O governo da Nova Zelândia acaba de aprovar uma lei que vai viabilizar o acesso de pacientes de doenças crônicas à maconha medicinal. A medida, que visa que essa liberação seja cada vez mais abrangente, se concretiza após anos de campanha dos neozelandeses que defendem a droga como única maneira de gerenciar a dor. É previsto, ainda, que pacientes terminais possam usar a cannabis sem a possibilidade de acusação judicial.
O ministro da saúde, David Clarke, afirmou ao The Guardian que as evidências de que a maconha medicinal ajuda a mitigar a dor dos enfermos são pertinentes. “Pessoas chegando ao fim de suas vidas não deveriam ter que se preocupar em serem presas por tentarem administrar sua dor. […] Esta é uma legislação empática e cuidadosa que irá fazer uma real diferença na vida das pessoas […]”, comentou.
A nova lei pode, também, abrir o caminho para que empresas do país fabriquem produtos com a maconha medicinal para os mercados nacional e internacional, o que tem sido percebido como uma potencial “virada de mesa” para as comunidades Maori, que visam transformar a indústria ilegal numa operação promissora e legalizada.
A aprovação da lei chega a público antes do planejado referendo sobre o uso recreativo da maconha, que deve acontecer nos próximos 2 anos. “Agora nós estamos apenas 2 passos atrás do resto do mundo quando se fala em leis sensíveis em relação à cannabis e, com a proximidade do referendo, estamos no caminho para nos tornarmos um exemplo de como fazer isso da maneira certa”, disse a gerente da campanha #makeitlegal, Sandra Murray, ao The Guardian.
O uso da maconha é comum na Nova Zelândia e a polícia é notada por não engajar contra o uso recreativo de pequenas quantidades da droga. De fato, alguns políticos do país já admitiram abertamente terem usado na juventude.
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