Podcast: Precisamos falar sobre workaholismo

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Neste episódio o assunto é Workaholismo, o trabalho em excesso, ou vício em trabalho. A ideia desse tema surgiu quando o garoto Vinny Campos postou, lá no nosso grupo da Liga Oficial de Apoiadores do Aparelho Elétrico, um artigo dizendo que “trabalhar mais do que 39h/semana faz tão mal pra saúde quanto fumar”. Se a gente divir 39h por 5dias úteis, da menos de 8h por dia. Parece pouco, principalmente para quem tem o próprio negócio. Por que a gente se envolve tanto com o trabalho? O que isso representa? Onde esse esforço todo vai nos levar? Vamos bater um papo sobre isso e ver o que a gente consegue aprender com esse tema.

Dá o play aí e bom podcast para você! :)

Participantes deste episódio

Henrique Pochmann
Aparelho Elétrico
Carolina Walliter Freelancer em Tradução

Carol Walliter
Mulheres Que Escrevem
Pronoia Tradutória

Vinny Campos Vinny Campos
Studio Lhama

Timeline do podcast

Comentários

Programa

  • Artigo Trabalhar mais de 39 horas por semana faz tão mal quanto fumar
  • A diferença entre workaholic e workalover;
  • De onde vem essa onde que diz que é “cool” trabalhar demais?;
  • “Tenho que trabalhar” é uma desculpa socialmente aceita;
  • Sinas físicos característicos do excesso de trabalho;
  • Workaholismo forçado das agências;
  • Mensurar sua produtividade para combater o excesso de trabalho;
  • Por que essa necessidade de exaustão?;
  • O uso de celular fora do horário de trabalho;
  • Meditação para controlar ansiedade;
  • Quando a vida social vira a vida profissional;
  • Quem faz muita hora extra supostamente não está sendo produtivo quando deve;
  • Ser mais monotarefa e menos multitarefa pode ser positivo;
  • Por que se esforçar tanto?;
  • Entrevista PC Siqueira Pânico;
  • Trailer Filme Steve Jobs;
  • Gastamos como se vivêssemos em uma classe social acima da que a gente realmente pertence;
  • Vídeo Jout Jout – A falta que a falta faz;
  • Pais que não se envolvem com a criação dos filhos com a desculpa de estar trabalhando para colocar dinheiro em casa;
  • O desafio de dizer não e também de delegar tarefas;
  • Abrindo mão da mania de controle;
  • A percepção de finitude que a idade traz;
  • Pesquisa sobre o Perfil do Freelancer do Aparelho Elétrico;
  • Renda Mínima Universal x Renda Máxima Universal;
  • Zeitgeist – The Movie;
  • Zeitgeist – Addendum;
  • Zeitgeist – Moving Forward;
  • A tecnologia facilita a vida do ser humano para ele criar novas dificuldades;
  • No final das contas, é só trabalho;

Ficha Técnica

Data da Gravação: 21/02/2018
Arte da Capa: Thunder Rockets
Higienização do Áudio: Tomate Cereja

Como você tem lidado com o excesso de trabalho?

Compartilha com a gente nos comentários e vamos levar o assunto adiante!

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Podcast: Marketing para freelancers

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Uma das dúvidas mais recorrentes dos ouvintes/leitores do Aparelho Elétrico é “O que fazer para não ficar sem clientes?”. A resposta para isso é “marketing”. Quem não é visto, não é lembrado. Simples assim. Não dá pra ficar só esperando indicações. O lance é fortalecer sua marca para aumentar as oportunidades de negócios.

Marketing” é um assunto amplo e, claro, a gente não tem a pretensão de esgotar o tema em um único episódio. Por isso, a ideia desse podcast é falar de coisas mais básicas para gerar insights, dicas e soluções para você implementar no seu negócio sem muito sofrimento.

Dá o play aí e bom podcast para você! :)

Participantes deste episódio

Henrique Pochmann
Aparelho Elétrico
Carolina Machado revisora freelancer

Carol Machado
Revisão Para Quê?

