Podcast: Como não fazer negócios – Fyre Festival

O Fyre Festival ficou conhecido como o mais luxuoso festival de música que nunca existiu. Ele deveria ter acontecido em Abril de 2017, mas não deu muito certo.

Mirando em millenials dispostos a gastar os tubos por diferenciação, o Fyre prometia hospedar glamurosamente um número limitado de pessoas em uma ilha privada e paradisíaca das Bahamas.

O vídeo de lançamento – que contava com a presença de supermodelos como Alessandra Ambrósio, Emily Ratajkowsky e Hailey Baldwin, anunciava o mais alto nível em termos de comida, arte, música e aventuras. Alguns ingressos chegavam ao patamar de 100 mil dólares.

Mas o que tinha tudo pra render a experiência imersiva da década – e fotos ensolaradas no Instagram – no final das contas, se transformou em pura frustração.

A ilha não tinha a menor estrutura pra comportar o festival. E a organização não forneceu nada do que tinha prometido. Não tinha show, não tinha acomodação, não tinha comida e ainda faltava água pra todo mundo.

Então, no episódio de hoje, a gente vai explorar toda essa história do Fyre Festival pra falar sobre “como não se deve fazer negócios”.

Dá o play e bom podcast pra você.

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Participantes deste episódio

Henrique Pochmann
Aparelho Elétrico
Giovanna Beltrão
@giovannabeltrao
Vinny Campos

Vinny Campos
@vinny_campos

Timeline do podcast

  • Produzindo um festival sem garantia de retorno;
  • Mudou o foco do negócio: do aplicativo para o festival;
  • Ja Rule quer fazer um novo aplicativo e festival;
  • Documentário Fyre Festival na Netflix;
  • A pergunta é: a ideia é viável ou não?
  • Muito dinheiro levantado para o festival que poderia ter sido usado no aplicativo;
  • A pulseira que criaram para arrecadar dinheiro e finalizar o evento;
  • Gerenciando a crise nas redes sociais;
  • “Somos orientados à soluções”;
  • Além do Billy Mcfarland, a equipe também tem sua parcela de culpa;
  • Documentário sobre a Theranos; The Inventor;
  • Timeline dos acontecimentos;
  • Se você trabalha pra um charlatão, você tem responsabilidade nisso;
  • Dinheiro não resolve tudo;
  • O impacto na vida dos moradores da ilha que trabalharam no festival;
  • Billy Mcfarland após o não-festival, criou outro negócio fraudulento;
  • Série HBO Silicon Valley;

Ficha Técnica

Data da gravação: 23/05/2019
Higienização do áudio: Tomate Cereja Produtora

O que você achou desse papo?

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Conteúdo em vídeo, diversidade e inovação na indústria marcam o Case 2018

Mais de 5 mil participantes circulando entre mais de 50 palestras, mesas e estandes de empresas. Para quem entrasse no CASE 2018, tudo parecia uma festa: conversas animadas, campeonato de Fifa, parede de escalada e máquinas com bichinhos de pelúcia. Apesar disso, o objetivo dos participantes era bem sério: fazer negócios, networking e adquirir conhecimento.

Escalada no Case 2018

A prova disso estava logo na entrada, no primeiro andar (eram três!), onde aconteciam as ativações de marketing. As longas mesas pretas próximas da entrada sempre estavam cheias de empreendedores, programadores e outros participantes discutindo ideias em volta de um notebook com projetos e ideias na tela. Era difícil até mesmo passar pelo local.

Um dos espaços, quase sempre lotados, era do Sebrae. Com um belo aproveitamento de espaço (coube até uma pequena arquibancada), os empreendedores apresentavam seus pitches, sob os olhares atentos dos demais participantes. Mas o grande foco das palestras deste espaço no primeiro andar foram as inovações da indústria, a importância dos conteúdos em vídeo e as discussões sobre diversidade.

Michelle Schneider do LinkedIn, por exemplo, começou a apresentar a rede social para os poucos que ainda não a conheciam. Mas a virada veio em seguida, com um guia bem específico sobre como os conteúdos audiovisuais são as estrelas do engajamento de hoje. As startups aprenderam a se aproveitar do vídeo e da rede, mesmo se tiverem poucos profissionais e baixo orçamento.

