Profissionais bem-sucedidos, geralmente, passam uma imagem implacável, de autoconfiança indestrutível e absoluta certeza de cada manobra de carreira. Isso é especialmente comum no ambiente corporativo, marcado pela competitividade e pela excelência. No entanto, muitas dessas pessoas são movidas por uma forte crença de que não são “boas o suficiente” para ocupar os cargos que ocupam.
É o que concluiu a professora da Cass Business School, no Reino Unido, Laura Empson, em seu último livro Leading Professionals: Power, Politics e Prima Donnas (Lideranças Profissionais: Poder, Política e Prima Donnas, em tradução livre) (link afiliado). A pesquisadora, que também atua na Harvard Law School, nos Estados Unidos, passou 25 anos estudando sobre liderança e empresas prestadoras de serviços, como escritórios de advocacia, consultorias e bancos de investimentos.
Em sua pesquisa, Empson afirma ter ouvido várias pessoas bem-sucedidas, ambiciosas e aparentemente confiantes se definirem como inseguras. Segundo ela, esse fenômeno se forma, normalmente, na infância, ao se passar por experiências de insegurança psicológica, financeira ou física.
Tais experiências deixam marcas que se manifestam e fazem com que a pessoa se dedique exageradamente ao trabalho. Por exemplo, uma criança que vê a família passar por uma falência ou situação de pobreza súbita, tende a acreditar, quando adulta, que poderá reviver o trauma, apesar de ter total estabilidade financeira.
Em artigo publicado pela BBC, Laura Empson destaca algumas maneiras de lidar com a insegurança. Ela destaca que “há pouco a fazer para controlar essa sensação. No entanto, você pode mudar a forma como responde a ela”. Em primeiro lugar, é importante reconhecer os gatilhos que desencadeiam a ansiedade. O segredo é observar os comentários e atitudes de colegas no dia a dia e fortalecer as defesas psicológicas.
Além disso, é preciso adotar uma definição própria de sucesso e aprender a não se importar com opiniões alheias. Escolher um trabalho que traga satisfação pessoal também é um ponto válido para diminuir o estresse e a insegurança. Por fim, a professora sugere que profissionais bem-sucedidos celebrem o próprio sucesso e reconheçam o esforço feito.
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