Os freelancers no cinema

Jornalistas, roteiristas, câmeras, blogueiros(as), escritores(as), web designers, estilistas e mais: assim como coincidências impossíveis e criaturas que não existem no mundo real (monstros, hobbits, unicórnios, Scarletts Johanssons), os freelancers são parte da história do cinema. Reuni aqui no Aparelho Elétrico alguns exemplos de filmes que retrataram a labuta freelanceriana de forma vitoriosa (o que nem sempre quer dizer correta):

Quase Famosos

É o Santo Graal dos freelancers: um garoto sai do colégio direto para acompanhar a tour de uma banda famosa em uma reportagem que será capa da Rolling Stone. Joga um job desses em um 99freelas da vida e vai derrubar a internet no Brasil. Uma representação divertida de como lidar com clientes e organizar as informações de trabalho.

Julie & Julia

Você já deve ter ouvido aquela máxima de que “blog não dá dinheiro”. Pois bem, não só dá dinheiro como vira filme também: Julia Powell, uma das protagonistas de Julie & Julia, criou um blog de receitas enquanto trabalhava das 9 às 6 e acabou monetizando a coisa ao transformar primeiro em livro e, mais tarde, na produção cinematográfica.

Jovens Adultos

Uma escritora fantasma com prazo apertado e (muitos) problemas de ordem psicológica vai de Minneapolis até a pequena cidade de Mercury rever um antigo amor dos tempos de colégio. Sim, a liberdade de movimentação dos freelancers pode vir a ser um problema caso você seja o(a) infeliz dono(a) do combo “carência + ausência de uma consciência ativa”.

A Voz de Uma Geração

Uma das poucas obras a abordar a parte de áudio das produções cinematográficas, A Voz de Uma Geração mostra como é possível ser flexível com os próprios talentos, já que Carol trabalha como treinadora vocal enquanto não consegue um papel mais proeminente na hierarquia do áudio (e também como assumir a independência quando seu pai arranja uma namorada mais nova e chuta você de casa).

O Abutre

Praticamente o sonho americano, já que Louis, um sujeito esforçado, trabalhador e dedicado, encontra espaço no nicho de audiovisual para reportagens e começa a se destacar oferecendo seus serviços para as grandes emissoras. Há o revés de ser moralmente questionável, claro, mas Louis não parece se importar muito com isso.

Medianeras

Neste envolvente e sensível filme argentino, um web designer e uma estilista freelancers são dois vizinhos que não se conhecem e perambulam por situações sociais em uma Buenos Aires cinza e melancólica. Se você se sente solitário às vezes por trabalhar sozinho em casa, tome Medianeras de oito em oito horas.

Colateral

Certo, o freelancer aqui é um assassino profissional que sequestra um taxista e roda a cidade com ele para, digamos, “finalizar contratos”, mas ainda assim é um freelancer. O sujeito inclusive dá uma espécie de cutucão profissional no acomodado taxista (que deseja abrir um negócio de limusines. Parando para pensar, até que tem bastante situações de negócios para um filme de trocas de tiros e sopapos).

Star Wars: Uma Nova Esperança

Sim: quando a exploração especial atingir níveis inimagináveis e as pessoas conseguirem saltitar entre planetas como se fossem páginas da Wikipédia, os freelancers continuarão sendo importantes – é só lembrar que a Aliança Rebelde contratou Han Solo para transportar Luke, Leia e informações importantes através da galáxia. Alguns freelancers usam Macs, outros usam PC; Han e Chewbacca usam a Millenium Falcon.

Homem-Aranha 2

Difícil dizer o que é mais complicado na vida de Peter Parker: enfrentar um cientista maluco com diversos braços mecânicos, arriscar a vida se pendurando por telhados alheios ou aguentar o egomaníaco e descontrolado editor do Clarim Diário, onde trabalha como fotógrafo freelancer.

Leia mais textos do André Nique no blog Melhor que Nada.

 

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