Os freelancers no cinema

Jornalistas, roteiristas, câmeras, blogueiros(as), escritores(as), web designers, estilistas e mais: assim como coincidências impossíveis e criaturas que não existem no mundo real (monstros, hobbits, unicórnios, Scarletts Johanssons), os freelancers são parte da história do cinema. Reuni aqui no Aparelho Elétrico alguns exemplos de filmes que retrataram a labuta freelanceriana de forma vitoriosa (o que nem sempre quer dizer correta):

Quase Famosos

É o Santo Graal dos freelancers: um garoto sai do colégio direto para acompanhar a tour de uma banda famosa em uma reportagem que será capa da Rolling Stone. Joga um job desses em um 99freelas da vida e vai derrubar a internet no Brasil. Uma representação divertida de como lidar com clientes e organizar as informações de trabalho.

Julie & Julia

Você já deve ter ouvido aquela máxima de que “blog não dá dinheiro”. Pois bem, não só dá dinheiro como vira filme também: Julia Powell, uma das protagonistas de Julie & Julia, criou um blog de receitas enquanto trabalhava das 9 às 6 e acabou monetizando a coisa ao transformar primeiro em livro e, mais tarde, na produção cinematográfica.

Jovens Adultos

Uma escritora fantasma com prazo apertado e (muitos) problemas de ordem psicológica vai de Minneapolis até a pequena cidade de Mercury rever um antigo amor dos tempos de colégio. Sim, a liberdade de movimentação dos freelancers pode vir a ser um problema caso você seja o(a) infeliz dono(a) do combo “carência + ausência de uma consciência ativa”.

A Voz de Uma Geração

Uma das poucas obras a abordar a parte de áudio das produções cinematográficas, A Voz de Uma Geração mostra como é possível ser flexível com os próprios talentos, já que Carol trabalha como treinadora vocal enquanto não consegue um papel mais proeminente na hierarquia do áudio (e também como assumir a independência quando seu pai arranja uma namorada mais nova e chuta você de casa).

O Abutre

Praticamente o sonho americano, já que Louis, um sujeito esforçado, trabalhador e dedicado, encontra espaço no nicho de audiovisual para reportagens e começa a se destacar oferecendo seus serviços para as grandes emissoras. Há o revés de ser moralmente questionável, claro, mas Louis não parece se importar muito com isso.

Medianeras

Neste envolvente e sensível filme argentino, um web designer e uma estilista freelancers são dois vizinhos que não se conhecem e perambulam por situações sociais em uma Buenos Aires cinza e melancólica. Se você se sente solitário às vezes por trabalhar sozinho em casa, tome Medianeras de oito em oito horas.

Colateral

Certo, o freelancer aqui é um assassino profissional que sequestra um taxista e roda a cidade com ele para, digamos, “finalizar contratos”, mas ainda assim é um freelancer. O sujeito inclusive dá uma espécie de cutucão profissional no acomodado taxista (que deseja abrir um negócio de limusines. Parando para pensar, até que tem bastante situações de negócios para um filme de trocas de tiros e sopapos).

Star Wars: Uma Nova Esperança

Sim: quando a exploração especial atingir níveis inimagináveis e as pessoas conseguirem saltitar entre planetas como se fossem páginas da Wikipédia, os freelancers continuarão sendo importantes – é só lembrar que a Aliança Rebelde contratou Han Solo para transportar Luke, Leia e informações importantes através da galáxia. Alguns freelancers usam Macs, outros usam PC; Han e Chewbacca usam a Millenium Falcon.

Homem-Aranha 2

Difícil dizer o que é mais complicado na vida de Peter Parker: enfrentar um cientista maluco com diversos braços mecânicos, arriscar a vida se pendurando por telhados alheios ou aguentar o egomaníaco e descontrolado editor do Clarim Diário, onde trabalha como fotógrafo freelancer.

Leia mais textos do André Nique no blog Melhor que Nada.

 

Todas as informações contidas neste artigo são de responsabilidade do seu autor e não necessariamente refletem a opinião do site. Quer publicar suas ideias no Aparelho Elétrico? Colabore.