Vinny Campos Vinny Campos
Studio Lhama

Timeline do podcast

Comentários

Programa

  • Antes de tudo, entenda quais são os seus serviços;
  • Especialista x Generalista;
  • Marketing de relacionamento;
  • Não baseie o seu negócio apenas em indicações, elas podem não chegar;
  • Em que esfera o seu produto/serviço se enquadra: popular ou premium?
  • Mesmo que você não esteja planejando o seu marketing, ele já está sendo construído;
  • Atuar exclusivamente em um nicho pode ser bom para o seu marketing;
  • O marketing de preço;
  • Vender produto é diferente de vender serviço;
  • Livro da Carol: Manual de Sobrevivência do Revisor Iniciante;
  • Freelance Doc Box;
  • Freelancer Full Folio;
  • A diferença entre o marketing de um profissional senior e de um profissional júnior;
  • Abra canais de comunicação que você consiga alimentar;
  • Networking – envolva-se com outros profissionais da área;
  • Newsletter da Dani Lima Designer;
  • E-mail marketing com MailChimp;
  • Instagram do primo designer do Vinny: Diogo F. Campos;
  • Cuidado com o efeito manada;
  • SEO marketing para freelancers;
  • Você consome os produtos/serviços dos teus clientes?;
  • Envie e-mails exclusivos, escritos do próprio pulso, para reaquecer o contato com um cliente antigo;
  • É mais fácil vender novamente para quem já comprou de ti do que conquistar um novo cliente;

Ficha Técnica

Data da Gravação: 12/02/2018
Arte da Capa: Thunder Rockets
Higienização do Áudio: Tomate Cereja

O que tem funcionado no seu marketing?

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Como ganhar clientes através do silêncio

Nós, seres humanos, temos a grande tendência de não gostar do silêncio. Não necessariamente o silêncio que você experimenta quando está sozinho numa casa de praia às 15h27 de um sábado de verão.

Me refiro ao silêncio que irrompe em meio a uma conversa quando duas pessoas não encontram assunto para emendar no que vinha sendo conversado, ou estão refletindo sobre o que acabaram de dizer.

Permita-me ilustrar melhor com essa situação hipotética:

Você está conversando com uma pessoa amada acerca de algum ocorrido que te aborreceu. Sua intenção é fazê-la perceber que determinada atitude por parte dela te magoou, e um pedido de desculpas seria o suficiente para acalentar a situação.

Pessoa AVocê sabe que não gosto quando você reage assim. Eu gostaria que você fosse mais sensível e entendesse o meu lado.

Pessoa BSim, eu sei. Não foi minha intenção te magoar, mas eu estava muito nervoso naquela hora e acabei fazendo o que fiz. Você me desculpa?

ATudo bem, eu entendo. Te desculpo…

B — (…)

AMas eu não suporto o fato de que você age dessa forma toda vez que fica nervoso. Não tem como você se controlar melhor?

BNão é culpa minha! Eu gostaria de não agir assim, mas você também parece não entender que não faço porque quero.

AEu entendo! Só que é insuportável ter que lidar com isso toda vez que surge essa situação. Você não acha qu—

BAh, quer saber, deixa pra lá também. Toda vez é isso… não é possível que você nã—

Casal brigando / Shutterstock

E segue o diálogo, que já virou uma briga, e pode acabar em uma bem feia. Tudo isso poderia ter sido evitado se a pessoa A (você), talvez soubesse manter o silêncio ideal que surgiu após ter aceitado as desculpas.

Contudo, eis aí a nossa incontrolável vontade de manter a conversa fluindo. Já dizia o provérbio:

“A conversa vem por natureza, o silêncio pela sabedoria”.

Espero que o texto que segue sirva bem para seus relacionamentos pessoais. Mas, no momento, não é esse o foco.

Vamos trazer essa mesma ideia para um contexto no qual você, trabalhando como freelancer, vai se meter muitas e muitas vezes (assim espero) em suas tentativas de fechar muitos jobs.

O cenário é o seguinte: após um período de prospecção, você encontrou um ótimo cliente e marcou uma reunião cara a cara para conversar sobre os seus serviços. Um passo importantíssimo, antes ainda da reunião, é que você defina, claramente, qual é o seu objetivo.

