Miami Art & Design Week

Normalmente no mês de Dezembro acontece em Miami um evento chamado Art Basel. Ele não acontece só aqui em Miami, mas também em Basel (na Suíça lugar onde nasceu o evento) e em Hong Kong.

Mas o que é Art Basel?

É uma feira gigante de arte que tem como objetivo principal fazer a conexão entre colecionadores de arte, galerias e artistas. Resumiria como sendo uma imensa feira de galerias de arte do mundo todo. Aqui sua sede principal fica no Convention Center, em Miami Beach.

Convention Center por Mia2You / Shutterstock

No Convention Center ficam reunidas as principais obras e os artistas mais renomados. Você esbarra em vários quadros de artistas famosos como Picasso, Modigliani e, o meu favorito, Klimt, além de vários outros.

Fui com o meu sobrinho Marcelo (Lenko) que é artista plástico. Já na entrada vimos que teríamos que nos separar. Sou designer gráfica, apaixonada por criação de estampas e nossos olhares eram bem diferentes, e por mais que ainda se complementassem, não íamos conseguir ver a feira toda juntos.

Aproveitamos até o último minuto, praticamente fomos “varridos” para fora do Convention Center.

Apesar de morar aqui, foi a minha primeira vez no evento. A sensação é muito diferente de qualquer coisa que já tenha vivido. O ingresso é único e permite livre acesso às exposições. Na entrada já é possível ouvir vários idiomas, ver pessoas de várias faixas etárias e de todo tipo. Parecia que estávamos em um filme.

A feira é dividida em boxes e em setores. (confira aqui)

Artist: Chuck Close (American, born 1940) Title: Self-Portrait, 2017 Medium: Prints and multiples, Sérigraphie en 91 couleurs / Silkscreen in 91 colors Size: 69 x 57.75 in. (175.3 x 146.7 cm.) Movement: Contemporary ArtMovement.

Tu achas que acabou por ai?

Tem muito mais!

Além da Art Basel ocorre uma série de eventos paralelos que eles chamam de sattelite art fairs.

Fiz uma lista por ordem das que mais gostei:

1º Scope – ticket US$ 25 a US$ 150

Pra mim, como designer gráfica, foi a que mais valeu a pena. Vi artistas mais contemporâneos e obras que me inspiraram mais. Mas estou falando de forma muito pessoal, porque foi a que mais fotografei e tirei referências para o meu trabalho.

Detalhe: as duas imagens anteriores e as duas primeiras imagens a seguir não são fotografias, são pinturas com tinta acrílica. O efeito da foto é nada se comparado às obras ao vivo.

2º Juxtapoz Clube House – ticket free

A Adidas juntamente com a revista Juxtapoz promoveram uma exposição em um prédio antigo em Dowtown, antiga sede da Walgreens. Esta era um pouco mais afastada de Miami Beach. Mas foi muito bom ter ido visitar.

Eles reuniram artistas do mundo do skate, o que também me trouxe muita referência. Este prédio fica perto do Perez Art Museum onde acontecem muitas exposições especiais neste período.

3º Wynwood – ticket free

Esta, na verdade, fiquei na dúvida se colocava em segundo ou terceiro lugar. Como o Wynwood está disponível o ano inteiro e é uma parada obrigatória para todo mundo que visita Miami, deixei por terceiro; mas eu amo este lugar.

Uma dica para quem for visitar: vá no meio da tarde, para ver os painéis, e fique até a noite. Os painéis estão a céu aberto e espalhados pelo bairro. É totalmente diferente as sensações de vê-los durante o dia e vê-los a noite. É um lugar incrível que nem parece que estás em Miami.

Na época da Art Basel ocorre a renovação de alguns painéis, em 2017 foram 12 novos.

Os grafites (ou arte de rua, nunca sei como chamar) começam a ser pintados antes do início da feira, quem chega alguns dias antes, tem a oportunidade de vê-los sendo pintados ao vivo. São trabalhos de artistas do mundo todo, inclusive do Brasil, e é uma boa oportunidade para quem quiser conhecê-los de perto.

Alguns destes artistas foram para uma cidade, ao norte da Flórida, chamada Lake Worth (dica do pessoal do @instagrafite, meus amigos Marcelo e Marina que fazem a cobertura do evento no Wynwood, segue lá porque não é só este evento que eles fazem) e pintaram alguns painéis pela cidade.