Podcast: Sites de jobs para freelancers

Alvaro Neto, Wilker Iceri e eu conversamos sobre o impacto que os sites de jobs para freelancers podem ter na carreira de um profissional independente.

Ouça este novo episódio e decida se vale a pena pra você criar um perfil e passar a vender seus serviços em uma destas plataformas.

Nossa conversa ficou muito baseada em dados do 99Freelas. Se você teve uma experiência diferente em outro site, por favor, deixe a sua participação nos comentários. :)

Participantes deste episódio:

SEO Freelancer Henrique Pochmann

Henrique Pochmann
Web Designer/SEO Freelancer Full-Time e Editor do Aparelho Elétrico

 wilker-iceri-fundador-do-99-freelas

Wilker Iceri
Fundador do site 99Freelas

Programador Freelancer Alvaro Neto

Alvaro Neto
Programador Freelancer Full-Time no Alvaron.com.br

 

Tópicos abordados

  • Wilker fala sobre sua carreira antes do 99Freelas;
  • Como sites de jobs para freelancers funcionam;
  • Tipos de jobs que estes sites oferecem;
  • Fazendo networking;
  • Sobre ser usuário premium;
  • O porte dos clientes que participam;
  • Pequenas agências x freelancers;
  • Pequenas empresas comprando design, programação, etc;
  • O valor praticado por freelancers iniciantes;
  • Post mencionado: 4 Formas de Adquirir Experiência Sem Prostituir o Mercado
  • Tempo de vida de um usuário na plataforma;
  • Diferenciais: preço e reputação;
  • capital x interior: o freelancer de onde leva mais vantagem?
  • é uma solução para o freelancer que quer ser nômade digital?
  • Post mencionado: Como fazer a prospecção de clientes – em detalhes
  • não me peça de graça a única coisa que tenho para vender
  • é possível se manter através destes sites?
  • fontes de rendas alternativas;
  • Dica do Alvaro: documentários sobre empreendedorismo;

 

Pra encerrar…

Conta aqui nos comentários a sua experiência nestes sites. Vamos explorar mais o assunto. Assim a gente gera mais conteúdo para quem quer trabalhar como freelancer.

 

Posso te pedir um favor?

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Abraço e até a próxima!

É branding o que falta no seu business

Muitos freelancers se enganam quando pensam que não precisam tomar cuidado com a sua marca. Dizem coisas como: “eu sou apenas um freelancer, meu trabalho chega por indicação, não há muito o que fazer”.

Errado! Há sim muito o que fazer.

Se você quer ter longevidade trabalhando como freelancer, vai ter que construir sua marca e reputação de uma forma legal. Assim vai poder escolher pra quem quer trabalhar, o tipo de trabalho que quer fazer e ainda cobrar mais por isso.

Parece balela. Mas não é. Acontece mesmo. Só que não é fácil.

É preciso trabalhar sério, suar a camiseta.

Como?

Você já ouviu falar em branding? Não? Chega aí que eu te falo um pouco mais.

 

O que é branding?

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Podemos dizer que esse tal de branding é o juízo que as pessoas fazem de uma marca. Ou seja, a reputação que ela tem.

E não estamos aqui falando da representação gráfica, do logo.

Estamos falando do todo. De como determinada empresa/organização é percebida pelas pessoas.

Coloque aí no balaio: escolhas estéticas, ações de marketing, atendimento ao cliente, parcerias de negócios, etc. Todo o comportamento de uma marca faz a gente pensar algo a respeito dela.

Podemos perceber uma empresa das mais variadas formas, pode ser por exemplo: moderna, retrô, ultrapassada, atuante, para jovens, para quarentões, para homens, para mulheres, gay-friendly, etc…

Essa maneira como enxergamos uma marca, tem conexão direta ao branding dela.

E o branding pode ser algo intencional, algo que foi planejado, ou não. Qualquer empresa, querendo ou não, tem branding.

 

O freelancer também precisa trabalhar seu branding

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Você pode pensar que é apenas um freelancer, que essa teoria toda não se aplica a sua realidade. Sinto te dizer, mas você está enganado.

O profissional que leva o seu negócio a sério, e quer ter longevidade na carreira, precisa pensar nisso.

