Há pouco mais de dois meses do lançamento oficial do Disney+, a plataforma de streaming da Disney — que começará a funcionar dia 12 de novembro, nos Estados Unidos —, a empresa revelou a interface do serviço durante a D23, convenção bienal que ocorreu entre os dias 23 e 25 deste mês em Anaheim, na Califórnia.
Alguns jornalistas de cultura já têm acesso à versão demo da plataforma e, como esperado, as comparações com a interface da Netflix são latentes. Julia Alexander, repórter do site The Verge, por exemplo, destacou o visual minimalista do novo serviço, com a ressalva de que o catálogo da Netflix possui muito mais conteúdo.
“Onde a Netflix está cheia de conteúdo tentando chamar a atenção dos assinantes, o Disney+ parece relativamente estéril. Como a biblioteca de aplicativos da Apple TV, o serviço da Disney é quase cirurgicamente limpo em sua precisão de design. Mas as maneiras específicas pelas quais seu conteúdo é compartimentado podem ser um divisor de águas”, escreveu.
No momento de seu lançamento, o Disney+ terá aproximadamente 500 filmes e 7000 episódios de TV. Em contraste, em 2018, o catálogo da Netflix tinha cerca de 4000 filmes e 1570 séries. Ainda assim, a organização do serviço da Disney parece se distanciar da interface caótica de sua principal concorrente.
Segundo Michael Paull, presidente dos serviços de streaming da Disney, isso acontece porque, em parte, os objetivos do novo produto são diferentes: “De um nível técnico ou de interface do usuário, eu realmente não o comparei com a Netflix. […] Por princípio, queríamos uma experiência simples e elegante. […] Queremos facilitar as coisas. Não queremos que o produto atrapalhe o conteúdo”.
Nesse sentido, a interface do Disney+ divide o conteúdo em linhas pelas quais as pessoas podem rolar com base em recomendações personalizadas, novos lançamentos e curadorias selecionadas. A linha superior tem um carrossel com títulos prioritários e originais do serviço. E há uma seleção de subseções das franquias: Star Wars, Disney, Pixar, Marvel e National Geographic.
Para a jornalista, além do preço e do conteúdo em si, a experiência do usuário parece ser um dos grandes fatores a determinar a recepção da plataforma. Já para Paull, a “interface do usuário é muito importante, […] ser capaz de criar um design adequado à marca e permitir que as pessoas encontrem a programação que desejam que não atrapalhe é incrivelmente importante”.