Test drive: duas semanas como Freelancer e Nômade Digital

Test drive: duas semanas como Freelancer e Nômade Digital

Trabalhar em um hostel em troca de comida e acomodação pode ser um bom ponto de partida.
  Por Tatiane Hardt
Uma mochila nas costas e uma ideia na cabeça.

Neste ano eu fui demitida. Posso ter virado estatística da crise, mas surpreendentemente foi a melhor coisa que poderia ter me acontecido. A ideia de ser nômade digital surgiu há mais de um ano, mas o medo de largar tudo era sempre muito grande. A demissão foi o pontapé que eu precisava para começar a minha vida de freelancer e poder trabalhar em qualquer lugar do mundo. Rotinas sempre me desgastaram e agora eu tenho a liberdade de escolher os meus horários.

Viajar exige um bom investimento e uma boa reserva de emergência, mas há maneiras de se fazer isso gastando muito pouco. Uma delas foi a que eu escolhi para fazer o test drive dessa experiência. Para começar, trabalhei por duas semanas em um hostel no Rio de Janeiro – fiz isso por intermédio do site Worldpackers. Em troca eu recebi hospedagem e café da manhã. Foi uma experiência incrível. Tive a oportunidade de conhecer pessoas de vários lugares do mundo e colocar meu inglês para trabalhar, sem falar nas novas amizades.

A minha visão sobre o Rio de Janeiro também mudou muito e separei um lugarzinho no meu coração só para o bairro das Laranjeiras. Aprendi a perder a vergonha de puxar conversa com desconhecidos e a relaxar com relação ao que os outros pensam de mim.

Bairro das Laranjeiras no Rio de Janeiro
Bairro das Laranjeiras no Rio de Janeiro

Mas, como nem tudo são flores, vamos à parte prática do negócio:

– Duas semanas é pouco tempo. Você precisa conciliar o horário de trabalho no hostel com o tempo dedicado aos freelas e ainda conhecer a cidade e sair para se divertir. Acabou ficando meio corrido, principalmente porque tem muita coisa legal pra se fazer no Rio e, se bobear, eu podia acabar perdendo os prazos de entrega.

– O meu horário era das 16h às 22h e eu folgava nas terças e quintas, então dava pra aproveitar bem o dia e a noite. Mas, se você for como eu, pode ser um pouco dolorido ficar preso a esse horário. E é justamente isso que está me segurando um pouco no meu home office. Ainda estou avaliando as outras possibilidades de hospedagem para poder dar uma variada.

– Viajar sozinha abriu portas para novas amizades e a parte mais difícil dessa experiência era quando elas tinham que voltar pra casa. Mesmo mantendo contato com os novos amigos, é preciso estar preparado para amizades efêmeras. E é preciso estar preparado para passar muito tempo sozinho também. Isso ajuda muito no autoconhecimento, mas não é uma tarefa muito fácil. Eu moro sozinha há anos e mesmo assim não foi fácil para mim porque sou acostumada a ver meu namorado e meus amigos queridos com muita frequência.

Se você se interessou por esse estilo de vida te aconselho a acompanhar os sites Nômades Digitais, Pequenos Monstros e o Projeto ViraVolta. Para hospedagem, além do Worldpackers, também procure o Workaway e alguns sites de housesitting, que são uma baita oportunidade para viajar economizando. E, claro, use e abuse do titio Google, seu melhor companheiro.

Revisão: Rosana Rosar

 

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 Publicado em 03/12/2015 Atualizado em 04/10/2018
Tatiane Hardt Ilustradora e apaixonada pelo novo e pelo desconhecido. Está planejando seu mochilão e tentando virar poliglota por conta própria. Você pode conferir o trabalho dela aqui behance.net/tatihardt
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