Pare uns minutos e pense: como você é percebido pelos seus clientes, prospects, parceiros de negócio:

  • Como um profissional que faz qualquer job porque precisa sobreviver?
  • Como um especialista que é chamado quando um trabalho importante precisa ser bem feito?

Pode ser um pouco assustador chegar a conclusão de que as pessoas tem uma imagem errada de você.

Mas não se assuste: você pode trabalhar isso.

Você pode e deve trabalhar seu branding. Assim você pode fazer as pessoas pensarem o que você quer que elas pensem.

 

Benefícios

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É uma escolha sua trabalhar, ou não, seu branding. De um jeito ou de outro as pessoas vão formar uma opinião a respeito do seu trabalho.

Mas eu, obviamente, te aconselho a assumir o controle.

É melhor que você dê insumos propícios para que as pessoas te percebam de uma forma positiva e com algum diferencial.

Veja alguns benefícios:

  • Assumir o controle da sua imagem;
    Não deixe que as pessoas pensem o que quiserem. Direcione os seus esforços e passe a ser percebido de uma forma estrategicamente mais interessante. Assim você agrega mais valor a sua imagem.
  • Passar a atrair mais prospects qualificados;
    Com um branding bem feito, você passa a se comunicar com o público que quer atingir. Assim você para de ser procurado para trabalhos irrelevantes e abre mais portas para trabalhos mais interessantes e ligados ao seu perfil.
  • Conquistar um diferencial diante dos concorrentes;
    Com uma imagem bem trabalhada, você passa a ser percebido de maneira diferente no mercado. O branding é decisivo na hora dos clientes optarem por um novo parceiro. Ele faz com que você pareça a melhor opção, de forma natural.
  • Encontrar a valorização ideal para os seus serviços;
    Se você é visto como a melhor opção em algo, logo você é mais procurado. Se você é mais procurado, logo tem muito trabalho. Se você tem muito trabalho, logo pode cobrar mais por ele.
  • Ser visto como referência e formador de opinião;
    Se você se posiciona corretamente no mercado, passa a ser visto como um formador de opinião em determinado assunto. Essa autoridade gera mais oportunidades de negócio pra você. Não só clientes finais passam a se sentir mais atraídos pelo seu trabalho, mas outros parceiros de negócio também.

 

Branding na prática

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Ok. Se você leu até aqui, já deve ter sacado que trabalhar o seu branding é mesmo importante.

Agora é hora de suar a camiseta. Mas por onde começar?

Pra dar início ao trabalho da sua imagem, te aconselho a fazer algumas perguntas:

  • Que tipo de trabalho você gosta de fazer?
    Acho importante você correr atrás de trabalhos pelos quais tenha tesão de fazer. Não acho legal correr só atrás de grana, isso pode ser um belo tiro no pé. Pois pode faltar fôlego pra terminar os projetos depois.
  • Que público pode te passar esse tipo de trabalho?
    Depois de identificar o tipo de trabalho que você gosta de fazer, comece a mapear os potenciais clientes que podem te fornecer esse tipo de trabalho. Analise bastante o perfil deles, veja com quem se relacionam, como se comportam, como se comunicam.
  •  O seu negócio está sendo percebido adequadamente por esse público?
    Agora que você sabe o que gosta de fazer, sabe quem tem o trabalho para oferecer, tem que pensar se os prospects se sentirão atraídos pelo seu perfil. Caso não estejam, faça as alterações necessárias.

 

Então, fazer branding na prática é definir a sua mensagem e trabalhar ela de forma que seja percebida da mesma maneira em todos os pontos de contato com seu público.

Trabalhe sua marca, cartão de visitas, assinatura e linguagem usada no e-mail, site, redes sociais, blog, layout da sua proposta comercial, parcerias de negócios, selecione bem os clientes com os quais vai trabalhar, etc.

E atenção: não rola você ser o cara super-mega-blaster-caretão no seu site, usando textos sisudos, como se tivessem sido escritos para um advogado ler, e nas suas redes sociais você é um fanfarrão.

É preciso ter coerência na sua mensagem.

E o ideal é que seu modo de se comunicar seja genuíno. É complicado tentar parecer o que não é.