Que fim deve ter a reunião para que você saia porta afora se considerando bem-sucedido? Sua intenção é conseguir indicações de clientes? Sua intenção é conseguir uma parceria? Um patrocínio? Ou fechar o job que você gostaria de fazer? Vamos considerar que seu objetivo seja este último.

Com esse objetivo bem definido, você se senta à frente do potencial cliente e conversa. Você apresenta seus dados, seus serviços, pergunta sobre os valores da empresa, dos interesses e necessidades. Até que entendem que só têm a ganhar com essa união. Seu cliente diz aquilo que você mais quer ouvir, e o que, segundo seu objetivo preestabelecido, configura um sucesso:

Vamos fechar negócio!

É aqui, meu caro amigo e minha cara amiga, que você deve tomar a atitude mais importante de toda essa reunião. Fique. Em. Silêncio.

Garota Chinesa em sinal de silêncio / Shutterstock

Não precisa ser o silêncio absoluto, olhando para a cara do cliente como se estivesse sem palavras. É o silêncio estratégico.

A partir daqui, você não vai acrescentar “ah, que bom. Eu também posso te mostrar esse e esse estudo de caso de um serviço prestado pra uma empresa parecida com a sua”, e também não vai dizer “além de fazer sites nesse estilo, eu também tenho feito esse outro aqui que pode te interessar”.

Não. Não agora. Você já conseguiu o que queria, lembra?

Não é porque vai tomar o tempo do cliente e nem porque você não deveria mostrar esses dados extras. É tudo uma questão de hora certa; e psicologia.

Nós, humanos, temos a tendência de desacreditar, ou ver como menos valioso, aquilo que é muito explicado num contexto de vendas. O cliente está admirado com o seu trabalho e você o convenceu de que uma parceria vai ser positiva e lucrativa para ambos.

É hora de agradecer, pegar a sua maletinha e ir para casa preparar o orçamento para o cliente, como você deve ter combinado. Tudo o que você falar a partir da resposta dele pode contribuir para a ruína total do que você tinha em mãos.

Outro caso muito comum no qual não contemos nossas palavras é na hora de precificar o serviço.

Suponhamos que o seu cliente gostaria que você desenvolvesse um logo. Você sabe que, considerando o porte da empresa contratante e os seus custos mensais para se manter como freelancer, o valor justo a ser cobrado é R$6000.

Muito bem. É muito provável que você esteja nervoso ao ter que anunciar esse valor ao cliente, principalmente considerando que ele espera um valor entre R$400 e R$800.

O que muita gente faz nesses casos?

Primeiro, fica com vergonha de dar o valor justo e ser visto como alienado, “fora da realidade brasileira”, e já reduz o valor pela metade.

Na hora de anunciar essa metade, o diálogo corre assim:

ClienteEntão, quanto você me cobra pra fazer esse logo?

VocêHmm.. olha, considerando que eu devo levar duas semanas pra te entregar o logo finalizado, eu vou cobrar R$3000.

Cliente — (…)

VocêPorque… você sabe, eu não vou simplesmente tirar o design da minha cabeça. Antes, eu vou pesquisar sobre a identidade atual da empresa e analisar os logos dos concorrentes, o que é importante.

Cliente — (…)

VocêPorque tem um monte de gente que cobra menos por aí, você já deve até ter visto, mas, honestamente, não é um trabalho muito bem feito. Eu nem sei como eles se sustentam praticando valores assim. É péssimo para a nossa classe, porque isso prostitui o mercado. Na hora que a gente dá um valor que é justo, parece que é muito. Isso tá acontecendo em várias áreas atualmente, você sabe.

Cliente — (…)

VocêE outra, eu cobro assim hoje, porque já tenho 12 anos de experiência. Isso faz diferença também. Você confiaria em uma pessoa que começou ontem pra fabricar a marca da sua empresa?

Ou, quem sabe, você se assusta com o silêncio e faz a seguinte besteira:

ClienteEntão, quanto você me cobra pra fazer esse logo?

VocêHmm.. olha, considerando que eu devo levar duas semanas pra te entregar o logo finalizado, eu vou cobrar R$3000.

Cliente — (…)

VocêMas eu posso fazer por R$1500.

Não!!!

