Mais de 5 mil participantes circulando entre mais de 50 palestras, mesas e estandes de empresas. Para quem entrasse no CASE 2018, tudo parecia uma festa: conversas animadas, campeonato de Fifa, parede de escalada e máquinas com bichinhos de pelúcia. Apesar disso, o objetivo dos participantes era bem sério: fazer negócios, networking e adquirir conhecimento.
A prova disso estava logo na entrada, no primeiro andar (eram três!), onde aconteciam as ativações de marketing. As longas mesas pretas próximas da entrada sempre estavam cheias de empreendedores, programadores e outros participantes discutindo ideias em volta de um notebook com projetos e ideias na tela. Era difícil até mesmo passar pelo local.
Um dos espaços, quase sempre lotados, era do Sebrae. Com um belo aproveitamento de espaço (coube até uma pequena arquibancada), os empreendedores apresentavam seus pitches, sob os olhares atentos dos demais participantes. Mas o grande foco das palestras deste espaço no primeiro andar foram as inovações da indústria, a importância dos conteúdos em vídeo e as discussões sobre diversidade.
Michelle Schneider do LinkedIn, por exemplo, começou a apresentar a rede social para os poucos que ainda não a conheciam. Mas a virada veio em seguida, com um guia bem específico sobre como os conteúdos audiovisuais são as estrelas do engajamento de hoje. As startups aprenderam a se aproveitar do vídeo e da rede, mesmo se tiverem poucos profissionais e baixo orçamento.
Michelle fez o dever de casa ao entregar aos participantes coisas que eles pudessem levar para os seus negócios. Afinal, o objetivo destas palestras é adquirir conhecimento, reciclar, se renovar. Não apenas apresentar produtos, como fez algumas das enfadonhas falas de representantes da PlayPlus, o streaming da TV Record, e a AWS, serviço de armazenamento de dados da Amazon, que já contava com um estande para isso.
Até mesmo o youtuber Marcos Castro, do canal Castro Brothers, conseguiu trazer para os empreendedores lições valiosas do uso do vídeo e como a inovação pode fazer seu negócio crescer. Para quem quiser saber, a fórmula é a seguinte:
Em tempos de polarização na recepção de mensagens das marcas pelo público, as palestras sobre diversidade encheram a sala, mesmo que pequena. Isso mostra que empresas e empreendedores estão ávidos por saber a linguagem certa para falar com seus públicos, sem cair em peças que saem pela culatra.
Dilma Souza Campos explicou as diferenças entre diversidade e inclusão (na bela analogia dela: a primeira é quando te convidam para uma festa, a segunda é quando te chamam para dançar). É importante entender que todos os profissionais têm viés inconsciente. Os erros de comunicação não são propositais, mas a falta de novos olhares em uma equipe de criação diversa.
No meio do evento, foi uma grata surpresa encontrarmos um grupo de empreendedores goianos que topou posar para uma foto com a bandeira do estado, antes de confraternizarem um pouco e saírem correndo para suas palestras e negócios.
O CASE mostra o peso que tem para as startups, profissionais e grandes empresas que querem vender seus serviços. A conexão entre os três atores foi o que mais marcou o evento e mostra que esta pode ser a tendência dos negócios na área, até mesmo pelo número de estandes que tratavam deste objetivo.
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