Olhe pra si mesmo, veja a sua essência e formate bem a sua mensagem. Deixe claro quem você é e o que está buscando.

Finalizando o post….

E então, como anda a sua imagem? Você está conquistando os projetos que gostaria? Talvez apertando os parafusos do seu branding você consiga chegar onde espera.

Conta pra mim aqui nos comentários como você faz para trabalhar a sua imagem, vamos desenvolver mais o assunto e gerar mais conteúdo relevante para quem trabalha como freelancer.

E pra você ficar totalmente por dentro de como é trabalhar como freelancer, recomendo que você leia o post: O guia definitivo para começar a trabalhar como freelancer

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Podcast: Primeiros Passos para ser Freelancer

Primeiro podcast do Aparelho Elétrico em formato talk show. Neste episódio, bati um papo com o freelancer full-time em programação, Alvaro Neto.

O cara contou como entrou nessa de profissional independente e deu várias dicas do que você deve e o que você não deve fazer na hora de começar a trabalhar como freelancer.

Escuta aí e participa aqui nos comentários, vamos desenvolver mais o assunto.

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Abraço e até o próximo post!

Técnica Pomodoro: turbine sua produtividade com um método simples

Se você ainda não ouviu falar sobre a Técnica Pomodoro, no final do post você vai me agradecer. :)

Normalmente, quem trabalha como freelancer, exerce a atividade em casa, sem supervisão e num local cheio de distrações. Se você não é muito centrado, disciplinado, então precisa apostar em técnicas de ganho de produtividade para não jogar todo o seu tempo no lixo.

A Técnica Pomodoro pode te trazer mais disciplina e mudar completamente a sua relação com o seu trabalho.

Sabe aquele papo: “não tenho tempo, tô com muita coisa pra fazer”. Na maioria das vezes, isso é uma desculpa que inventamos para nós mesmos por não conseguirmos gerenciar nosso tempo.

Às vezes a gente deixa a coisa correr solta durante o horário de trabalho, dá aquela espiada no Facebook, dá um bizu nuns vídeos do Youtube. E pra não se sentir improdutivo, diz pra si mesmo: “vou trabalhar até mais tarde e recupero esse tempo”.

Acontece que isso pode ser uma bela enganação. Será que você está trabalhando o suficiente? E ainda: será que você está descansando o suficiente?

É preciso dosar. Tem que haver um equílibrio entre trabalho e descanso.

O lance é produzir adequadamente nos períodos de trabalho. E a técnica pomodoro pode te ajudar nisso.

E eu gosto sempre de lembrar: “dinheiro a gente recupera, tempo não”. Valorize o seu tempo.

 

O que é a técnica pomodoro?

O método parte do princípio de que pausas frequentes melhoram a agilidade mental. E propõe dividir o tempo de trabalho em espaços de 25 minutos que devem ser cronometrados por um timer.

Estes espaços de tempo são chamados de Pomodoros.

Após cada Pomodoro, você faz uma pausa curta. Depois de 4, você faz uma pausa longa.

A técnica tem esse nome porque o criador, o desenvolvedor Francesco Cirillo (foto abaixo), usava um temporizador em formato de tomate (pomodoro em italiano).

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Apesar de envolver um timer, é importante ressaltar que o lance não é trabalhar mais depressa. Mas, trabalhar MAIS FOCADO.

Durante o seu período de pomodoro, é preciso lutar contra as distrações. Não abra o facebook. Se lembrar de algo que tem que fazer, anote em um papel. Não responda e-mails.

A técnica propõe apenas 25 minutos de foco. É um tempo bem plausível. As distrações que aguardem.

 

Passo a passo para utilizar a técnica

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Pra aplicar do jeito mais rústico, você vai precisar de, no mínimo, um timer ou cronômetro com sinal sonoro, caneta e papel. Com isso a mão, faça o seguinte:

Passo 1 – Anote a tarefa a ser executada em um pedaço de papel ou na sua planilha de pauta. Se não tiver uma, recomendo a que coloquei no Freelancer Doc Box;

Passo 2 – Configure o timer para 25 minutos e trabalhe focado até o alarme soar. Evite distrações. Não acelere. Mantenha o seu ritmo;

Passo 3 – Concluiu o seu pomodoro? Marque um X no papel ao lado da tarefa;

Passo 4 – Tire um intervalo curto (sugiro 5 minutos) para respirar, tomar uma água, se alongar. Não trabalhe.

