Está agendado para fevereiro o envio da primeira remessa de sapatos da New Movements para seus clientes. A empresa cria e fabrica calçados utilizando materiais de fontes éticas, buscando colocar no mercado um produto durável, esteticamente agradável e provido de consciência ambiental. A marca, criada por Martin Evensen — que vem de uma família de sapateiros —, deu os primeiros passos com uma campanha no site de financiamento coletivo Indiegogo, arrecadando quase $ 65.000,00 dólares e atingindo 344% da meta inicial.
Evensen afirmou à FastCompany que o financiamento coletivo foi importante para o desenvolvimento do produto e seu posicionamento no mercado por ajudar a construir, ao redor da marca, uma comunidade de consumidores que se preocupam com o impacto ambiental gerado pelas peças que usam. Isso porque os sapatos da New Movements são feitos com materiais que destoam dos utilizados na produção em massa.
Em vez do crômio — um produto químico tóxico —, a startup utiliza óleo vegetal natural para tingir o couro que compõe o corpo do calçado. O empresário afirmou estar consciente do impacto que o uso do couro, que requer a prática da agricultura animal, tem no meio ambiente, mas espera que a alta qualidade e a durabilidade agregada ao material após o banho de óleo vegetal diminuam a necessidade de substituição dos pares por outros novos.
Nas demais partes do sapato, são usados somente materiais recicláveis. Para as solas, a marca desenvolveu uma combinação de pneus de carros reaproveitados e solas de outros sapatos. E os cadarços são fabricados com uma fibra feita de garrafas plásticas. Além disso, os tênis são costurados ou montados com uma cola sem produtos químicos. A New Movements optou, ainda, por trabalhar com indústrias onde os operários são tratados de maneira ética, fechando negócio com fábricas de médio porte em Portugal.
Por aqui, iniciativas semelhantes também começam a ganhar tração entre os consumidores, como a Insecta Shoes, que é uma marca de sapatos e acessórios veganos e ecológicos. Visando causar impacto visual, social e ambiental, a startup brasileira utiliza como matérias-primas algodão e garrafas PET reciclados, borracha reaproveitada, peças de roupas usadas, tecidos de reuso e resíduos da indústria têxtil. Segundo o site da marca, em um ano foram reaproveitados mais de 2.120 quilos de borracha.
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