Michelle fez o dever de casa ao entregar aos participantes coisas que eles pudessem levar para os seus negócios. Afinal, o objetivo destas palestras é adquirir conhecimento, reciclar, se renovar. Não apenas apresentar produtos, como fez algumas das enfadonhas falas de representantes da PlayPlus, o streaming da TV Record, e a AWS, serviço de armazenamento de dados da Amazon, que já contava com um estande para isso.

Marcos Castro no palco

Até mesmo o youtuber Marcos Castro, do canal Castro Brothers, conseguiu trazer para os empreendedores lições valiosas do uso do vídeo e como a inovação pode fazer seu negócio crescer. Para quem quiser saber, a fórmula é a seguinte:

  • Analisar tendências;
  • Verificar se a empresa tem o que é necessário;
  • Usar a marca e a própria assinatura para gerar um produto ou serviço próprio e diferenciado;
  • Descobrir e valorizar os talentos pessoais.

Diversidade

Em tempos de polarização na recepção de mensagens das marcas pelo público, as palestras sobre diversidade encheram a sala, mesmo que pequena. Isso mostra que empresas e empreendedores estão ávidos por saber a linguagem certa para falar com seus públicos, sem cair em peças que saem pela culatra.

Dilma Souza Campos explicou as diferenças entre diversidade e inclusão (na bela analogia dela: a primeira é quando te convidam para uma festa, a segunda é quando te chamam para dançar). É importante entender que todos os profissionais têm viés inconsciente. Os erros de comunicação não são propositais, mas a falta de novos olhares em uma equipe de criação diversa.

Diversidade e Inclusão

No meio do evento, foi uma grata surpresa encontrarmos um grupo de empreendedores goianos que topou posar para uma foto com a bandeira do estado, antes de confraternizarem um pouco e saírem correndo para suas palestras e negócios.

O CASE mostra o peso que tem para as startups, profissionais e grandes empresas que querem vender seus serviços. A conexão entre os três atores foi o que mais marcou o evento e mostra que esta pode ser a tendência dos negócios na área, até mesmo pelo número de estandes que tratavam deste objetivo.

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O que rolou no RD Summit 2018

RD o quê?

Na primeira semana de novembro aconteceu o RD Summit 2018, em Florianópolis. Para quem não sabe, RD é a sigla da maior empresa de marketing digital da América Latina, a Resultados Digitais. “Summit” é só um complemento, do inglês “topo” ou “cume” – o que de alguma forma, faz sentido.

Fui pela primeira vez ao evento ano passado, por conta própria, arrancando os cabelos e parcelando a perder de vista. Este ano, também compareci, mas a convite do Henrique <3.

Conhecido como a “Disneylândia do marketing digital”, o RD Summit vem atraindo a cada ano mais pessoas desde a sua primeira edição, em 2013. Conversando com uma das organizadoras, soube que este ano passaram pelo local cerca de 12 mil pessoas e que para o ano que vem são esperadas pelo menos 15 mil.

Público via Blog Resultados Digitais

De 2013 pra cá, o projeto cresceu 26 vezes o seu tamanho. De 300 profissionais que ouviam algumas palestras numa salinha de convenções, hoje são contabilizados 8 mil, que chegam de todos os cantos do país, para não falar das 12 trilhas de conteúdo simultâneas e dos 150 palestrantes – nacionais e internacionais! – espalhados por todo o Centro Sul durante os 3 dias.

É absurda a proporção que o evento ganha a cada ano que passa… e você já vai descobrir porque.

O RD Summit não é só um evento de marketing

Vejo que, a cada ano, há uma espécie de tema-chave do evento.

Ano passado a coisa estava muito em cima da automatização de processos e de como podíamos contar com os robôs que chegavam no mercado digital. Os famosos chatbots de hoje eram o tema de ontem e até o fim de 2017, ainda causavam uma certa estranheza.

É impressionante perceber como as coisas mudam em apenas um ano.

Nesta edição, eu diria que o tema-chave do RD foi justamente “acalmar” o fuzuê causado em torno da chegada dos robôs e da inteligência artificial ao mercado de trabalho.

Não que isso já não existisse: é só que, em 2018, ficou evidente.