Passo 5 – Comece um novo pomodoro e repita todo o ciclo.

Passo 6 – Após 4 baterias de 25 minutos e seus respectivos intervalos, faça uma pausa mais longa (sugiro 15 minutos). Este intervalo mais longo é importante para o seu cérebro assimilar o trabalho concluído e descansar para uma nova bateria de pomodoros.

 

Benefícios

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Se você está achando que isso tudo é pura bullshitagem, se liga nos benefícios de adotar a técnica e reveja seu conceito. O Steve Jobs provavelmente aprovaria.

Tomar conhecimento do quanto você é capaz de produzir em 25 minutos;

Só por isso já vale começar a utilizar a técnica. A partir do momento que você passa a conhecer sua produtividade, você é capaz de estabelecer metas e prazos mais palpáveis para os seus projetos. Isso reflete também na sua orçamentação. Aliás, para saber mais sobre orçamentação e formação de preços, tem esse artigo aqui no blog.

Ter um histórico tangível do seu desempenho;

Contabilizando corretamente seus pomodoros, você consegue ver exatamente onde está colocando o seu tempo. E também pode analisar o seu comportamento e produtividade de acordo com cada faixa de horário. E se necessário, redistribuir as tarefas de acordo com os períodos que você produz mais.

Aprender a lidar corretamente com interrupções;

Não é porque chegou um e-mail que você precisa responder na hora. Não é porque alguém te mandou um whatsApp que você precisa responder já. Tudo tem seu tempo. E com a técnica pomodoro você aprende a lidar melhor com as interrupções e a respeitar mais o seu momento de trabalho.

Eliminar a sensação de estar rendendo pouco;

É incrível como a gente é capaz de se culpar, mesmo depois de um dia exaustivo de trabalho. Você tenta lembrar o que fez durante o dia e não consegue. Aí fica aquela sensação de que o dia foi jogado fora.

Registrando seus pomodoros, você faz o acompanhamento correto do seu desempenho e acaba com a culpa de não estar produzindo mais.

Parar de sacrificar seus momentos de lazer pelo trabalho;

Como o seu desempenho agora fica documentado, você fica mais tranquilo. Assim, durante seus momentos de lazer, diminuem as preocupações ligadas ao trabalho.

 

Ferramentas

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Relaxa. Se você é todo high-tech, não vai precisar ficar usando caneta e papel. Existem várias ferramentas.

Eu tenho utilizado no meu telefone o  Pomodoro Time (é free). Não tenho do que reclamar.

Ele vem programado pra pomodoros de 25 minutos, intervalos curtos de 5 minutos e intervalos longos de 15 minutos.

Você também consegue inserir o nome das tarefas e ele contabiliza quantos pomodoros você já realizou pra cada uma. Não testei outros aplicativos, mas este parece bom o suficiente pra mim.

É possível também aplicar a técnica pomodoro online, no site Tomato Timer por exemplo.

E se você estiver disposto a investir algumas libras e quer apoiar o autor – o que eu acho muito legal – você pode comprar o livro e o timer oficial (que é massa pra caralho!). Olha a foto do timer lá em cima.

 

Minha experiência com a técnica pomodoro

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Comecei a utilizar o método há alguns dias e já tenho percebido ganhos na minha disciplina e organização de tempo.

A primeira coisa que me chamou atenção foi o fato de achar 25 minutos pouco. Tive que me obrigar a fazer os intervalos e isso me irritou um pouco.

Mas depois eu passei a ver que esses intervalos eram muito bons.

Eu tenho um problema na coluna e nunca encontrava tempo para fazer os alongamentos. Agora é o que eu faço durante os intervalos curtos. Além de também beber mais água.

Várias vezes o timer toca enquanto eu estou no meio de um raciocínio, isso parece ruim. Mas assim eu já vou pro break querendo voltar a trabalhar, e isso me dá um ganho tremendo de produtividade.

