ZORA, a nova publicação do Medium centrada nas experiências de mulheres negras, foi lançada no início desta semana. No texto de abertura, a editora-chefe, Vanessa K. De Luca, falou um pouco sobre os objetivos da nova revista e chamou a atenção das leitoras para o marco de representatividade que ela simboliza para escritoras e para o público feminino.
De Luca caracterizou a ZORA como “uma publicação que se concentra e celebra as esperanças, sonhos, aspirações e experiências de mulheres de cor”. Nesse sentido, a revista “tem uma missão principal: garantir que as experiências vividas por mulheres negras sejam vistas e que nossas vozes sejam ouvidas. Não existe atualmente, em nenhum lugar, um centro de leitura inteligente e contemplativa dessa natureza”.
Para a editora, essa falta de espaço é o que contribuiu para a ideia de que mulheres negras sejam vistas como detentoras de um pensamento monolítico. Por isso, a ZORA abre espaço para conteúdos texturizados, instigantes e com nuances.
“As mulheres de cor são frequentemente marginalizadas por causa de nosso status como minorias; acrescente-se a isso as questões intersetoriais de idade, gênero, raça, sexualidade e deficiência, e há ainda mais barreiras ao empoderamento econômico, social e político. Clichês e deturpações na mídia desempenham um papel nisso: a diversidade é subrepresentada e, daqueles retratos que obtêm visibilidade, a maioria é estereotipada e racialmente enviesada”, argumentou.
Visando subverter o cenário, a ZORA publicará peças produzidas por mulheres negras “que nos encorajam a falar nossas verdades e permanecer resilientes, apesar dos desafios que enfrentamos”. A revista entrou no ar com mais de dez artigos escritos, que podem ser encontrados em sua homepage.
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