Enfim, você já entendeu. Isso é um princípio conhecido do business, para falar chique. Pare de justificar o seu preço. Pare de comparar o seu preço. O seu preço é o seu preço e você tem todo o direito de cobrar. Você vale o seu preço!

Se você acredita que seu serviço vale R$6000, você vai olhar nos olhos do cliente, com calma, e dizer “eu cobro R$6000 reais pra fazer esse logo” com a certeza com a qual diria que “um cachorro tem quatro patas”. Seu preço é um fato.

Dito o preço, você faz o que? Isso mesmo: silêncio total.

O cérebro do seu cliente está processando aquela informação, e dificilmente ele vai concordar ou discordar no mesmo instante. Ele vai levar seus 5 segundos, talvez 10, talvez 1 minuto.

Não importa quanto tempo. Depois do seu preço anunciado, a próxima palavra é dele. Dê o tempo que ele precisar para processar a resposta. É um jogo psicológico.

Não tenha medo do silêncio. Abrace o silêncio e use ele a seu favor.

Você já ouviu ou leu o termo “jiu-jitsu mental”?

Jiu-jitsu / Shutterstock

Ele diz respeito a esse embate entre duas mentes, principalmente em meio a uma negociação, discussão ou debate.

Se você já viu uma luta de jiu-jitsu, deve ter percebido que de vez em quando os dois lutadores permanecem na mesma posição por um bom tempo, como se não estivessem nem atacando nem defendendo. Simplesmente ficam lá “abraçados”.

Essas pausas estratégicas são vitais para o desenrolar da luta, porque cada um está analisando a situação e todos os possíveis golpes e saídas que podem executar a partir dali.

Lembre-se, tudo aquilo que é explicado, e re-explicado, e reforçado, vai perdendo o valor para o cliente. Parece que você quer dar mil razões pra justificar o preço que cobra, enquanto você deveria ter segurança de que esse é o seu valor.

Esse post vem até aqui. Dependendo da resposta do seu cliente, você terá que ir por um caminho ou outro. Mas antes de tomar esse caminho, lembre-se do silêncio. Obviamente, não sou o primeiro a falar sobre isso, então, finalizo com mais um adágio conhecido:

“A venda acontece com as palavras, a compra acontece com o silêncio.”

Você tem usado o silêncio a seu favor nas negociações?

Conte pra mim nos comentários e vamos levar o assunto adiante.

 

Todas as informações contidas neste artigo são de responsabilidade do seu autor e não necessariamente refletem a opinião do site. Quer publicar suas ideias no Aparelho Elétrico? Colabore.

Podcast: Te apresento meu amigo WordPress

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É meio improvável que você ainda não tenha ouvido falar sobre o mais popular gerenciador de conteúdo do mundo. Segundo o próprio wordpress.org, 29% dos sites de toda a internet já são feitos em WordPress. Neste episódio a gente vai falar sobre como ele melhorou, e continua melhorando, a vida do profissional independente. Duvido que depois deste podcast você não cogite migrar para o WordPress hoje mesmo.

Dá o play aí e bom podcast para você! :)

Participantes deste episódio

Henrique Pochmann
Aparelho Elétrico
bill-bordalo-designer-desenvolvedor

Bill Bordallo
Tudo Sobre Hospedagem de Sites

Vinny Campos Vinny Campos
Studio Lhama

Timeline do podcast

Comentários

Programa

Ficha Técnica

Data da Gravação: 25/01/2018
Arte da Capa: Thunder Rockets
Higienização do Áudio: Tomate Cereja

Você usa o WordPress, o que você acha da ferramenta?

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Florianópolis para freelancers e criativos em geral

Um pedacinho de terra, perdido no mar!…
num pedacinho de terra, beleza sem par!…

Imortalizada como hino da capital de Santa Catarina, a canção do poeta Zininho traduz o sentimento de quem visita a cidade pela primeira vez. Florianópolis atrai principalmente pela variedade de praias e natureza exuberante.

Lagoinha do Leste Florianópolis / Shutterstock

Mas nem só de beleza natural vive a Ilha da Magia: classificada novamente pela ONU como a cidade com o maior índice de desenvolvimento humano, Florianópolis tem se tornado referência quando o assunto é empreendedorismo e inovação, unindo pessoas que desejam mais autonomia em suas carreiras e qualidade de vida (alô, freelancers!).