As pausas frequentes parecem mesmo refletir na agilidade mental e motivação.

Outra coisa positiva foi o fato de eu agora ter mais consciência do quanto sou capaz de produzir. Percebi que algumas tarefas são bem mais rápidas de se resolver do que eu pensava.

Nunca fui muito receptivo aos time-sheets na época em que trabalhei em agências de propaganda. Sentia uma pressão do caramba quando tinha que usar aquilo.

A técnica pomodoro tem um princípio semelhante aos time-sheets, mas é um jeito mais friendly de se controlar o tempo.

Recomendo que se você não usa, comece a usar. Eu, com certeza, vou continuar os meus pomodoros diários.

Pra você ter uma idéia, levei  14 pomodoros pra produzir este post. Quem sabe, depois de praticar mais, eu não escreva um post igual a esse levando menos tempo. ;)

 

Finalizando o post

E você, o que acha da Técnica Pomodoro? Já testou?

Conta aqui nos comentários a sua experiência. Vamos explorar mais o assunto. Assim a gente gera mais conteúdo relevante para quem trabalha como freelancer.

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Fluxo de caixa simples para profissionais descomplicados

Atualização: Criei um novo modo de organizar as finanças, neste link você pode saber mais sobre meu novo modelo de fluxo de caixa e baixar a planilha com mais recursos e funcionalidades.

……….

Se você é uma pessoa que gosta de ir direto ao ponto, sem enrolações, vai curtir o modelo de fluxo de caixa que eu utilizo.

Pode esquecer aquelas planilhas assustadoras, cheias de campos pra preencher, gráficos, porcentagens, cálculo disso, cálculo daquilo.

Este modelo funciona muito bem pra quem tem a pauta cheia e a vida corrida.

Chega ae que eu te explico.

 

O que é fluxo de caixa?

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Não adianta eu sair te falando de como faço para gerenciar as entradas e saídas de dinheiro se você não está familiarizado com o termo.

Basicamente, fluxo de caixa é um controle financeiro que você usa para registrar todo o dinheiro que entra e sai da sua conta.

Pra você ter uma real noção da sua saúde financeira, é preciso registrar tudo o que entra e sai da sua conta. Centavo por centavo.

 

Ah… é uma planilha de gastos?

Mais ou menos. Tem gente que chama assim.

Mas você não registra só os gastos. No fluxo de caixa, você registra também os recebimentos de dinheiro. E ainda consegue fazer previsões das transações financeiras para os próximos meses.

Então, até onde eu sei, uma planilha de fluxo de caixa é mais completa que uma simples planilha de gastos.

 

Freelancers também precisam
controlar o fluxo de caixa

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Algumas pessoas pensam que na vida de freelancer não é necessário esse tipo de burocracia, porque as coisas tem um certo ar de informalidade.

Mas quem é freelancer tem um negócio nas mãos. E se você quer que o seu business progrida, você precisa se preocupar com esse lado burocrático.

Para que você tenha longevidade na sua carreira independente é muito importante que você faça seu fluxo de caixa.

 

Benefícios de ter um bom planejamento financeiro

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  • Saber exatamente se você está tendo lucro ou prejuízo;
  • Ter uma projeção de quanto dinheiro vai entrar/sair durante os próximos meses e tomar decisões financeiras baseando-se nisso;
  • Ter uma melhor organização das datas de pagamentos das contas. Metade no início e metade no final do mês;
  • Ter um registro da data certa em que seus clientes devem te pagar;
  • Ter um registro da data certa em que você deve pagar seus fornecedores;
  • Poder fazer um comparativo com meses/semestres/anos anteriores e entender o comportamento financeiro do seu negócio;

 

Softwares ou planilhas?

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Existem várias ferramentas para te ajudar, há softwares e aplicativos especializados nisso.

Eu já utilizei softwares, mas sempre sentia que faltava alguma coisa.

Normalmente estas soluções são desenvolvidas pra atender um grande número de perfis de profissionais. E você acaba tendo que lidar com funcionalidades que não são pro seu perfil ou acaba sentindo falta de algo que é importante pra você.