Por isso, observei que “conexão” era a palavra da vez. Pediram muito que a gente não se esquecesse do quão humanos somos. Falaram de tecnologia sim, falaram de automação e de um futuro mais ágil, mas, de modo geral, dá-lhe humanização.

Como na edição passada, apesar do tema-chave, rola de tudo um pouco. As trilhas de conteúdo se dividem em muitas outras, categorizadas em marketing para iniciantes, marketing avançado, marketing e outros conceitos e por aí vai.

Acompanhei palestras sobre os mais diferentes assuntos, porque, ao contrário do que se pensa, o RD não é só um evento de marketing. Eu diria até que ele não é só um evento para marketeiros: é para qualquer pessoa que se interessa por questões relevantes para a sociedade e o mercado de trabalho em si, como feminismo, inclusão, criatividade, autoconhecimento, flexibilidade, inovação e produtividade.

Muita palestra, pouco tempo!

Alguém já disse antes que quanto mais opções temos, mais angustiados ficamos. Isso é bem verdade para um evento do porte da RD.

São várias palestras ocorrendo simultaneamente, então é preciso filtrar.

No aplicativo do evento, marquei as que me interessavam mais. Confesso que não sou muito fã de coisa técnica, costumo ignorar números e dados estatísticos (sou de Letras, gente!), portanto eu era sempre atraída pelo que me parecia mais… humanizado.

Dentre tanta coisa, vou destacar em tópicos o que mais me chamou a atenção.

Precisamos falar sobre algoritmos

Marcos Piangers via Blog Resultados Digitais

Eu não tive dúvidas da primeira palestra que iria assistir: “A diferença que você faz no mundo”, do Marcos Piangers, um escritor que consegue me tirar do óbvio e falar de tecnologia e humanidade com muito bom humor.

Piangers colocou todo mundo pra pensar quando afirmou que já entregamos nossas vidas para os algoritmos.

Sim, aqueles mesmo, que polemizam as redes sociais, que controlam nossa base de dados no Facebook, que rastreiam nossos desejos, que escutam nossa voz (ou você realmente acha que o fato de aparecer cumbuca em oferta aí na sua tela, logo depois de você ter comentado isso em voz alta, é mera coincidência?).

De uma forma amorosa e ao mesmo tempo raivosa (não me perguntem como!), Piangers escancarou quão viciados estamos, quão dependentes da tecnologia estamos.

Disse que não é de estranhar que o número de suicídios tenha aumentado e a depressão também: nos comparamos o tempo todo e passamos 3x mais tempo olhando para telas do que para as pessoas que convivem conosco.

Achei interessante que ele citou a nossa preferência pelo que faz mal. Nós sabemos que passar muito tempo só rolando o feed do Instagram, por exemplo, pode nos colocar pra baixo, de alguma forma. Mas a gente continua lá.

Uma pesquisa citada por ele mostrou que há diversas atividades melhores e mais interessantes para se fazer na internet, como os podcasts: 96% das pessoas entrevistadas relatou se sentir melhor e mais positiva após ouvir algum podcast, porque isso gera proximidade e traz mais senso de realidade.

Porém, o número de pessoas que prefere ouvir um podcast a se deprimir ou arranjar polêmica em alguma rede social ainda é pequeno. Assustador, não? Mas eu não poderia concordar mais…

Inclusão, feminismo e linguística

Suelen Marcolino / Divulgação

Em comparação ao ano passado, achei que essa edição deu muito mais espaço para mulheres incríveis.

Conheci a Roberta Fofonka na palestra “Quem você está excluindo do seu texto?”, tema que achei sensacional, pois me lembrei das aulas de feminismo e linguística que tive no mestrado, e de como, na época (em 2013), o assunto me pareceu um pouco trivial, exagerado.

Que bom que a gente evolui com o passar dos anos!

Linguagem inclusiva é um assunto que ainda gera muita polêmica, e eu mesma, admito, ainda não consegui encontrar formas de colocar todo mundo no meu texto. O @ já não rola há algum tempo, o x não pode ser lido por deficientes visuais, o “e” confunde… é complicado, mas essencial falar a respeito.

Afinal, já é um avanço ter pessoas um pouco mais conscientes, que percebem quão inadequado é o uso do masculino genérico (“o trabalhador, o sócio, o empregado”) numa sociedade que tanto luta por inclusão.