Embora seja considerada por muitos uma cidade com alto custo de vida, quando comparada a outras capitais, Floripa continua saindo na frente, servindo de exemplo no que diz respeito à educação, trabalho e tecnologia.

Trabalhando como freelancer há pouco mais de 6 meses e habitando a ilha desde 2016, me senti apta a detalhar alguns tópicos que chamam a atenção. Acompanhe comigo as razões que fazem desse pedacinho de terra sinônimo de inspiração.

Tópicos deste artigo

Cultura Local

A cultura local de Floripa é um convite à criatividade e à imaginação. Vale a pena tirar um tempinho para conhecer as histórias de pescador, observando a velha figueira, árvore centenária que fica no meio da Praça XV.

Figueira Praça XV / Shutterstock

Há também diversas lendas sobre bruxas e lobisomens, para não falar dos nomes gracinhas e curiosos que batizam algumas ruas.

Artesanato lindo como herança da colonização portuguesa é aqui mesmo: as mulheres que trabalham com as famosas rendas de bilro ganharam uma avenida só para elas. Hoje, a Avenida das Rendeiras é conhecida pela badalação: há pubs, restaurantes, cafés e botecos do início ao fim.

Aproveite para observar também os movimentos de rua, as manifestações sutis e até mesmo as pichações. No bairro do Rio Tavares, por exemplo, um poste qualquer vira enfeite e lugar para inspirar e refletir.

É possível ver a política discutida e questionada nos muros, dentre tantas outras causas. Chamadas feministas então, tem em tudo quanto é canto (adoro!). Consciência e luta pela sustentabilidade também fazem parte das boas práticas da cidade.

Tenho a nítida sensação de que a ilha não é um lugar para gente conformada.

Eventos, Eventos e mais eventos

Evento / Shutterstock

É de enlouquecer a quantidade de eventos e cursos bacanas que surgem diariamente na cidade.

Seja para o seu desenvolvimento pessoal, seja para expandir seu networking, assistir uma palestra sem dormir, ampliar seus conhecimentos sobre marketing digital ou dar aquele respiro na correria meditando em grupo: tem de tudo um pouco. E vários desses eventos são gratuitos.

Você sempre pode conferir a programação e descobrir alguma coisa inspiradora para fazer aqui.

Segurança

Trânsito Florianópolis / Shutterstock

É verdade que a cidade está crescendo a níveis acelerados e que a ilha já enfrenta problemas devido à superpopulação (como o trânsito, que é um verdadeiro caos).

Ainda assim, a cidade pode ser considerada segura para os moldes brasileiros. Se colocada lado a lado com outras capitais como São Paulo, Salvador e Belo Horizonte, Florianópolis é ainda uma das cidades mais seguras, inclusive para se criar filhos e investir em novos negócios, de acordo com ranking da revista Exame e levantamento da Endeavor 2017.

Como em toda capital, existem regiões mais propensas à violência, mas definitivamente não há aquela sensação de medo e insegurança constante no ar, como já experimentei em outros lugares.

Comida boa (e para todo mundo!)

Peixe assado / Shutterstock

A capacidade de agradar a todos os públicos e paladares é uma espécie de marco na cidade: há muitas opções, desde os clássicos sushi bars, mexicanos, churrascarias até os pratos mais exóticos e orgânicos. Se engana quem acha que só vai encontrar comida de praia e frutos do mar por aqui.

A comida típica, herança dos colonizadores portugueses e açorianos, inclui pastel de berbigão, pirão e tainhas feitas de todas as formas, mas há muito mais para ser explorado.

Como vegetariana e intolerante à lactose, encontrei aqui meu lugar. Em quase todos os supermercados você vai achar um cantinho dedicado ao pessoal com alergias alimentares, por exemplo.

Os food trucks também estão, em sua maioria, atentos ao público com intolerâncias. Maioneses caseiras e veganas? Recomendo sem pensar duas vezes.

E ah, é: o Seu Vagem, primeiro bar vegano do Brasil, está logo ali, na cidade vizinha (Palhoça), a apenas meia hora de distância.

