Um dos efeitos do acesso facilitado à informação é que os consumidores têm esperado cada vez mais transparência das marcas responsáveis pelos produtos que compram. Isso é especialmente verdade na indústria da moda, cujos players não podem mais se dar ao luxo de não reavaliar as práticas de seus negócios.
Nesse sentido, a “transparência radical” é uma das principais tendências do relatório The State of Fashion 2019: A year of awakening (ou “O estado da moda 2019: Um ano de despertar”), da empresa de consultoria McKinsey&Company, em parceria com o site Business of Fashion.
Segundo o documento, pesquisas de opinião indicam que a confiança em negócios caiu em 40% dos países em 2017. Paralelamente, 52% dos millennials afirmam pesquisar sobre as empresas das quais consomem antes de realizar a compra. 45% da Geração Z e 41% dos baby boomers fazem o mesmo.
“As redes sociais permitiram uma certa transparência. […] Você não pode mais controlar suas mensagens de luxo dentro de fronteiras”, afirma Stephanie Phair, diretora de estratégia da plataforma de moda Farfetch. Assim, são esperadas dimensões críticas em que as marcas serão examinadas por sua integridade criativa, cadeias de fornecimento sustentáveis, tratamento adequado aos trabalhadores, proteção de dados dos consumidores e autenticidade.
Dada essa busca por mais transparência em toda a cadeia de valor, o relatório aponta três dinâmicas para as quais as marcas de moda devem se atentar daqui pra frente. Primeiro, elas vão auditar rigorosamente suas práticas para identificar áreas que podem desgastar a relação de confiança com o consumidor.
Em seguida, irão investir nessas áreas problemáticas e criar uma vantagem competitiva em cima delas. Por fim, as marcas provavelmente serão mais transparentes durante crises, se comunicando rapidamente e admitindo erros.
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