Também acompanhei a fala da Suelen Marcolino, autoridade do LinkedIn. Ela falou com muita propriedade da realidade que (ainda) vivem as mulheres negras, sobretudo no mercado de trabalho.

Com um domínio de palco admirável e calma na voz, uma fala dela me marcou:

“Se as mulheres e os negros são mais de 50% da população, por que nos julgam minoria? Somos uma maioria minorizada, isso sim”.

Tenho certeza que ela conseguiu tocar muitas pessoas na plateia, e prova disso era o tamanho da fila para chegar até essa mulher assim que a palestra terminou.

Outra que se destacou foi a Nina Silva, diretora do movimento Black Money. Simpática, Nina abordou aspectos da sua trajetória como empreendedora em tecnologia e gestão e também comentou sobre os espaços que as mulheres ocupam. Literalmente, Nina é alguém que nos coloca para pensar fora da caixa.

A era home office

Jacco VanderKooij via Blog Resultados Digitais

Uma palestra que ficou martelando na minha cabeça por vários dias foi a do animado Jacco VanderKooij, criador da Winning By Design.

Na plenária, Jacco ironizou essa onda (bem batida, aliás) das empresas com happy hour e cerveja liberada ao fim do expediente, que investem em mesa de ping-pong, piscina de bolinhas e máquinas de café como pílulas de motivação (detalhe: tudo isso tinha no evento da RD, e sei que essa cultura também existe dentro da empresa, mas só estou reproduzindo o que o maluco no palco falou).

Jacco frisou que o que nós, profissionais criativos, queremos é liberdade: na vida e principalmente no trabalho.

Queremos fazer home office, sim, mas também queremos ir à praia quando a nossa criatividade murchar, queremos que confiem em nós quando dissermos que vamos trabalhar de casa.

Seja como freelancers ou fazendo parte de uma empresa com carteira assinada, o fato é: ninguém quer realmente ficar num escritório todo colorido e divertido, porque isso é mais do mesmo, isso é manutenção do sistema.

Como Piangers também pontuou, aos berros, a real é que:

“Ninguém nasceu pra trabalhar das 8h às 18h, porra!”

Conexões: da rede para a vida real

Beia Carvalho / Divulgação

Em qualquer edição do RD Summit, você pode esperar por muito networking. Acontece sem querer querendo, na fila do banheiro, na saída de uma palestra, pegando um lanche no food truck: conhecer pessoas incríveis por lá é muito fácil.

Esse ano, eu não só conheci pessoas assim, de repente, como também tive a chance de marcar e encontrar alguém do mundo virtual: a Luciane Costa, do Vivendo de Freela. Estávamos assistindo uma palestra futurista da maravilhosa Beia Carvalho e combinamos de nos conhecer assim que acabasse.

Sou fã da Lu há tempos, pois acompanho o blog dela desde 2016, quando comecei a me questionar profissionalmente e querer trabalhar por conta também.

Aliás, esse foi um dos pontos mais legais da palestra que vimos: sabe esse empregão tradicional ao qual você tá tão acostumado aí? Pois é: ele não existirá.

Beia Carvalho confirmou que o negócio será cada vez mais colaborativo no futuro e que emprego certinho não vai ter, mas trabalho, se você quiser, vai ter sim!

Gente disposta a colaborar, a oferecer soluções criativas e diferentes para problemas complexos: esse será o maior desafio do mercado de trabalho do futuro. Inovar não será um diferencial: será óbvio, será o mínimo.

A verdade é que, por mais tecnológico que o futuro possa parecer, não esquecer de nossas habilidades enquanto seres humanos é fundamental.

Martha Gabriel via Blog Resultados Digitais

A palestra da Beia Carvalho me lembrou muito uma frase dita por Martha Gabriel logo no primeiro dia:

“Só humanos robotizados se sentem ameaçados por robôs”.

E não é que é isso mesmo.

Memes no RD Summit: um clássico!

Glória Maria e Gretchen via Blog Resultados Digitais

Para terminar, tivemos a presença de Gretchen e Glória Maria, rainhas dos melhores memes na internet.

Consegui uma foto padrão com a Gretchen, que me recebeu como se eu fosse íntima: “Oi meu amor, tudo bom?” Adoro o jeitão escrachado dela.