Chegamos tarde e acabamos tirando as fotos com uma lanterna, mas no fim deu um efeito bem massa.

Aqui vão algumas dicas

É uma maratona, exige algum preparo físico. É muita coisa para ver e muito tempo em pé. O que eu recomendo:

  • Sapato e roupa confortável. É inverno aqui, então vale trazer uma mochila para carregar casacos e guarda chuva;
  • Coloque na mochila alguma coisa para comer e água. Há locais para comprar comida, mas estavam sempre lotados. E é melhor não perder tempo em fila;
  • Vá de Uber ou Lyft até um dos locais de exposição. Depois tem o transporte do próprio evento que vai te levando de um lugar ao outro, de graça;
  • Faça um roteiro com pausas, tem muita coisa para ver. Se você for visitar muitos lugares no mesmo dia, talvez canse demais e não consiga aproveitar;
  • Não confie na bateria do seu celular, leve carga extra. Se tiver uma câmera digital, leve também. Tem muita coisa legal para fotografar. Não dá para perder tempo esperando o celular carregar.
  • Muitas obras estão expostas com os preços (em dólar), prepare-se para encarar a realidade de quem ganha pouco.

Preços

Só para ter uma ideia, vou colocar os preços praticados no ano passado (2017), acredito que não mudem muito. Quando se compra para mais de um dia, o valor baixa. E tem pacotes vendidos antecipadamente que valem a pena. Alguns tem preço para estudante, leve uma carteirinha válida. Comprando online é sempre mais barato.

Segue os preços em dólares:

  • Art Basel: 50 – 130
  • Fridge Art Fair: 10 – 15
  • Design Miami: 20 – 80
  • Scope: 24 – 150
  • Acqua Art Miami: 20 – 95
  • Art Miami: 35 – 95
  • Nada Art Fair: 10 – 40
  • Untitled: 15 – 25
  • Red Dot: 10 – 85
  • Pulse Miami Beach: 15 – 100
  • Spectrum: 10 – 85
  • Winwood: free

Coloquei alguns aqui apenas para vocês terem uma ideia, tem mais.

O preço varia conforme o número de dias que você compra. Nas exposições que fui, com exceção da Art Basel, em um turno é possível ver tudo.

Tem mais algumas que são free. Sugiro que para quem vier que dê uma pesquisada porque tem uns pacotes que são muito mais baratos e valem a pena. Eu posto aqui quando liberar.

Concluindo

Eu fiquei muito impressionada com tudo que vi. Já combinei com alguns designers daqui para irmos juntos neste ano. Eu nunca mais vi Miami do mesmo jeito depois deste evento, já estou louca para ir novamente.

Para quem estiver pensando em vir, vale chegar um pouco antes e pegar a Black Friday (que é depois do Thanksgiving). É uma loucura, mas fui com o meu sobrinho em algumas lojas e deu para encarar.

Neste período, tem muita coisa acontecendo na cidade, culturalmente falando. E se tem uma coisa que eu garanto é: quem vier para cá nunca mais será o mesmo.

Não tem como não engrandecer o pensamento vendo tudo o que acontece aqui em termos de movimentação de arte. Vale cada centavo investido.

Art Basel 2018
De 5 a 10 de dezembro (dia 5 evento fechado somente para convidados).

 

Todas as informações contidas neste artigo são de responsabilidade do seu autor e não necessariamente refletem a opinião do site.

Podcast: Sobre ilustração, roubo de imagens e coworking

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No episódio de hoje eu bati um papo com meu amigo e talentoso ilustrador, Matheus Christovam, que tá lançando um WorkShop de vetorização (link afiliado). A gente falou sobre ilustração, vetorização, roubo de imagens, coworking, produtos digitais e vários outros assuntos interessantes.