Locais para trabalhar

Coworking / Shutterstock

As opções são muitas! Dividi os locais que conheço por região e por “estilos de vida”, assim fica mais fácil se orientar e descobrir onde você se sente mais à vontade para trabalhar de forma independente, seja por apenas algumas horas ou mesmo contratando um plano mensal em um dos vários coworkings existentes.

Região sul

Ilha do Campeche / Shutterstock

O sossego é aqui. A região sul é conhecida pela rotina tranquila, pessoas pacíficas e com um amor eterno pela natureza, terapias holísticas, surfe e alimentação saudável.

No sul, é possível encontrar uma comidinha vegana, glúten free ou um centrinho de yoga em cada esquina.

Indicada para freelancers mais naturebas e amantes da calmaria.

Aproveite para visitar as praias Campeche, Naufragados, Matadeiro, Armação, Lagoinha do Leste, Solidão.

Onde trabalhar

Dupão: tradicional na cidade, a Dupão é uma padaria aconchegante onde você pode usar o Wi-fi tranquilamente. Serve um pão de queijo sem lactose sensacional. Tem no bairro do Rio Tavares e do Campeche.

Natú: um pequeno espaço com ótimo Wi-fi e ótimos lanches saudáveis. Impossível entrar lá e não ter vontade de devorar tudo.

Pousada Recanto do Campeche: espaço novo, inaugurado no fim de 2017. Oferece planos mensais e está localizado a dois pulos da praia do Campeche.

Impact Hub Sul da Ilha / Multi Open Shopping: será inaugurado em março de 2018. O espaço promete, pois será o primeiro coworking oficial do sul da ilha, com direito a salas de reuniões, praça de alimentação, escritório compartilhado e muito mais. Como moro perto, já fui lá espiar e posso afirmar que tá ficando incrível.

Região norte

Praia do Santinho / Shutterstock

O pessoal de terninho, gravata e a mulherada de salto alto fica mais para esse lado. Mas você também encontra pessoas de estilo alternativo e tênis All Star contrastando com paletós.

É na região norte que se encontra o verdadeiro polo tecnológico da ilha. Há diversas empresas de tecnologia e softwares, centros empresariais, galerias, faculdades etc. Já ouviu falar da Resultados Digitais, realizadora do maior evento de marketing digital da América Latina? Pois é. A sede da empresa fica desse lado da ilha, bem como outras igualmente famosas (Hostgator, Softplan, Cianet, Blueticket e por aí vai).

Indicada para freelancers mais nerds, tecnológicos addicted e agitados.

Aproveite para visitar as praias: Cacupé, Sambaqui, Canasvieiras, Brava, Jurerê, Daniela, Ingleses, Santinho.

Onde trabalhar

Impact Hub: não é apenas mais um espaço de coworking, e sim “uma comunidade de empreendedores interessados em criar um mundo radicalmente melhor”, como eles mesmos se definem. É dos meus lugares favoritos. Você respira criatividade desde a chegada e a infraestrutura é ótima. O pessoal do sul da ilha aguarda ansioso para a inauguração de mais uma unidade do Impact Hub em março de 2018, como falei ali em cima.

Corporate Park: quase na entrada de Santo Antônio de Lisboa, um dos pontos turísticos mais famosos da ilha, encontra-se o Corporate Park, centro empresarial que conta com espaço de coworking, sala para reuniões, jardim e portaria 24h.

Região leste

Lagoa da Conceição / Shutterstock

É aqui que você encontra um dos cartões-postais mais bonitos da cidade: a Lagoa da Conceição. Região cercada de morros, gaivotas, barcos, dunas, esportes e hippies, conta com alguns coworkings bem legais e buena onda para se trabalhar.

Indicada para freelancers mais tranquilos e fãs de chinelo Havaiana. 

Aproveite para visitar as praias: Barra da Lagoa, Mole, Galheta, Moçambique, Joaquina.

Onde trabalhar

O Sítio: um lugarzinho pra lá de simpático, no meio da natureza, que além de disponibilizar salas, impressoras e contar com uma cozinha equipada, também recebe cursos e treinamentos sobre inovação e criatividade.