Então acabei migrando pra uma planilha de fluxo de caixa no excel que eu mesmo desenvolvi e que atende minhas necessidades de freelancer.

Criei ela de um jeito livre de complicações, sem aquela quantidade assustadora de campos a preencher que geralmente vemos por aí em outras soluções.

Eu precisava de uma planilha simples, que me desse as informações necessárias sem ocupar horas do meu dia. Quem tem pauta a cumprir não tem tempo a perder. ;)

Hoje eu gasto de 15 a 30 minutos por semana alimentando ela e analisando os dados. Eu realmente acho ela muito prática.

 

Meu modelo de planilha de fluxo de caixa no Excel

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Essa é a minha planilha de fluxo de caixa. Disponibilizei ela no Freelancer Doc Box.
Você pode adquirir ou desenvolver a sua.

Abaixo eu falo sobre cada um dos campos dela. Os valores utilizados são ilustrativos.

 

Entradas de dinheiro

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Do lado esquerdo, nas entradas de dinheiro, eu utilizo as seguintes colunas: Dia, Entrada, Valor e Entrou.

Coluna Dia – nela eu registro o dia em que deve haver a entrada de dinheiro.

Coluna Entrada – aqui eu registro o nome da entrada (pode ser o nome do cliente ou do projeto).

Coluna Valor – essa coluna é responsável pela previsão das entradas. Registro nela  quantidade de dinheiro (R$) que deve entrar.

Coluna Entrou – e quando o valor entra na conta, eu repito aqui o valor da coluna “Valor”. Assim eu sei que a previsão se concretizou.

 

Saídas de dinheiro

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Do lado direito estão as saídas de dinheiro. A estrutura é a mesma das entradas. As colunas desta vez são: Dia, Saída, Valor e Saiu.

Coluna Dia – nela eu registro o dia em que deve haver a saída de dinheiro.

Coluna Saída – aqui eu registro o nome da saída (luz, internet, telefone, etc…).

Coluna Valor – essa coluna é responsável pela previsão das saídas. Aqui vai o valor da despesa. 

Coluna Saiu – quando a despesa é paga, repito aqui o valor da coluna “Valor” para registrar que o débito foi sanado.

 

Saldo Inicial

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O campo “Saldo Inicial” indica o valor da minha conta no início do respectivo mês. E é igual ao valor do “Saldo Final” do mês anterior.

Por exemplo: o “Saldo Inicial” do mês de junho será igual ao “Saldo Final” do mês de maio.

 

Previsão Total de Entradas

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Este campo indica quanto dinheiro eu devo ganhar ao longo do mês. É a soma de todos os lançamentos que eu fiz na coluna “Valor” do lado das Entradas.

Eu preciso ficar de olho neste valor pra ver como anda o meu desempenho. Se estiver abaixo do valor das saídas, é hora de se puxar e fechar mais trabalhos. Neste caso, recomendo a leitura do post Como Fazer a Prospecção de Clientes – em detalhes.

 

Previsão Total de Saídas

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Este campo indica quanto dinheiro vou gastar ao longo do mês. É a soma de todos os lançamentos que fiz na coluna “Valor” do lado das Saídas.

É importante que este valor fique sempre abaixo do valor da “Previsão Total de Entradas”. Isso indica que meus negócios estão indo bem.

 

Entrou no Total

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Aqui eu tenho a soma dos valores que registrei na coluna “Entrou”. E posso comparar com o campo “Previsão Total de Entradas” para saber se o desempenho real está de acordo com o previsto.

 

Saiu no Total

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Aqui eu tenho a soma dos valores que registrei na coluna “Saiu”. E posso comparar com o campo “Previsão Total de Saídas” para saber se o desempenho real está de acordo com o previsto.

 

Resultado do Mês

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Indica como está sendo o meu desempenho no mês corrente, diz se estou tendo lucro ou prejuízo no mês. É o resultado da subtração do campo “Saiu no Total” do campo “Entrou no Total”.

Ele é independente do campo “Saldo Final”. Pode ficar negativo, mesmo que o “Saldo Final” ainda seja positivo e vice-versa.

 

Saldo Final

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É o campo que indica como está a minha saúde financeira.