A pauta começa por volta de 12:30

Dá o play e bom podcast para você! :)

Participantes deste episódio

Henrique Pochmann
Aparelho Elétrico
freelancer-em-ilustracao-matheus-christovam Matheus Christovam
Thunder Rockets

Timeline do podcast

Introdução

Comentários

Pauta geral

  • Workshop “Do Pixel à Ilustra” (link afiliado) do Matheus Christovam da Thunder Rockets;
  • Criando um espaço de trabalho colaborativo;
  • O desafio de manter o foco em um coworking;
  • Quem trabalha sozinho pode perder os skills sociais;
  • Trabalhar sozinho e perder a troca com os pares de profissão;
  • Podcast: Sucesso de público e de crítica;
  • Empresa entende mais os trâmites com o ilustrador do que pessoa física;
  • O artista que para de desenhar para produzir cursos;
  • Renda extra gerada por infoprodutos;
  • Curso online classudos Masterclass;
  • Democratização do conhecimento através da internet;
  • A cópia vale como exercício;
  • Lidando com a apropriação indevida de ilustrações;
  • Shutterstock (link afiliado);
  • Creative Market;
  • Adhemas Batista;
  • Bill Watterson do Calvin e Haroldo é contra merchandising;
  • Um ilustrador pode perder relevância se o seu estilo se tornar popular;
  • Romero Brito e o merchandising;
  • Camisetas Korova;
  • Marcando espaço, ou não, nos marketplaces;
  • Uma temporada em agência após ser freelancer;
  • Decisões difíceis para pagar boletos e preservar a reputação da sua marca;
  • Trabalhar cercado de pessoas criativas e combater o isolamento do home office;
  • Podcast: O impacto causado pelo isolamento;
  • Podcast: Home Office vs Coworking;
  • É fundamental promover a integração entre os membros de um coworking;
  • Publicitários Criativos;

Ficha Técnica

Data da gravação da pauta principal: 18/09/2018

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Podcast: Você quer sucesso de público ou de crítica?

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Considere-se uma pessoa de sorte se você nunca precisou decidir entre agradar ao seu cliente e conquistar a aprovação dos seus pares. Com frequência, no mundo dos negócios surgem oportunidades de grana fácil mas que podem arranhar a imagem da sua marca e prejudicar a longevidade da sua empresa. Parece fácil decidir, é só não entrar nesse tipo de negócio. Mas e o que fazer com os boletinhos que insistem em chegar todos os meses? Hoje a gente vai falar sobre isso na esperança de produzir algumas dicas úteis que podem te ajudar na condução do seu projeto.

A pauta começa por volta de 18:00

Dá o play e bom podcast para você! :)

Participantes deste episódio

Henrique Pochmann
Aparelho Elétrico

Timeline do podcast

Introdução

Comentários

Pauta geral

  • Entre a aprovação do cliente e a aprovação dos pares;
  • Podcast Superficialidade e Imediatismo;
  • Agradar apenas o público parece ser um caminho mais limitado;
  • Propostas questionáveis que chegam para o Aparelho Elétrico;
  • Perder a credibilidade com a audiência é perder tudo;
  • Livro Made in Japan do Akio Morita, fundador da Sony;
  • Pensando em construir uma marca forte, no início da empresa, Akio Morita negou a venda de 100 mil rádios sem a marca Sony. O comprador queria usar a própria marca neles;
  • A gente não quer só dinheiro, a gente quer prestígio também;
  • O sucesso de público e crítica do Los Hermanos;
  • Pagando bem, que mal tem?;
  • Negócios de fôrma, negócios sem alma;
  • A maneira como você conduz o seu negócio comunica algo;
  • Não podemos esquecer do lado ético e moral na nossa conduta;
  • É mais do que apenas dinheiro, talvez seja a vontade de deixar um legado;
  • Lista da Forbes com os mais ricos do mundo;
  • Quem não tem dinheiro é obrigado a dançar conforme a música;
  • Ofertas bizarras: o produto vale R$ 100,00, o bônus vale R$ 1000,00;
  • Os idealistas se ferram;
  • A grana fácil que vem por meios questionáveis;
  • Podcast O que é sucesso?;
  • É normal baixar a guarda e se sentir tentado a ir por um caminho não tão legal;
  • Ter orgulho do próprio trabalho é importante;
  • A desculpa socialmente aceitável “eu precisava da grana”;
  • É fundamental estar consciente sobre as decisões que estão sendo tomadas;

Peixaria

Ficha Técnica

Data da gravação da pauta principal: 11/09/2018

Você já ficou no impasse entre agradar público ou crítica?

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