Para quem curte paisagens e um solzinho na varanda, a possibilidade de trabalhar ao ar livre com uma vista linda para a Mata Atlântica é bastante sedutora.

Rosemary Dream: muito mais do que um hostel que recebe e incentiva profissionais independentes, o espaço é também um centro de empoderamento e autoconhecimento. É aberto uma vez na semana para que você possa visitar e participar de um jantar (pago).

Eles adotam uma dieta vegana e um estilo de vida totalmente focado para que você se torne alguém melhor. Não diria que é bem um coworking, mas já que ser freelancer também envolve desenvolvimento pessoal, não poderia deixá-lo de fora.

Região central

Centro Histórico Florianópolis / Shutterstock

O centro histórico de Florianópolis é bem movimentado, graças ao comércio local e à facilidade de serviços. Há bancos, lojas, praças e restaurantes de todo tipo. Passando pela Avenida Beira-Mar, chega-se facilmente à Trindade, região da UFSC e de coworkings bem estruturados.

Indicado para freelancers que preferem a selva de pedra, comodidades e cenários mais urbanos.

Aproveite para passar mais tempo nos espaços, pois não há praias próximas.

Onde trabalhar

Cool2work: conta com salas de reunião, auditório, copa e está localizado no bairro Itacorubi, próximo a UDESC, uma das melhores universidades estaduais do país.

S7: possui uma pegada mais clean, com direito a deck e preços relativamente acessíveis. S7 também se orgulha de ser o primeiro membro brasileiro da LExC—The League of Extraordinary Coworking Spaces, uma rede independente de 89 espaços em 43 cidades nos 5 continentes. E ah! Você pode agendar uma visita grátis para conhecer e passar o dia no local.

Vilaj: muito bem localizado, a dois toques da UFSC. Possui salas compartilhadas, impressoras, copa e estacionamento para bikes. Também dá direito a experimentar por um dia todo, grátis.

Há outros lugares legais para se trabalhar, inclusive na parte continental, atravessando a ponte, mas preferi focar no lado de cá, afinal, deslocamento custa tempo, tempo custa dinheiro e a ponte (ainda!) é uma só.

Bônus

Melhor que um ambiente inspirador para desenvolver as nossas ideias e projetos é encontrar pessoas igualmente inspiradoras no caminho.

Não acreditei quando descobri que o casal que mais admiro no ramo do trabalho independente mora aqui em Floripa. Sim: Jaque Barbosa e Eme Viegas, criadores dos portais Nômades Digitais e Hypeness, inspiração para milhares de freelancers, são meus vizinhos de bairro. Quando não estão viajando, estão nas praias da região sul, postando fotos lindas de cachoeiras e outros cantinhos da ilha (sou fã e stalkeio mesmo!).

Além disso, eles também são parceiros do Rosemary Dream, citado anteriormente, onde já deram palestras sobre empreendedorismo e como não desistir dos nossos sonhos de trabalhar em casa ou de qualquer lugar do mundo.

E aí… convenci você?

Concluindo

Beira Mar Norte Florianópolis / Shutterstock

Floripa é toda linda e está cheia de oportunidades para quem quer crescer como profissional e aproveitar ao máximo o lugar. No meio da rotina, cada cantinho que a gente descobre é capaz de desembocar no mar e nos fazer sentir privilegiados.

É uma boa cidade para exercitar a sua busca por mais equilíbrio e qualidade de vida, sem deixar de lado as aspirações profissionais.

E vale avisar: uma vez experimentando tudo que a cidade pode oferecer, há chances de você não querer mais sair daqui. Pelo menos é o que acontece comigo há quase dois anos, diariamente.

jamais a natureza
reuniu tanta beleza
jamais algum poeta
teve tanto pra cantar…!

[Rancho de Amor à Ilha – Poeta Zininho]

Você já conhecia todo o potencial da Ilha da Magia?

Tem alguma dúvida sobre a capital? Me conta nos comentários que eu quero saber!

 

Todas as informações contidas neste artigo são de responsabilidade do seu autor e não necessariamente refletem a opinião do site. Quer publicar suas ideias no Aparelho Elétrico? Colabore.