Este valor deve ser igual ao saldo da minha conta bancária. Caso contrário, a sincronia não está correta e devo ajustar o que está errado.

 

Mês a mês

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Todos os meses existem os lançamentos fixos e novas despesas do cotidiano.

Já lanço diretamente despesas fixas como condomínio, luz, celular e internet. Como eu pago elas todo mês, já ficam lá permanentemente registradas.

Minha planilha já está preparada para todos os meses do ano. De janeiro a dezembro. Assim que o ano virar, vou salvar um novo arquivo e manter este para histórico e comparação.

 

Como fazer o controle de fluxo de caixa?

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Controlar as contas pode parecer bastante chato no início. Principalmente se você tem um perfil mais criativo e menos burocrático.

Te confesso que antes eu achava que isso não era pra mim. Pensava que o lance era fazer bastante dinheiro pra não precisar se preocupar.

Mas eu tava errado.

A gente só faz bastante dinheiro, se a gente cuida do que tem. Cuidar é poupar grana e investir com sabedoria.

Para te ajudar a poupar, tem aqui no blog um infográfico chamado Guia de sobrevivência do freelancer em momentos de crise com dicas para economizar dinheiro.

Depois que você cria o hábito de acompanhar a parte financeira, isso passa a ser algo natural.

Fazer o fluxo de caixa não tem mistério, é só anotar todos os seus ganhos e gastos.

“Ah, Henrique… eu vou ter que anotar TUDO o que eu gasto?”

É isso mesmo. TUDO!

Mas isso não é difícil.

Quando você fizer alguma compra em um estabelecimento comercial (loja, supermercado, cinema, etc…), pegue a nota e lance no software/planilha. É simples. Depois que você cria o hábito, fica ainda mais fácil.

O ideal é olhar todos os dias como anda sua conta bancária e seu fluxo de caixa. Assim, caso tenha algo que não está batendo, é mais fácil de localizar e corrigir o erro.

Ou você pode escolher um dia da semana/mês e fazer tudo de uma vez. Você que escolhe. Crie a sua rotina.

 

Boas práticas para fluxo de caixa

Distribua as datas das despesas fixas
entre o começo e meio do mês.

Assim você não corre o risco de ficar sem grana. Não corre o risco de extrapolar o limite do banco em movimentações financeiras para a mesma data. E ainda ganha tempo para que mais dinheiro entre antes da próxima bateria de contas a pagar.

Acompanhe as contas de perto

Não fique muito tempo sem dar atenção ao seu fluxo de caixa. Você precisa estar atento a sua saúde financeira. E só olhando para os números você vai conseguir tomar decisões sensatas a respeito do seu negócio.

Faça uma análise mês a mês

Dedique um tempo para analisar o seu desempenho mês a mês. Descubra porquê em um mês entrou mais dinheiro, porquê em outro faltou? Será que você está atendendo clientes do mesmo segmento e eles param de investir no mesmo mês do ano?

Você pode descobrir muita coisa analisando suas contas a pagar/receber.

Enxugue os custos fixos

Analise seus custos fixos e veja se é possível economizar em algo. Troque os telefonemas por conversas via Skype. Procure um melhor preço para a internet, etc…

Use cartão de crédito

Ok, isso é um pouco polêmico. Os especialistas dizem que não devemos comprometer uma renda que não temos ainda.

Mas pra quem está empreendendo é importante usar o crédito pra manter a máquina girando.

Eu uso muito cartão de crédito.

Acho que ele tem vários benefícios: mantenho dinheiro vivo na conta para outras situações, ganho milhas e concentro várias das minhas despesas em uma única fatura. Isso deixa meu fluxo de caixa mais enxuto.

Mas é importante fugir dos juros. O lance é sempre pagar a fatura na íntegra e na data de vencimento.

 

Finalizando o post…

E então, o que achou do meu modelo de fluxo de caixa? Como você cuida do seu? Conta aqui nos comentários, vamos gera mais conteúdo relevante para quem trabalha como freelancer.

E pra você ficar totalmente por dentro de como é trabalhar como freelancer, recomendo que você leia o post: O guia definitivo para começar a trabalhar como freelancer

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