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