Glória Maria fez a gente chorar de rir com uma palestra divertidíssima sobre superação, tirando sarro de si mesma e relembrando suas caras e bocas no telão.

Não sei você, mas eu jamais vou superar essa mulher fumando lá na Jamaica, hahah!

Finalizando…

Foram 3 dias muito intensos. É muito conhecimento de uma vez só, gente! Mas vale a pena, seja você da área de marketing ou não.

Quase posso garantir que só pelo fato de ser humano e, dentre tantas coisas, aprender a se comunicar melhor, você irá gostar. Quer apostar?

E você, já conhecia como funcionava o RD Summit?

Já participou de alguma edição do evento? Divide com a gente nos comentários!

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Miami Art & Design Week

Normalmente no mês de Dezembro acontece em Miami um evento chamado Art Basel. Ele não acontece só aqui em Miami, mas também em Basel (na Suíça lugar onde nasceu o evento) e em Hong Kong.

Mas o que é Art Basel?

É uma feira gigante de arte que tem como objetivo principal fazer a conexão entre colecionadores de arte, galerias e artistas. Resumiria como sendo uma imensa feira de galerias de arte do mundo todo. Aqui sua sede principal fica no Convention Center, em Miami Beach.

Convention Center por Mia2You / Shutterstock

No Convention Center ficam reunidas as principais obras e os artistas mais renomados. Você esbarra em vários quadros de artistas famosos como Picasso, Modigliani e, o meu favorito, Klimt, além de vários outros.

Fui com o meu sobrinho Marcelo (Lenko) que é artista plástico. Já na entrada vimos que teríamos que nos separar. Sou designer gráfica, apaixonada por criação de estampas e nossos olhares eram bem diferentes, e por mais que ainda se complementassem, não íamos conseguir ver a feira toda juntos.

Aproveitamos até o último minuto, praticamente fomos “varridos” para fora do Convention Center.

Apesar de morar aqui, foi a minha primeira vez no evento. A sensação é muito diferente de qualquer coisa que já tenha vivido. O ingresso é único e permite livre acesso às exposições. Na entrada já é possível ouvir vários idiomas, ver pessoas de várias faixas etárias e de todo tipo. Parecia que estávamos em um filme.

A feira é dividida em boxes e em setores. (confira aqui)

Artist: Chuck Close (American, born 1940) Title: Self-Portrait, 2017 Medium: Prints and multiples, Sérigraphie en 91 couleurs / Silkscreen in 91 colors Size: 69 x 57.75 in. (175.3 x 146.7 cm.) Movement: Contemporary ArtMovement.

Tu achas que acabou por ai?

Tem muito mais!

Além da Art Basel ocorre uma série de eventos paralelos que eles chamam de sattelite art fairs.

Fiz uma lista por ordem das que mais gostei:

1º Scope – ticket US$ 25 a US$ 150

Pra mim, como designer gráfica, foi a que mais valeu a pena. Vi artistas mais contemporâneos e obras que me inspiraram mais. Mas estou falando de forma muito pessoal, porque foi a que mais fotografei e tirei referências para o meu trabalho.

Detalhe: as duas imagens anteriores e as duas primeiras imagens a seguir não são fotografias, são pinturas com tinta acrílica. O efeito da foto é nada se comparado às obras ao vivo.

2º Juxtapoz Clube House – ticket free

A Adidas juntamente com a revista Juxtapoz promoveram uma exposição em um prédio antigo em Dowtown, antiga sede da Walgreens. Esta era um pouco mais afastada de Miami Beach. Mas foi muito bom ter ido visitar.

Eles reuniram artistas do mundo do skate, o que também me trouxe muita referência. Este prédio fica perto do Perez Art Museum onde acontecem muitas exposições especiais neste período.

3º Wynwood – ticket free

Esta, na verdade, fiquei na dúvida se colocava em segundo ou terceiro lugar. Como o Wynwood está disponível o ano inteiro e é uma parada obrigatória para todo mundo que visita Miami, deixei por terceiro; mas eu amo este lugar.

Uma dica para quem for visitar: vá no meio da tarde, para ver os painéis, e fique até a noite. Os painéis estão a céu aberto e espalhados pelo bairro. É totalmente diferente as sensações de vê-los durante o dia e vê-los a noite. É um lugar incrível que nem parece que estás em Miami.

