Com o objetivo de tornar seus negócios mais seguros e adicionar comodidade às operações cotidianas, muitos estabelecimentos têm aderido à tendência cashless e passaram a aceitar pagamentos somente via cartões de crédito e débito e serviços digitais como o Apple Pay e o Android Pay. Em Londres e Nova York, por exemplo, vários bares e restaurantes já baniram o uso do dinheiro físico.
É o caso do pub Crown and Anchor, em Londres, administrado por Arber Rozhaja. Segundo o diretor de operações, a decisão de não aceitar mais pagamentos “em espécie” foi tomada devido a uma série de tentativas de furto do dinheiro em caixa. “Cerca de 10 a 13% da receita total era em dinheiro e o resto era cartão”, contou ao repórter Chris Baraniuk, da BBC.
Em outubro, eles colocaram avisos que dizem “sentimos muito, mas estamos na era digital” para avisar os clientes sobre a nova regra. Segundo Rozhaja, alguns reclamaram, mas a resposta é geralmente positiva, apesar do pouco tempo em vigor. “É um período curto para eu fazer uma análise apropriada, mas se fosse ruim daria para perceber imediatamente”, completou.
Em Nova York, muitos cafés e restaurantes também já se renderam à tendência. Além disso, uma loja Ikea, na Suécia, têm testado alguns caixas que aceitam pagamentos exclusivamente digitais, podendo adotar o modelo em todas as filiais num futuro próximo.
Apesar da onda cashless estar crescendo em algumas partes do mundo, é seguro dizer que o dinheiro vivo não vai deixar de circular tão rapidamente assim. De acordo com uma pesquisa da firma McKinsey, nos Estados Unidos, “alguns [consumidores] preferem usar dinheiro por motivos de privacidade e segurança. […] Outros, vivem em áreas onde a má cobertura de celular e as constantes quedas de energia fazem do dinheiro o jeito mais confiável de pagar”.
Outra pesquisa, feita pela empresa de câmbio Travelex no Reino Unido, Austrália, África do Sul e Brasil mostra que 25% das pessoas se recusariam a usar somente o pagamento digital. “Tecnologias cashless não irão substituir o dinheiro completamente […] as pessoas são mais felizes com um equilíbrio entre as duas opções”, aponta o relatório.
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