Na época da Art Basel ocorre a renovação de alguns painéis, em 2017 foram 12 novos.

Os grafites (ou arte de rua, nunca sei como chamar) começam a ser pintados antes do início da feira, quem chega alguns dias antes, tem a oportunidade de vê-los sendo pintados ao vivo. São trabalhos de artistas do mundo todo, inclusive do Brasil, e é uma boa oportunidade para quem quiser conhecê-los de perto.

Alguns destes artistas foram para uma cidade, ao norte da Flórida, chamada Lake Worth (dica do pessoal do @instagrafite, meus amigos Marcelo e Marina que fazem a cobertura do evento no Wynwood, segue lá porque não é só este evento que eles fazem) e pintaram alguns painéis pela cidade.

Chegamos tarde e acabamos tirando as fotos com uma lanterna, mas no fim deu um efeito bem massa.

Aqui vão algumas dicas

É uma maratona, exige algum preparo físico. É muita coisa para ver e muito tempo em pé. O que eu recomendo:

  • Sapato e roupa confortável. É inverno aqui, então vale trazer uma mochila para carregar casacos e guarda chuva;
  • Coloque na mochila alguma coisa para comer e água. Há locais para comprar comida, mas estavam sempre lotados. E é melhor não perder tempo em fila;
  • Vá de Uber ou Lyft até um dos locais de exposição. Depois tem o transporte do próprio evento que vai te levando de um lugar ao outro, de graça;
  • Faça um roteiro com pausas, tem muita coisa para ver. Se você for visitar muitos lugares no mesmo dia, talvez canse demais e não consiga aproveitar;
  • Não confie na bateria do seu celular, leve carga extra. Se tiver uma câmera digital, leve também. Tem muita coisa legal para fotografar. Não dá para perder tempo esperando o celular carregar.
  • Muitas obras estão expostas com os preços (em dólar), prepare-se para encarar a realidade de quem ganha pouco.

Preços

Só para ter uma ideia, vou colocar os preços praticados no ano passado (2017), acredito que não mudem muito. Quando se compra para mais de um dia, o valor baixa. E tem pacotes vendidos antecipadamente que valem a pena. Alguns tem preço para estudante, leve uma carteirinha válida. Comprando online é sempre mais barato.

Segue os preços em dólares:

  • Art Basel: 50 – 130
  • Fridge Art Fair: 10 – 15
  • Design Miami: 20 – 80
  • Scope: 24 – 150
  • Acqua Art Miami: 20 – 95
  • Art Miami: 35 – 95
  • Nada Art Fair: 10 – 40
  • Untitled: 15 – 25
  • Red Dot: 10 – 85
  • Pulse Miami Beach: 15 – 100
  • Spectrum: 10 – 85
  • Winwood: free

Coloquei alguns aqui apenas para vocês terem uma ideia, tem mais.

O preço varia conforme o número de dias que você compra. Nas exposições que fui, com exceção da Art Basel, em um turno é possível ver tudo.

Tem mais algumas que são free. Sugiro que para quem vier que dê uma pesquisada porque tem uns pacotes que são muito mais baratos e valem a pena. Eu posto aqui quando liberar.

Concluindo

Eu fiquei muito impressionada com tudo que vi. Já combinei com alguns designers daqui para irmos juntos neste ano. Eu nunca mais vi Miami do mesmo jeito depois deste evento, já estou louca para ir novamente.

Para quem estiver pensando em vir, vale chegar um pouco antes e pegar a Black Friday (que é depois do Thanksgiving). É uma loucura, mas fui com o meu sobrinho em algumas lojas e deu para encarar.

Neste período, tem muita coisa acontecendo na cidade, culturalmente falando. E se tem uma coisa que eu garanto é: quem vier para cá nunca mais será o mesmo.

Não tem como não engrandecer o pensamento vendo tudo o que acontece aqui em termos de movimentação de arte. Vale cada centavo investido.

Art Basel 2018
De 5 a 10 de dezembro (dia 5 evento fechado somente para convidados).

 

Todas as informações contidas neste artigo são de responsabilidade do seu autor e não necessariamente refletem a opinião do site.